Toxicidade de pellets plásticos de diferentes regiões do Atlântico sobre embriões de bolacha-do-mar (Mellita quinquiesperforata) e mexilhão (Perna perna)
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/252513 |
Resumo: | O presente estudo aborda a problemática do lixo plástico nos oceanos, globalmente crescentemente reconhecida devido aos seus impactos adversos nos ecossistemas aquáticos. O aumento contínuo da produção global anual de plásticos, a durabilidade desses materiais e sua baixa degradabilidade contribuem para a formação de grandes aglomerados, especialmente de microplásticos (< 5mm). Pellets plásticos são microplásticos de origem primária, fabricados em grandes quantidades já em pequena escala de tamanho a fim de facilitar seu transporte. A maior parte dos pellets plásticos encontrados no ambiente são feitos de polietileno, polipropileno e poliestireno, polímeros produzidos resistentes que no ambiente marinho levam muito tempo para se degradar. Os pellets podem sorver poluentes orgânicos persistentes (POPs) e representar uma ameaça à vida marinha, se ingeridos por organismos e/ou liberarem os poluentes de volta ao meio, induzindo a exposição aos poluentes e podendo causar efeitos adversos nesses organismos. Este estudo teve como foco pellets plásticos coletados em diferentes regiões em colaboração com o programa International Pellet Watch (IPW). Seu objetivo principal foi avaliar a toxicidade desses pellets por meio de ensaios ecotoxicológicos com embriões de bolacha-do-mar (Mellita quinquiesperforata) e mexilhão (Perna perna), a partir de lixiviados preparados com pellets em concentrações ambientais realistas. Foram realizados dois testes: o primeiro usou amostras de pellets de 7 diferentes regiões do Atlântico e embriões de Mellita quinquiesperforata, enquanto o segundo teste foi realizado com amostras de apenas uma região (Pine Gully, Houston, Texas), e embriões de mexilhão Perna perna. A análise dos dados do primeiro teste foi realizada com um teste paramétrico t, e não houve toxicidade em nenhuma das concentrações ou amostras. No segundo teste foi usada Análise de Variância (ANOVA), tendo sido possível verificar toxicidade em algumas amostras, em diferentes níveis, sobre o desenvolvimento embriolarval de Perna perna. O presente estudo evidencia dados sobre a toxicidade de pellets plásticos em espécies marinhas e também busca contribuir para o monitoramento global dos impactos dos pellets plásticos nos ambientes marinhos. |
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Toxicidade de pellets plásticos de diferentes regiões do Atlântico sobre embriões de bolacha-do-mar (Mellita quinquiesperforata) e mexilhão (Perna perna)Toxicity of plastic pellets from different regions of the Atlantic on sea dollar (Mellita quinquiesperforata) and mussel (Pernaperforata) embryosMicroplásticosPellets plásticosPoluição marinhaToxicologia ambientalO presente estudo aborda a problemática do lixo plástico nos oceanos, globalmente crescentemente reconhecida devido aos seus impactos adversos nos ecossistemas aquáticos. O aumento contínuo da produção global anual de plásticos, a durabilidade desses materiais e sua baixa degradabilidade contribuem para a formação de grandes aglomerados, especialmente de microplásticos (< 5mm). Pellets plásticos são microplásticos de origem primária, fabricados em grandes quantidades já em pequena escala de tamanho a fim de facilitar seu transporte. A maior parte dos pellets plásticos encontrados no ambiente são feitos de polietileno, polipropileno e poliestireno, polímeros produzidos resistentes que no ambiente marinho levam muito tempo para se degradar. Os pellets podem sorver poluentes orgânicos persistentes (POPs) e representar uma ameaça à vida marinha, se ingeridos por organismos e/ou liberarem os poluentes de volta ao meio, induzindo a exposição aos poluentes e podendo causar efeitos adversos nesses organismos. Este estudo teve como foco pellets plásticos coletados em diferentes regiões em colaboração com o programa International Pellet Watch (IPW). Seu objetivo principal foi avaliar a toxicidade desses pellets por meio de ensaios ecotoxicológicos com embriões de bolacha-do-mar (Mellita quinquiesperforata) e mexilhão (Perna perna), a partir de lixiviados preparados com pellets em concentrações ambientais realistas. Foram realizados dois testes: o primeiro usou amostras de pellets de 7 diferentes regiões do Atlântico e embriões de Mellita quinquiesperforata, enquanto o segundo teste foi realizado com amostras de apenas uma região (Pine Gully, Houston, Texas), e embriões de mexilhão Perna perna. A análise dos dados do primeiro teste foi realizada com um teste paramétrico t, e não houve toxicidade em nenhuma das concentrações ou amostras. No segundo teste foi usada Análise de Variância (ANOVA), tendo sido possível verificar toxicidade em algumas amostras, em diferentes níveis, sobre o desenvolvimento embriolarval de Perna perna. O presente estudo evidencia dados sobre a toxicidade de pellets plásticos em espécies marinhas e também busca contribuir para o monitoramento global dos impactos dos pellets plásticos nos ambientes marinhos.The present study addresses the problematic of plastic waste in the oceans, which is increasingly recognized globally due to its adverse impacts on aquatic ecosystems. The continuous increase in the annual global production of plastics, the durability of these materials and their low degradability reduced to the formation of large agglomerates, especially of microplastics (< 5mm). Plastic pellets are microplastics of primary origin, manufactured in large quantities on a small scale to facilitate their transportation. Most plastic pellets found in the environment are made of polyethylene, polypropylene and polystyrene, resistant polymers that take a long time to degrade in the marine environment. Pellets can be harmful to persistent organic substances (POPs) and pose a threat to marine life if ingested by organisms and/or release polluting substances back into the environment, inducing exposure to harmful substances and potentially causing adverse effects to these organisms. . This study focused on plastic pellets collected in different regions in collaboration with the International Pellet Watch (IPW) program. Its main objective was to evaluate the toxicity of these pellets through ecotoxicological tests with sea dollar (Mellita quinquiesperforata) and mussel (Perna perna) embryos, from leachates prepared with pellets at realistic environmental concentrations. Two tests were carried out: the first used pellet samples from 7 different regions of the Atlantic and embryos of Mellita quinquiesperforata, while the second test was carried out with samples from just one region (Pine Gully, Houston, Texas), and embryos of the mussel Pernaperta. . Data analysis from the first test was performed with a parametric t test, and there was no toxicity in any of the concentrations or samples. In the second test, Analysis of Variance (ANOVA) was used, making it possible to verify the toxicity in some samples, at different levels, on the embryolarval development of Perna Perna. The present study highlights data on the toxicity of plastic pellets in marine species and also seeks to contribute to the global monitoring of the impacts of plastic pellets in marine environments.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Abessa, Denis Moledo de Souza [UNESP]Mukai, João Pedro de Lima2024-01-08T20:53:10Z2024-01-08T20:53:10Z2023-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfMUKAI, João Pedro de Lima. Toxicidade de pellets plásticos de diferentes regiões do Atlântico sobre embriões de bolacha-do-mar (Mellita quinquiesperforata) e mexilhão (Perna perna). Orientador: Denis Moledo de Souza Abessa. 2024. 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas com habilitação em Biologia Marinha) – Instituto de Biociências do Campus do Litoral Paulista, Universidade Estadual Paulista, São Vicente, 2023.https://hdl.handle.net/11449/252513porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-09T06:20:40Zoai:repositorio.unesp.br:11449/252513Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:39:32.554395Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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