Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/191203 |
Resumo: | A avulsão dentária é considerada o tipo mais grave de trauma dentário, sendo o reimplante considerado o seu melhor tratamento. O controle da inflamação durante o processo de reparo periodontal é de extrema importância, visando impedir a ocorrência da reabsorção radicular no dente reimplantado. A resina extraída da árvore Protium heptaphyllum recebe destaque por suas propriedades anti-inflamatórias, tendo como principais componentes a α e β-amirina. O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de reparo do ligamento periodontal de dentes de ratos reimplantados, utilizando a mistura de α e β-amirina como meio de conservação. Foram utilizados 36 ratos machos, divididos em 3 grupos. Foi extraído o incisivo central superior direito de todos os ratos, deixado no respectivo meio de conservação e depois reimplantado. A divisão dos grupos foi realizada de acordo com o meio de conservação utilizado por um período de 20 minutos, após o dente permanecer 20 minutos em meio seco, sendo: Grupo SO – soro fisiológico 0,9%; Grupo AMSC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, sem tratamento de canal; e Grupo AMCC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, com tratamento de canal. Após 60 dias foi realizada a eutanásia dos ratos através de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes obtidos foram corados em Hematoxilina e Eosina e Picrosirius Red para estudo histomorfométrico em microscopia de luz e polarização, respectivamente. Foi avaliada a área de fibras colágenas, matriz extracelular e vasos sanguíneos, número de perfil nuclear, organização do ligamento periodontal, extensão e intensidade do processo inflamatório, reabsorção dentária e anquilose. Os testes Kruskal-Wallis e post-hoc de Bonferoni foram utilizados para a comparação entre os grupos (α=0,05). Dentre as diferenças significativas observou-se: O terço apical da raiz no grupo AMCC apresentou maior porcentagem de área de vasos sanguíneos em comparação ao grupo SO. O mesmo também apresentou na análise das fibras colágenas, menor área de fibras Tipo I e maior área de fibras Tipo III, em contrapartida o grupo AMSC apresentou a maior área de fibras tipo I e menor de fibras tipo III. As outras variáveis foram semelhantes entre os três grupos. Conclui-se que a mistura de α e β-amirina possui potencial para utilização como meio de conservação em avulsão dentária, no entanto necessita de mais estudos em outras concentrações e meio de diluição para utilização tópica. |
id |
UNSP_8b0eeb62f97ff80efe44ccf4d955b4cd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/191203 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário.Use of α and β-amirine mixture as a storage medium in dental replantation.Traumatismos dentáriosAvulsão dentáriaReimplante dentárioBurseraceaeA avulsão dentária é considerada o tipo mais grave de trauma dentário, sendo o reimplante considerado o seu melhor tratamento. O controle da inflamação durante o processo de reparo periodontal é de extrema importância, visando impedir a ocorrência da reabsorção radicular no dente reimplantado. A resina extraída da árvore Protium heptaphyllum recebe destaque por suas propriedades anti-inflamatórias, tendo como principais componentes a α e β-amirina. O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de reparo do ligamento periodontal de dentes de ratos reimplantados, utilizando a mistura de α e β-amirina como meio de conservação. Foram utilizados 36 ratos machos, divididos em 3 grupos. Foi extraído o incisivo central superior direito de todos os ratos, deixado no respectivo meio de conservação e depois reimplantado. A divisão dos grupos foi realizada de acordo com o meio de conservação utilizado por um período de 20 minutos, após o dente permanecer 20 minutos em meio seco, sendo: Grupo SO – soro fisiológico 0,9%; Grupo AMSC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, sem tratamento de canal; e Grupo AMCC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, com tratamento de canal. Após 60 dias foi realizada a eutanásia dos ratos através de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes obtidos foram corados em Hematoxilina e Eosina e Picrosirius Red para estudo histomorfométrico em microscopia de luz e polarização, respectivamente. Foi avaliada a área de fibras colágenas, matriz extracelular e vasos sanguíneos, número de perfil nuclear, organização do ligamento periodontal, extensão e intensidade do processo inflamatório, reabsorção dentária e anquilose. Os testes Kruskal-Wallis e post-hoc de Bonferoni foram utilizados para a comparação entre os grupos (α=0,05). Dentre as diferenças significativas observou-se: O terço apical da raiz no grupo AMCC apresentou maior porcentagem de área de vasos sanguíneos em comparação ao grupo SO. O mesmo também apresentou na análise das fibras colágenas, menor área de fibras Tipo I e maior área de fibras Tipo III, em contrapartida o grupo AMSC apresentou a maior área de fibras tipo I e menor de fibras tipo III. As outras variáveis foram semelhantes entre os três grupos. Conclui-se que a mistura de α e β-amirina possui potencial para utilização como meio de conservação em avulsão dentária, no entanto necessita de mais estudos em outras concentrações e meio de diluição para utilização tópica.Tooth avulsion is considered the most severe type of dental trauma, and replantation is considered its best treatment. Inflammation control during the periodontal repair process is extremely important, aiming to prevent the occurrence of root resorption in the reimplanted tooth. The resin extracted from the Protium heptaphyllum tree is highlighted for its anti-inflammatory properties, having as main components α and β-amirine. The aim of this study was to evaluate the periodontal ligament repair process of reimplanted rat teeth, using the α and β-amirine mixture as a preservative. Thirty six male rats were divided into 3 groups. The right upper central incisor was extracted from all rats, left in their preservation medium and then reimplanted. The groups were divided according to the preservation medium used for a period of 20 minutes, after the tooth remained 20 minutes in a dry medium, as follows: Group SO - saline 0.9%; AMSC Group - 10% α and β-amirine solution diluted in tween 80, without root canal treatment; and AMCC Group - 10% α and β-amirine solution diluted in tween 80, with root canal treatment. After 60 days the rats were euthanized by transcardiac perfusion and subsequent histological processing. The obtained sections were stained in Hematoxylin and Eosin and Picrosirius Red for histomorphometric study in light and polarization microscopy, respectively. Collagen fibers area, extracellular matrix and blood vessels, number of nuclear profile, periodontal ligament organization, extent and intensity of inflammatory process, bone and dental resorption and ankylosis were evaluated. Kruskal-Wallis and Bonferoni post-hoc tests were used for comparison between groups (α = 0.05). Among the significant differences were observed: The apical third of the root in the AMCC group presented a higher percentage of blood vessel area compared to the SO group. It also presented in the analysis of collagen fibers, the smallest area of Type I fibers and the largest area of Type III fibers, in contrast, the AMSC group presented the largest area of Type I fibers and the smallest type III fibers. The other variables were similar between the three groups. It is concluded that the mixture of α and β-amirine has potential for use as a storage medium for dental avulsion, however further studies are required at other concentrations and dilution medium for topical use.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Weert, Daniela Atili Brandini de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Côvre, Luiza Monzoli [UNESP]2019-12-11T19:06:05Z2019-12-11T19:06:05Z2019-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19120300092790933004021011P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-20T19:49:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191203Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-20T19:49:53Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. Use of α and β-amirine mixture as a storage medium in dental replantation. |
title |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
spellingShingle |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. Côvre, Luiza Monzoli [UNESP] Traumatismos dentários Avulsão dentária Reimplante dentário Burseraceae |
title_short |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
title_full |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
title_fullStr |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
title_full_unstemmed |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
title_sort |
Uso da mistura de α e β-amirina como meio de conservação em reimplante dentário. |
author |
Côvre, Luiza Monzoli [UNESP] |
author_facet |
Côvre, Luiza Monzoli [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Weert, Daniela Atili Brandini de [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Côvre, Luiza Monzoli [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Traumatismos dentários Avulsão dentária Reimplante dentário Burseraceae |
topic |
Traumatismos dentários Avulsão dentária Reimplante dentário Burseraceae |
description |
A avulsão dentária é considerada o tipo mais grave de trauma dentário, sendo o reimplante considerado o seu melhor tratamento. O controle da inflamação durante o processo de reparo periodontal é de extrema importância, visando impedir a ocorrência da reabsorção radicular no dente reimplantado. A resina extraída da árvore Protium heptaphyllum recebe destaque por suas propriedades anti-inflamatórias, tendo como principais componentes a α e β-amirina. O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de reparo do ligamento periodontal de dentes de ratos reimplantados, utilizando a mistura de α e β-amirina como meio de conservação. Foram utilizados 36 ratos machos, divididos em 3 grupos. Foi extraído o incisivo central superior direito de todos os ratos, deixado no respectivo meio de conservação e depois reimplantado. A divisão dos grupos foi realizada de acordo com o meio de conservação utilizado por um período de 20 minutos, após o dente permanecer 20 minutos em meio seco, sendo: Grupo SO – soro fisiológico 0,9%; Grupo AMSC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, sem tratamento de canal; e Grupo AMCC - solução de α e β-amirina a 10% diluída em tween 80, com tratamento de canal. Após 60 dias foi realizada a eutanásia dos ratos através de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes obtidos foram corados em Hematoxilina e Eosina e Picrosirius Red para estudo histomorfométrico em microscopia de luz e polarização, respectivamente. Foi avaliada a área de fibras colágenas, matriz extracelular e vasos sanguíneos, número de perfil nuclear, organização do ligamento periodontal, extensão e intensidade do processo inflamatório, reabsorção dentária e anquilose. Os testes Kruskal-Wallis e post-hoc de Bonferoni foram utilizados para a comparação entre os grupos (α=0,05). Dentre as diferenças significativas observou-se: O terço apical da raiz no grupo AMCC apresentou maior porcentagem de área de vasos sanguíneos em comparação ao grupo SO. O mesmo também apresentou na análise das fibras colágenas, menor área de fibras Tipo I e maior área de fibras Tipo III, em contrapartida o grupo AMSC apresentou a maior área de fibras tipo I e menor de fibras tipo III. As outras variáveis foram semelhantes entre os três grupos. Conclui-se que a mistura de α e β-amirina possui potencial para utilização como meio de conservação em avulsão dentária, no entanto necessita de mais estudos em outras concentrações e meio de diluição para utilização tópica. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-11T19:06:05Z 2019-12-11T19:06:05Z 2019-12-05 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11449/191203 000927909 33004021011P0 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/191203 |
identifier_str_mv |
000927909 33004021011P0 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositoriounesp@unesp.br |
_version_ |
1813546512478633984 |