Ergonomia e biossegurança em estudantes de odontologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/256111 |
Resumo: | O cumprimento das normas de biossegurança no consultório odontológico garante a saúde de profissionais e pacientes. Nesta pesquisa o objetivo foi avaliar o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs); a adoção de medidas de biossegurança e posturas ergonômicas por acadêmicos de odontologia durante a prática, em clínica de ensino após a introdução de protocolos pela COVID-19. O estudo transversal, descritivo e exploratório envolveu três fases: na primeira, realizou-se uma revisão integrativa sobre o uso dos EPI (equipamentos de proteção individual) antes e depois da pandemia; na segunda fase, foram realizados inquéritos com os participantes sobre conhecimento e preparo para emprego das medidas de biossegurança estabelecidas no protocolo diante a pandemia da COVID-19, uso de equipamentos de proteção individual e as dificuldades enfrentadas, tempo de trabalho e presença de dor musculoesquelética. Na terceira fase, foram realizadas observações com tomadas fotográficas durante o atendimento de pacientes em clínica de ensino, as fotografias foram avaliadas de acordo as normas ISO/FDI e pelo método RULA para determinar o nível de risco ergonômico. A pesquisa foi conduzida em estudantes de odontologia (n=97) de uma Instituição de Ensino Superior pública. Foram incluídos no estudo estudantes regularmente matriculados que já cursavam disciplinas clínicas e, que realizavam atividades de prática clínica antes do período da pandemia COVID-19. No total, 75 estudantes responderam ao inquérito e 84 participaram das tomadas fotográficas. Observou-se que 92,00% dos alunos consideraram o seu nível de preparação suficiente para empregos das novas medidas de biossegurança; 57,33% relataram dificuldade em manter uma postura ergonômica com uso dos EPI; 74,67% sentiram-se cansados e 85,33% relataram dor musculoesquelética após os tratamentos. Do total de participantes, 62,67% disseram ter tido um aumento no tempo de trabalho; 82,67% expressaram dificuldade em se comunicar com o paciente; 78,67% afirmaram que óculos de proteção e protetor facial dificultavam a visualização das estruturas bucais e 78,77% relataram ter apresentado lesões cutâneas. Em relação à análise fotográfica, baseada nas normas preconizadas pela ISO/FDI, as maiores porcentagens de postura incorreta foram observadas no pescoço, coluna cervical e nos membros superiores. A pontuação obtida no método RULA variou entre 6 e 7 pontos, indicando o nível de alto risco ergonômico. Com os resultados obtidos foi elaborado um produto técnico sobre ergonomia em odontologia em formato de manual. Conclui-se que os estudantes de odontologia estão preparados para adotar as novas medidas de biossegurança após a pandemia de COVID-19. As principais dificuldades relatadas com a introdução dos protocolos de biossegurança foram relacionadas a comunicação com o paciente, visualização das estruturas bucais e aumento do tempo de trabalho. |
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Ergonomia e biossegurança em estudantes de odontologiaErgonomía y bioseguridad en estudiantes de odontologíaergonomia; contenção de riscos biológicos; fotografia; odontólogos; estudantes de odontologia; equipamento de proteção individualO cumprimento das normas de biossegurança no consultório odontológico garante a saúde de profissionais e pacientes. Nesta pesquisa o objetivo foi avaliar o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs); a adoção de medidas de biossegurança e posturas ergonômicas por acadêmicos de odontologia durante a prática, em clínica de ensino após a introdução de protocolos pela COVID-19. O estudo transversal, descritivo e exploratório envolveu três fases: na primeira, realizou-se uma revisão integrativa sobre o uso dos EPI (equipamentos de proteção individual) antes e depois da pandemia; na segunda fase, foram realizados inquéritos com os participantes sobre conhecimento e preparo para emprego das medidas de biossegurança estabelecidas no protocolo diante a pandemia da COVID-19, uso de equipamentos de proteção individual e as dificuldades enfrentadas, tempo de trabalho e presença de dor musculoesquelética. Na terceira fase, foram realizadas observações com tomadas fotográficas durante o atendimento de pacientes em clínica de ensino, as fotografias foram avaliadas de acordo as normas ISO/FDI e pelo método RULA para determinar o nível de risco ergonômico. A pesquisa foi conduzida em estudantes de odontologia (n=97) de uma Instituição de Ensino Superior pública. Foram incluídos no estudo estudantes regularmente matriculados que já cursavam disciplinas clínicas e, que realizavam atividades de prática clínica antes do período da pandemia COVID-19. No total, 75 estudantes responderam ao inquérito e 84 participaram das tomadas fotográficas. Observou-se que 92,00% dos alunos consideraram o seu nível de preparação suficiente para empregos das novas medidas de biossegurança; 57,33% relataram dificuldade em manter uma postura ergonômica com uso dos EPI; 74,67% sentiram-se cansados e 85,33% relataram dor musculoesquelética após os tratamentos. Do total de participantes, 62,67% disseram ter tido um aumento no tempo de trabalho; 82,67% expressaram dificuldade em se comunicar com o paciente; 78,67% afirmaram que óculos de proteção e protetor facial dificultavam a visualização das estruturas bucais e 78,77% relataram ter apresentado lesões cutâneas. Em relação à análise fotográfica, baseada nas normas preconizadas pela ISO/FDI, as maiores porcentagens de postura incorreta foram observadas no pescoço, coluna cervical e nos membros superiores. A pontuação obtida no método RULA variou entre 6 e 7 pontos, indicando o nível de alto risco ergonômico. Com os resultados obtidos foi elaborado um produto técnico sobre ergonomia em odontologia em formato de manual. Conclui-se que os estudantes de odontologia estão preparados para adotar as novas medidas de biossegurança após a pandemia de COVID-19. As principais dificuldades relatadas com a introdução dos protocolos de biossegurança foram relacionadas a comunicação com o paciente, visualização das estruturas bucais e aumento do tempo de trabalho.Compliance with biosafety standards in dental practices guarantees the health of professionals and patients. The aim of this study was to evaluate the use of personal protective equipment (PPE), the adoption of biosafety measures and ergonomic postures by dentistry students during practice in a teaching clinic after the introduction of COVID-19 protocols. The cross-sectional, descriptive and exploratory study involved three phases: in the first, an integrative review was carried out on the use of PPE (personal protective equipment) before and after the pandemic; in the second phase, surveys were carried out with the participants on knowledge and preparation to use the biosafety measures established in the protocol in the face of the COVID-19 pandemic, use of personal protective equipment and the difficulties faced, length of time working and presence of musculoskeletal pain. In the third phase, observations were made with photographs taken during patient care in a teaching clinic. The photographs were evaluated according to ISO/FDI standards and using the RULA method to determine the level of ergonomic risk. The study was conducted among dental students (n=97) at a public higher education institution. The study included regularly enrolled students who were already studying clinical subjects and who were carrying out clinical practice activities before the COVID-19 pandemic. A total of 75 students responded to the survey and 84 took part in the photography. It was observed that 92.00% of the students considered their level of preparation to be sufficient for using the new biosafety measures; 57.33% reported difficulty in maintaining an ergonomic posture when using PPE; 74.67% felt tired and 85.33% reported musculoskeletal pain after the treatments. Of the total number of participants, 62.67% said they had had an increase in working time; 82.67% expressed difficulty in communicating with the patient; 78.67% said that goggles and face shields made it difficult to see the mouth structures and 78.77% reported having skin lesions. In relation to the photographic analysis, based on the standards recommended by ISO/FDI, the highest percentages of incorrect posture were observed in the neck, cervical spine and upper limbs. The score obtained in the RULA method varied between 6 and 7 points, indicating a high level of ergonomic risk. With the results obtained, a technical product on ergonomics in dentistry was produced in the form of a manual. The conclusion is that dental students are prepared to adopt the new biosafety measures following the COVID-19 pandemic. The main difficulties reported with the introduction of biosafety protocols were related to communication with the patient, visualization of oral structures and increased working time.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Saliba, Tânia Adas [UNESP]Peña Téllez, Maria Elizabeth [UNESP]2024-06-26T12:58:57Z2024-06-26T12:58:57Z2024-06-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfPeña Téllez ME. Avaliação ergonômica e de biossegurança em estudantes de odontologia [tese]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia; 2024.https://hdl.handle.net/11449/256111porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-27T06:05:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/256111Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:31:27.654961Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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