Pródico e a sophia: apanágios da sofístico-filosofia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/202804 |
Resumo: | A atual pesquisa procura salvaguardar um ponto de conexão entre a Filosofia e a Sofística, ambas as formas de conhecimentos presentes em constantes embates da Grécia Antiga, sobretudo no século V a.C. Grande parte do que se entende por sofística é por conta da extensa contribuição de Platão. Contudo, suas reflexões atestam uma Filosofia como um exímio saber, em contraponto com a periculosidade e baixeza da sofística. Mas não só de críticas se fez a imagem dos sofistas nas obras platônicas; o caráter dramático das obras de Platão nos permite extrair ora uma repulsa, ora uma admiração e curiosidade com relação a esses ambulantes. Uma das figuras que mais instigava atenção era, pois, Pródico de Ceos, pensador sofista que ganhará enfoque na presente investigação. O sofista era conhecido por sua orthotēs onomatōn (correção das palavras) e seus discursos morais, além de, também, ser citado em diversos momentos por Platão, como um grande influenciador de Sócrates. Assim, num primeiro momento, analisaremos as principais aparições de Pródico nos Diálogos e sua relação com Sócrates, às vezes distante, às vezes estreita. Em seguida, suscitar essa mesma figura sob a perspectiva de Xenofonte, mais precisamente n’A Escolha de Héracles, discurso proferido por Pródico, mas eternizado pela escrita de Xenofonte; assim como o suposto relativismo prodiciano denunciado em Eryxias, obra de pseudo-Platão. Uma vez estipulada toda a ambiência de Pródico, com auxílio de Mario Untersteiner e George Kerferd, nosso terceiro movimento será, então, perscrutar as técnicas de convencimento de Sócrates – como elenchos, diatribe, e mesmo a epídeixis –, e mostrar que a influência de Pródico sobre ele foi maior do que o próprio filósofo pudesse supor e admitir, revelando uma base sofística em sua própria construção intelectual, e, por conseguinte, a constatação de como era muito mais complexo admitir essa dicotomia filosofia versus sofística, já que elas estavam extremamente entremeadas. |
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Pródico e a sophia: apanágios da sofístico-filosofiaProdicus and sophia: appanage of sophistic-philosophyPródicoSócratesSofísticaOrthotēs onomatōnProdicusSophisticA atual pesquisa procura salvaguardar um ponto de conexão entre a Filosofia e a Sofística, ambas as formas de conhecimentos presentes em constantes embates da Grécia Antiga, sobretudo no século V a.C. Grande parte do que se entende por sofística é por conta da extensa contribuição de Platão. Contudo, suas reflexões atestam uma Filosofia como um exímio saber, em contraponto com a periculosidade e baixeza da sofística. Mas não só de críticas se fez a imagem dos sofistas nas obras platônicas; o caráter dramático das obras de Platão nos permite extrair ora uma repulsa, ora uma admiração e curiosidade com relação a esses ambulantes. Uma das figuras que mais instigava atenção era, pois, Pródico de Ceos, pensador sofista que ganhará enfoque na presente investigação. O sofista era conhecido por sua orthotēs onomatōn (correção das palavras) e seus discursos morais, além de, também, ser citado em diversos momentos por Platão, como um grande influenciador de Sócrates. Assim, num primeiro momento, analisaremos as principais aparições de Pródico nos Diálogos e sua relação com Sócrates, às vezes distante, às vezes estreita. Em seguida, suscitar essa mesma figura sob a perspectiva de Xenofonte, mais precisamente n’A Escolha de Héracles, discurso proferido por Pródico, mas eternizado pela escrita de Xenofonte; assim como o suposto relativismo prodiciano denunciado em Eryxias, obra de pseudo-Platão. Uma vez estipulada toda a ambiência de Pródico, com auxílio de Mario Untersteiner e George Kerferd, nosso terceiro movimento será, então, perscrutar as técnicas de convencimento de Sócrates – como elenchos, diatribe, e mesmo a epídeixis –, e mostrar que a influência de Pródico sobre ele foi maior do que o próprio filósofo pudesse supor e admitir, revelando uma base sofística em sua própria construção intelectual, e, por conseguinte, a constatação de como era muito mais complexo admitir essa dicotomia filosofia versus sofística, já que elas estavam extremamente entremeadas.The current research seeks to safeguard a connection point between Philosophy and the Sophistic, both forms of knowledge present in constant clashes of Ancient Greece, especially in the 5th century B.C. Most of what is meant by sophistic is due to Plato’s extensive contribution. However, his thoughts refer to philosophy as a knowledge of excellence, in contrast to the dangerousness and stupidity of the sophistic. But is was not only from criticism that the image of the sophists was made in the platonic works; the dramatic features of Plato’s works allows us to infer sometimes disgust, sometimes admiration and curiosity in towards these wanderers. One of the figures that draws attention the most was indeed Prodicus of Ceos, a sophist thinker to whom focus will be given to on the present investigation. The sophist was known for his orthotēs onomatōn (correctness of names) and his moral speeches, in addition to being mentioned at numerous moments by Plato as a great influencer of Socrates. So, at first, we will analyze the main appearances of Prodicus in the Dialogues and his relationship with Socrates, sometimes distant, sometimes close. Then, we will evoque this figure from the perspective of Xenophon, to be precise, in The Choice of Heracles, speech by Prodicus, but eternalized under Xenophon’s perspective; as well as the supposed prodician relativism denounced in Eryxias, the work of pseudo-Plato. Once Prodicus’ ambience has been stipulated, with the help of Mario Untersteiner and George Kerferd, our third move will then be to examine Socrates’ convincing techniques – such as elenchos, diatribe and even epideixis –, in order to show that Prodicus’ influence over Socrates was bigger that the philosopher himself could fathom and avow, revealing a sophistical basis in his own intellectual construct, and, consequently, the realization of how much more complex it was to admit this philosophy versus sophistic dichotomy, since they were extremely intertwined.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Pereira, Reinaldo Sampaio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Franciele Vaz de [UNESP]2021-02-27T12:12:38Z2021-02-27T12:12:38Z2021-01-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20280433004110041P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-13T17:49:36Zoai:repositorio.unesp.br:11449/202804Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T17:49:36Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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