Avaliação de metodologias e doses de gesso residual no solo e sua correlação com a produtividade da soja e de Urochloa brizantha em sistema plantio direto

• Autor(a) principal: Santos, Ana Beatriz Marchi
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256292
• topic: Glycine max; Urochloa brizantha; Fertilidade do solo; Gessagem

A gessagem em conjunto com o sistema plantio direto (SPD), melhora as características dos solos do Cerrado, especialmente aqueles que apresentam períodos de déficit hídrico, baixos teores de cálcio e altos teores de alumínio. Ela possibilita o manejo químico do subsolo, pois diminui a saturação por alumínio, aumenta os teores de cálcio e enxofre e com isso, favorece o desenvolvimento das raízes abaixo da camada de 0-0,20 m. Não existe na literatura uma metodologia que contemple a textura, mineralogia, saturação por bases, CTC efetiva das camadas subsuperficiais e teor de matéria orgânica do solo, em conjunto, para a recomendação da gessagem, por isso, o trabalho de pesquisa objetivou avaliar, em um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, típico argiloso em Sistema Plantio Direto há 11 anos, no Cerrado, qual dentre as seis metodologias disponíveis na literatura, melhor se correlaciona com a produtividade do sistema agrícola. O experimento foi realizado nos anos agrícolas de 2022/23 e 2023/24, com a cultura da soja e as gramíneas antecessoras Urochloa brizantha cv. Paiaguás e cv. Piatã, na Fazenda de Ensino Pesquisa e Extensão da UNESP - FEIS. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram as 6 metodologias de recomendação de gessagem presentes na literatura (camada de 0,20 a 0,40 m): Tratamento 1: Controle (Dose ZERO gesso); Tratamento 2: Metodologia de Raij et al. (1996) - 3,2 t ha -1 ; Tratamento 3: Metodologia de Sousa e Lobato (2004) (Solo argiloso do Cerrado) - 2,6 t ha -1 ; Tratamento 4: Metodologia de Sousa, Lobato e Rein (2005) - 2,2 t ha -1 ; Tratamento 5: Metodologia de Vitti et al. (2008) - 1,3 t ha -1 e Tratamento 6: Metodologia de Caires e Guimarães (2016) - 4,5 t ha -1 .aplicados em setembro de 2017. Também foram avaliados os componentes de produtividade e produção da soja e massa seca dos capins antecessores. Após sete anos da aplicação por diferentes metodologias, o efeito residual do gesso, não interferiu na produção de massa seca do capim Paiaguás e Piatã e nos componentes da produção e produtividade de grãos da soja, entretanto, houve variabilidade na nodulação em função das metodologias, com destaque para a maior dose de gesso aplicada em 2017 (T6 - Caires e Guimarães (2016)) na safra 2022/23, e ficou evidente o efeito dele como condicionador de solo, mesmo após 70 meses da aplicação.