BRICS e as contingências do discurso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Renato Xavier [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/150620
Resumo: O objetivo do trabalho é analisar o papel do discurso na formação do BRICS. A hipótese é que os discursos possibilitaram a aproximação entre os cinco países e forjaram uma identidade contingencial entre Brasil, Rússia, Índia, China e, posteriormente, África do Sul. Para testar a hipótese, será utilizado o referencial teórico pós-estruturalista de Laclau e Mouffe (1985), bem como o dos teóricos das Relações Internacionais que trabalham com identidade e discurso nos estudos de política externa. Como metodologia, foram eleitos 22 discursos proferidos pelos líderes dos países BRICS no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, com um recorte temporal de 2002 a 2009. Além disso, será analisado o documento resultante da I Reunião de Cúpula do BRIC, em 2009. Com isso, pretende-se testar alguns elementos discursivos presentes no BRICS para demonstrar a formação do arranjo a partir de uma identidade contingencial. Os elementos discursivos a serem investigados são os seguintes: (1) contingência do discurso; (2) identidade relacional; (3) pratica articulatória; (4) discurso hegemônico. O discurso é um complexo de elementos dados a partir de um conjunto de relações. No âmbito das relações internacionais, as interações acontecem em diversos campos da política. Particularmente, a Organização das Nações Unidas é uma importante arena de embate político, mas também de cooperação entre as nações. Por aglutinar diversas demandas específicas, a Organização das Nações Unidas é um dos principais espaços de interação social, no qual os Estados e outros agentes sociais procuram representar, significar e ressignificar as relações sociais. As relações diplomáticas também são capazes de criar novas percepções sobre o mundo. Dessas interações, novas identidades são construídas ou reconstruídas e interpretadas à luz da linguagem discursiva.
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