Tolerância e potencial fitorremediador de Inga uruguensis e Inga fagifolia em solo contaminado por chumbo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/235325 |
Resumo: | O chumbo é um metal pesado não essencial, caracterizado como o principal contaminante do solo e considerado o segundo elemento mais ameaçador, ficando somente atrás do arsênio. Ainda assim, sua utilização é abrangente e envolve diversas atividades. Sua alta toxicidade pode inviabilizar a utilização de áreas onde estão presentes, gerando inúmeros prejuízos. Quando em contato com o organismo vegetal tende a provocar redução de crescimento e de biomassa, inibir a síntese de pigmentos fotossintetizantes, prejudicar a fotossíntese e provocar outras inúmeras disfunções bioquímicas e fisiológicas. A busca por técnicas que auxiliem na remoção de chumbo no solo se mostra urgente e necessária. A fitorremediação é uma alternativa que vem se mostrando eficiente, sustentável e economicamente viável. Leguminosas arbóreas possuem rápido crescimento e alta produção de biomassa, apresentando características favoráveis para serem utilizadas como fitorremediadoras, mas ainda assim, há uma restrição de estudos nessa área. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial fitorremediador de Inga fagifolia e Inga uruguensis, duas leguminosas arbóreas nativas, em solo contaminado com o chumbo e os possíveis efeitos desse metal nos parâmetros fotossintéticos de ambas as espécies. O solo, do tipo latossolo vermelho distrófico, foi contaminado artificialmente com acetato de chumbo (CH3COO)2 Pb, formando os tratamentos 100, 200, 300, 400 e 500 mg.dm-3, além do controle. Mudas de I. uruguensis e I. fagifolia foram transplantadas em vasos com capacidade de 2 litros, nos respectivos tratamentos, permanecendo por 8 meses. Os resultados mostraram que o chumbo não afetou a síntese de clorofila, exceto a clorofila a de mudas de Inga uruguensis expostas ao tratamento de 500 mg.dm-3. Os carotenoides mostraram um incremento progressivo em mudas de Inga fagigolia, conforme as doses de metal aumentaram, podendo indicar uma resposta frente ao estresse oxidativo provocado. Apesar da sua alta toxicidade o chumbo não afetou o crescimento da parte aérea das mudas. Ambas as espécies absorveram o referido metal, alocando-o majoritariamente em suas raízes, apresentando perfil de fitoestabilizadoras. Pode-se concluir que Inga uruguensis e Inga fagifolia apresentaram tolerância inicial ao chumbo, sendo I. uruguensis a espécie mais efetiva para sua remoção e a mais afetada em níveis fotossintéticos. O presente estudo apresenta uma perspectiva inicial do comportamento das duas leguminosas quando expostas ao chumbo, abrindo caminhos para que novas pesquisas que reforcem o potencial fitorremediador dessas espécies sejam realizadas. |
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Tolerância e potencial fitorremediador de Inga uruguensis e Inga fagifolia em solo contaminado por chumboTolerance and potential phytorremediator of Inga uruguensis and Inga fagifolia in lead contaminated soilÁreas contaminadasFitoestabilizaçãoLeguminosas arbóreasMetal pesadoContaminated areasHeavy metalLeguminous treesPhytostabilizationO chumbo é um metal pesado não essencial, caracterizado como o principal contaminante do solo e considerado o segundo elemento mais ameaçador, ficando somente atrás do arsênio. Ainda assim, sua utilização é abrangente e envolve diversas atividades. Sua alta toxicidade pode inviabilizar a utilização de áreas onde estão presentes, gerando inúmeros prejuízos. Quando em contato com o organismo vegetal tende a provocar redução de crescimento e de biomassa, inibir a síntese de pigmentos fotossintetizantes, prejudicar a fotossíntese e provocar outras inúmeras disfunções bioquímicas e fisiológicas. A busca por técnicas que auxiliem na remoção de chumbo no solo se mostra urgente e necessária. A fitorremediação é uma alternativa que vem se mostrando eficiente, sustentável e economicamente viável. Leguminosas arbóreas possuem rápido crescimento e alta produção de biomassa, apresentando características favoráveis para serem utilizadas como fitorremediadoras, mas ainda assim, há uma restrição de estudos nessa área. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial fitorremediador de Inga fagifolia e Inga uruguensis, duas leguminosas arbóreas nativas, em solo contaminado com o chumbo e os possíveis efeitos desse metal nos parâmetros fotossintéticos de ambas as espécies. O solo, do tipo latossolo vermelho distrófico, foi contaminado artificialmente com acetato de chumbo (CH3COO)2 Pb, formando os tratamentos 100, 200, 300, 400 e 500 mg.dm-3, além do controle. Mudas de I. uruguensis e I. fagifolia foram transplantadas em vasos com capacidade de 2 litros, nos respectivos tratamentos, permanecendo por 8 meses. Os resultados mostraram que o chumbo não afetou a síntese de clorofila, exceto a clorofila a de mudas de Inga uruguensis expostas ao tratamento de 500 mg.dm-3. Os carotenoides mostraram um incremento progressivo em mudas de Inga fagigolia, conforme as doses de metal aumentaram, podendo indicar uma resposta frente ao estresse oxidativo provocado. Apesar da sua alta toxicidade o chumbo não afetou o crescimento da parte aérea das mudas. Ambas as espécies absorveram o referido metal, alocando-o majoritariamente em suas raízes, apresentando perfil de fitoestabilizadoras. Pode-se concluir que Inga uruguensis e Inga fagifolia apresentaram tolerância inicial ao chumbo, sendo I. uruguensis a espécie mais efetiva para sua remoção e a mais afetada em níveis fotossintéticos. O presente estudo apresenta uma perspectiva inicial do comportamento das duas leguminosas quando expostas ao chumbo, abrindo caminhos para que novas pesquisas que reforcem o potencial fitorremediador dessas espécies sejam realizadas.Lead is a non-essential heavy metal, characterized as the main soil contaminant and considered the second most threatening element, after arsenic. Even so, its use is comprehensive and involves several activities. Their high toxicity can make it impossible to use areas where they are present, causing numerous damages. When in contact with the plant organism, it tends to cause a reduction in growth and biomass, inhibit the synthesis of photosynthetic pigments, impair photosynthesis and cause countless other biochemical and physiological dysfunctions. The search for techniques that assist in the removal of lead in the soil is urgent and necessary. Phytoremediation is an alternative that has proven to be efficient, sustainable, and economically viable. Tree legumes have fast growth and high biomass production, presenting favorable characteristics to be used as phytoremediators, but even so, there is a restriction of studies in this area. Thus, the objective of this work was to evaluate the phytoremediation potential of Inga fagifolia and Inga uruguensis, two native leguminous trees, in soil contaminated with lead and the possible effects of this metal on the photosynthetic parameters of both species. The soil, of the dystrophic red latosol type, was artificially contaminated with lead acetate (CH3COO)2 Pb, forming treatments 100, 200, 300, 400, and 500 mg.dm-3 , in addition to the control. Seedlings of I. uruguensis and I. fagifolia were transplanted into pots with a capacity of 2 liters, in the respective treatments, remaining for 8 months. The results showed that lead did not affect chlorophyll synthesis, except for chlorophyll a from Inga uruguensis seedlings exposed to the treatment of 500 mg.dm-3 . Carotenoids showed a progressive increase in Inga fagifolia seedlings, as the metal doses increased, which may indicate a response to the oxidative stress caused. Despite its high toxicity, the lead did not affect the shoot growth of the seedlings. Both species absorbed the aforementioned metal, allocating it mostly in their roots, presenting a profile of phytostabilizers. It can be concluded that Inga uruguensis and Inga fagifolia showed initial tolerance to lead, with I. uruguensis being the most effective species for its removal and the most affected in photosynthetic levels. The present study presents an initial perspective of the behavior of the two legumes when exposed to lead, opening the way for further research to be carried out to reinforce the phytoremediation potential of these species.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Camargos, Liliane Santos de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Frachia, Caroline de Lima2022-06-27T12:59:05Z2022-06-27T12:59:05Z2022-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23532533004099079P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-07-10T19:49:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/235325Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:19:23.485701Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O chumbo é um metal pesado não essencial, caracterizado como o principal contaminante do solo e considerado o segundo elemento mais ameaçador, ficando somente atrás do arsênio. Ainda assim, sua utilização é abrangente e envolve diversas atividades. Sua alta toxicidade pode inviabilizar a utilização de áreas onde estão presentes, gerando inúmeros prejuízos. Quando em contato com o organismo vegetal tende a provocar redução de crescimento e de biomassa, inibir a síntese de pigmentos fotossintetizantes, prejudicar a fotossíntese e provocar outras inúmeras disfunções bioquímicas e fisiológicas. A busca por técnicas que auxiliem na remoção de chumbo no solo se mostra urgente e necessária. A fitorremediação é uma alternativa que vem se mostrando eficiente, sustentável e economicamente viável. Leguminosas arbóreas possuem rápido crescimento e alta produção de biomassa, apresentando características favoráveis para serem utilizadas como fitorremediadoras, mas ainda assim, há uma restrição de estudos nessa área. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial fitorremediador de Inga fagifolia e Inga uruguensis, duas leguminosas arbóreas nativas, em solo contaminado com o chumbo e os possíveis efeitos desse metal nos parâmetros fotossintéticos de ambas as espécies. O solo, do tipo latossolo vermelho distrófico, foi contaminado artificialmente com acetato de chumbo (CH3COO)2 Pb, formando os tratamentos 100, 200, 300, 400 e 500 mg.dm-3, além do controle. Mudas de I. uruguensis e I. fagifolia foram transplantadas em vasos com capacidade de 2 litros, nos respectivos tratamentos, permanecendo por 8 meses. Os resultados mostraram que o chumbo não afetou a síntese de clorofila, exceto a clorofila a de mudas de Inga uruguensis expostas ao tratamento de 500 mg.dm-3. Os carotenoides mostraram um incremento progressivo em mudas de Inga fagigolia, conforme as doses de metal aumentaram, podendo indicar uma resposta frente ao estresse oxidativo provocado. Apesar da sua alta toxicidade o chumbo não afetou o crescimento da parte aérea das mudas. Ambas as espécies absorveram o referido metal, alocando-o majoritariamente em suas raízes, apresentando perfil de fitoestabilizadoras. Pode-se concluir que Inga uruguensis e Inga fagifolia apresentaram tolerância inicial ao chumbo, sendo I. uruguensis a espécie mais efetiva para sua remoção e a mais afetada em níveis fotossintéticos. O presente estudo apresenta uma perspectiva inicial do comportamento das duas leguminosas quando expostas ao chumbo, abrindo caminhos para que novas pesquisas que reforcem o potencial fitorremediador dessas espécies sejam realizadas. |
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