Revista Ciência Em Extensão: 10 anos disseminando conhecimento e transformando a relação entre a Universidade e a Sociedade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fujita, Mariângela Spotti Lopes [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Barraviera, Benedito [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1173
http://hdl.handle.net/11449/143129
Resumo: A extensão universitária brasileira e a UNESP têm motivos para se orgulhar e comemorar os dez anos da Revista Ciência em Extensão - um periódico científico dedicado à extensão universitária. Iniciado em 2004 pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP publicou 24 fascículos com uma média de três anuais regulares e pontuais.  Nesses 10 anos observa-se em todos os fascículos o compromisso com as diversas ações de extensão em suas diferentes áreas temáticas, a saber: ciências agrárias e veterinárias, comunicação, cultura, direitos humanos, educação, espaços construídos, meio ambiente, política e economia, saúde, tecnologia e trabalho. Cada artigo publicado na Revista Ciência em Extensão demonstra o desenvolvimento da extensão universitária como atividade fim da universidade que se articula com o ensino e a pesquisa para, de modo indissociável, transferir conhecimento novo que poderá transformar a realidade social. O primeiro artigo do primeiro fascículo, de autoria de pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Fernando Costa de Alta Floresta, intitulou-se: “Programa educativo sobre qualidade do leite: aspectos culturais, sociais e tecnológicos” (OLIVAL et al., 2004). O conteúdo, da área temática em ciências agrárias e veterinárias, trata da sustentabilidade da produção rural mediante a realização de um programa educativo com produtores sobre a qualidade do leite com base na teoria pedagógica de Paulo Freire. Esse programa educativo foi bem sucedido, como demonstra os resultados apresentados, tendo em vista a percepção dos produtores para as estratégias comunitárias de aprimoramento da qualidade do leite com base nas alterações tecnológicas que tiveram como parâmetros a contagem de células somáticas (CCS) e a contagem bacteriana total (CBT). Com esse exemplo é possível verificar a presença do princípio básico da extensão que é ser um processo interdisciplinar, educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de modo indissociável tal como é conceituada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras – FORPROEX (2012). A indissociabilidade com o ensino e com a pesquisa reafirma e assegura o processo acadêmico da extensão, mas é por meio da interdisciplinaridade que a extensão se qualifica como atividade imprescindível na solução de problemas da realidade social que são, ao mesmo tempo, complexos e especializados. No artigo em análise é necessário que “o conceito de sustentabilidade da produção rural envolva não somente a visão ecológica da produção, mas também dimensões culturais, políticas e sociais” (OLIVAL et al., 2004) Nesse sentido, é importante entender como esse processo ocorre entre a universidade e a sociedade a partir do que em 1987 foi enunciado no I Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão realizado em Brasília: A Extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional; a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora desse processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. (NOGUEIRA, p. 11, 2000) A interação dialógica, como ação da extensão, deve ser estendida dentro da universidade e em âmbito acadêmico de modo geral e isso se faz como “via de mão de mão dupla”, ou seja: “da Universidade para a sociedade e da sociedade para a Universidade” (FORPROEX, p.17, 2012). Programas, projetos e atividades de extensão são ações institucionalizadas na universidade para tornar possível essa interação dialógica que se expressa por meio dos artigos da Revista Ciência em Extensão que realizam a disseminação dos resultados obtidos a partir do desenvolvimento das ações. É fundamental acreditar que a universidade tem o papel de transformar e melhorar a vida das pessoas por meio da transferência de conhecimentos gerados no seu âmbito ao conjunto da sociedade. E a extensão universitária ocupa um papel central nessa tarefa. O papel da extensão universitária é exatamente este: exercer a ponte entre a sociedade e aquilo que a universidade cria. A extensão universitária permite que a universidade cumpra sua responsabilidade social na medida em que atua como um laboratório social para a transmissão do conhecimento de ponta das nossas pesquisas e atividades de ensino para o conjunto da sociedade e para o poder público, principalmente o local, as cidades, onde as pessoas vivem. Neste fascículo especial onde se comemora os dez anos da Revista é ainda mais relevante reafirmar que como veículo de disseminação do conhecimento em extensão tem a especial missão de demonstrar as transformações produzidas pela interação dialógica entre universidade e sociedade e comprovar a necessidade contínua da crença de que existe indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Por fim, é com orgulho que observamos o crescimento deste importante periódico científico, haja vista que inicialmente a sua periodicidade era semestral e agora, devido ao aumento das submissões, quadrimestral. Além disso, ao longo destes anos foi possível aprimorar o corpo editorial, melhorar os critérios de seleção dos artigos, incrementar a avaliação por pares, conquistar indexadores relevantes, além de implantar uma plataforma internacional de acesso aberto, robusta e que permite submissões online. A Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP – patrocinadora deste projeto singular – está de parabéns por ter mantido, aprimorado e contribuído para a disseminação das “diretrizes básicas” da extensão universitária realizada pelas nossas academias.
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Cada artigo publicado na Revista Ciência em Extensão demonstra o desenvolvimento da extensão universitária como atividade fim da universidade que se articula com o ensino e a pesquisa para, de modo indissociável, transferir conhecimento novo que poderá transformar a realidade social. O primeiro artigo do primeiro fascículo, de autoria de pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Fernando Costa de Alta Floresta, intitulou-se: “Programa educativo sobre qualidade do leite: aspectos culturais, sociais e tecnológicos” (OLIVAL et al., 2004). O conteúdo, da área temática em ciências agrárias e veterinárias, trata da sustentabilidade da produção rural mediante a realização de um programa educativo com produtores sobre a qualidade do leite com base na teoria pedagógica de Paulo Freire. Esse programa educativo foi bem sucedido, como demonstra os resultados apresentados, tendo em vista a percepção dos produtores para as estratégias comunitárias de aprimoramento da qualidade do leite com base nas alterações tecnológicas que tiveram como parâmetros a contagem de células somáticas (CCS) e a contagem bacteriana total (CBT). Com esse exemplo é possível verificar a presença do princípio básico da extensão que é ser um processo interdisciplinar, educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de modo indissociável tal como é conceituada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras – FORPROEX (2012). A indissociabilidade com o ensino e com a pesquisa reafirma e assegura o processo acadêmico da extensão, mas é por meio da interdisciplinaridade que a extensão se qualifica como atividade imprescindível na solução de problemas da realidade social que são, ao mesmo tempo, complexos e especializados. No artigo em análise é necessário que “o conceito de sustentabilidade da produção rural envolva não somente a visão ecológica da produção, mas também dimensões culturais, políticas e sociais” (OLIVAL et al., 2004) Nesse sentido, é importante entender como esse processo ocorre entre a universidade e a sociedade a partir do que em 1987 foi enunciado no I Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão realizado em Brasília: A Extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional; a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora desse processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. (NOGUEIRA, p. 11, 2000) A interação dialógica, como ação da extensão, deve ser estendida dentro da universidade e em âmbito acadêmico de modo geral e isso se faz como “via de mão de mão dupla”, ou seja: “da Universidade para a sociedade e da sociedade para a Universidade” (FORPROEX, p.17, 2012). Programas, projetos e atividades de extensão são ações institucionalizadas na universidade para tornar possível essa interação dialógica que se expressa por meio dos artigos da Revista Ciência em Extensão que realizam a disseminação dos resultados obtidos a partir do desenvolvimento das ações. É fundamental acreditar que a universidade tem o papel de transformar e melhorar a vida das pessoas por meio da transferência de conhecimentos gerados no seu âmbito ao conjunto da sociedade. E a extensão universitária ocupa um papel central nessa tarefa. O papel da extensão universitária é exatamente este: exercer a ponte entre a sociedade e aquilo que a universidade cria. A extensão universitária permite que a universidade cumpra sua responsabilidade social na medida em que atua como um laboratório social para a transmissão do conhecimento de ponta das nossas pesquisas e atividades de ensino para o conjunto da sociedade e para o poder público, principalmente o local, as cidades, onde as pessoas vivem. Neste fascículo especial onde se comemora os dez anos da Revista é ainda mais relevante reafirmar que como veículo de disseminação do conhecimento em extensão tem a especial missão de demonstrar as transformações produzidas pela interação dialógica entre universidade e sociedade e comprovar a necessidade contínua da crença de que existe indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Por fim, é com orgulho que observamos o crescimento deste importante periódico científico, haja vista que inicialmente a sua periodicidade era semestral e agora, devido ao aumento das submissões, quadrimestral. Além disso, ao longo destes anos foi possível aprimorar o corpo editorial, melhorar os critérios de seleção dos artigos, incrementar a avaliação por pares, conquistar indexadores relevantes, além de implantar uma plataforma internacional de acesso aberto, robusta e que permite submissões online. A Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP – patrocinadora deste projeto singular – está de parabéns por ter mantido, aprimorado e contribuído para a disseminação das “diretrizes básicas” da extensão universitária realizada pelas nossas academias.Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências de MaríliaUniversidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, BrasilUniversidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências de MaríliaUniversidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, BrasilUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fujita, Mariângela Spotti Lopes [UNESP]Barraviera, Benedito [UNESP]2016-08-24T12:43:30Z2016-08-24T12:43:30Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2-4application/pdfhttp://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1173Revista Ciência em Extensão, v. 10, n. 3, p. 2-4, 2014.1679-4605http://hdl.handle.net/11449/143129ISSN1679-4605-2014-10-03-02-04.pdf6530346906709462PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Ciência em Extensãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-08T17:47:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/143129Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-08T17:47:10Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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O primeiro artigo do primeiro fascículo, de autoria de pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Fernando Costa de Alta Floresta, intitulou-se: “Programa educativo sobre qualidade do leite: aspectos culturais, sociais e tecnológicos” (OLIVAL et al., 2004). O conteúdo, da área temática em ciências agrárias e veterinárias, trata da sustentabilidade da produção rural mediante a realização de um programa educativo com produtores sobre a qualidade do leite com base na teoria pedagógica de Paulo Freire. Esse programa educativo foi bem sucedido, como demonstra os resultados apresentados, tendo em vista a percepção dos produtores para as estratégias comunitárias de aprimoramento da qualidade do leite com base nas alterações tecnológicas que tiveram como parâmetros a contagem de células somáticas (CCS) e a contagem bacteriana total (CBT). Com esse exemplo é possível verificar a presença do princípio básico da extensão que é ser um processo interdisciplinar, educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de modo indissociável tal como é conceituada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras – FORPROEX (2012). A indissociabilidade com o ensino e com a pesquisa reafirma e assegura o processo acadêmico da extensão, mas é por meio da interdisciplinaridade que a extensão se qualifica como atividade imprescindível na solução de problemas da realidade social que são, ao mesmo tempo, complexos e especializados. No artigo em análise é necessário que “o conceito de sustentabilidade da produção rural envolva não somente a visão ecológica da produção, mas também dimensões culturais, políticas e sociais” (OLIVAL et al., 2004) Nesse sentido, é importante entender como esse processo ocorre entre a universidade e a sociedade a partir do que em 1987 foi enunciado no I Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão realizado em Brasília: A Extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional; a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora desse processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. (NOGUEIRA, p. 11, 2000) A interação dialógica, como ação da extensão, deve ser estendida dentro da universidade e em âmbito acadêmico de modo geral e isso se faz como “via de mão de mão dupla”, ou seja: “da Universidade para a sociedade e da sociedade para a Universidade” (FORPROEX, p.17, 2012). 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A extensão universitária permite que a universidade cumpra sua responsabilidade social na medida em que atua como um laboratório social para a transmissão do conhecimento de ponta das nossas pesquisas e atividades de ensino para o conjunto da sociedade e para o poder público, principalmente o local, as cidades, onde as pessoas vivem. Neste fascículo especial onde se comemora os dez anos da Revista é ainda mais relevante reafirmar que como veículo de disseminação do conhecimento em extensão tem a especial missão de demonstrar as transformações produzidas pela interação dialógica entre universidade e sociedade e comprovar a necessidade contínua da crença de que existe indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Por fim, é com orgulho que observamos o crescimento deste importante periódico científico, haja vista que inicialmente a sua periodicidade era semestral e agora, devido ao aumento das submissões, quadrimestral. 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