Composição da fauna de formigas (Hymenoptera: Formicidae) de serapilheira em florestas semidecídua e de Eucalyptus spp., na região sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mentone, Talita de Oliveira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Diniz, Eduardo Arrivabene [UNESP], Munhae, Catarina de Bortoli [UNESP], Bueno, Odair Correa [UNESP], Morini, Maria Santina de Castro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032011000200024
http://hdl.handle.net/11449/753
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a composição da fauna de formigas de serapilheira em áreas de floresta semidecídua com plantio de eucalipto sem manejo durante diferentes períodos. Foram estudadas quatro áreas, sendo três com eucalipto e uma formada por vegetação nativa; todas estão localizadas no município de Rio Claro (SP), sudeste do Brasil. em cada área foram coletadas 100 amostras de 1 m² de serapilheira, abrangendo os períodos seco e chuvoso da região. Cada amostra foi submetida a extratores do tipo mini-winkler, onde permaneceram por 48 horas. Foram amostradas 58.410 formigas, distribuídas em 10 subfamílias, 42 gêneros e 120 morfoespécies/espécies. Destas, 85 espécies foram encontradas na floresta semidecídua e 84 na floresta de Eucalyptus tereticornis com 100 anos sem manejo. Já nas florestas de E. tereticornis e E. urophylla com 22 anos sem manejo foram encontradas 73 e 56 espécies, respectivamente. Baseando-se em estudos anteriores, este inventário proporcionou o conhecimento de mais 16 gêneros e 24 espécies para a região estudada, sendo três exóticas. A ordenação das amostras com o escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) indicou diferença na similaridade entre as amostras das áreas, especialmente àquelas pertencentes à floresta de E. urophylla. Além do período sem manejo, a presença de substâncias alelopáticas na serapilheira pode estar interferindo no número de espécies e nas comunidades. Os resultados demonstram a importância das florestas abandonadas de eucaliptos para a manutenção da diversidade de formigas em uma região em que a vegetação nativa é escassa.
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spelling Composição da fauna de formigas (Hymenoptera: Formicidae) de serapilheira em florestas semidecídua e de Eucalyptus spp., na região sudeste do BrasilComposition of ant fauna (Hymenoptera: Formicidae) at litter in areas of semi-deciduous forest and Eucalyptus spp., in Southeastern BrazilcomunidadesinventárioriquezadiversidademanejocommunitiesinventoryrichnessdiversitymanagementEste estudo teve como objetivo avaliar a composição da fauna de formigas de serapilheira em áreas de floresta semidecídua com plantio de eucalipto sem manejo durante diferentes períodos. Foram estudadas quatro áreas, sendo três com eucalipto e uma formada por vegetação nativa; todas estão localizadas no município de Rio Claro (SP), sudeste do Brasil. em cada área foram coletadas 100 amostras de 1 m² de serapilheira, abrangendo os períodos seco e chuvoso da região. Cada amostra foi submetida a extratores do tipo mini-winkler, onde permaneceram por 48 horas. Foram amostradas 58.410 formigas, distribuídas em 10 subfamílias, 42 gêneros e 120 morfoespécies/espécies. Destas, 85 espécies foram encontradas na floresta semidecídua e 84 na floresta de Eucalyptus tereticornis com 100 anos sem manejo. Já nas florestas de E. tereticornis e E. urophylla com 22 anos sem manejo foram encontradas 73 e 56 espécies, respectivamente. Baseando-se em estudos anteriores, este inventário proporcionou o conhecimento de mais 16 gêneros e 24 espécies para a região estudada, sendo três exóticas. A ordenação das amostras com o escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) indicou diferença na similaridade entre as amostras das áreas, especialmente àquelas pertencentes à floresta de E. urophylla. Além do período sem manejo, a presença de substâncias alelopáticas na serapilheira pode estar interferindo no número de espécies e nas comunidades. Os resultados demonstram a importância das florestas abandonadas de eucaliptos para a manutenção da diversidade de formigas em uma região em que a vegetação nativa é escassa.This study aimed to evaluate the composition of the litter ant fauna in areas of semi-deciduous forest with eucalyptus plantations without management during different ages. Four sites were studied, three with eucalyptus and one with native vegetation, all located in the Municipality of Rio Claro (São Paulo State), Southeastern Brazil. At each site, 100 samples of 1 m² of leaf litter were collected, comprising the dry and wet seasons. Each sample was submitted to a mini-Winkler extractor for 48 hours. In total, 58,410 ants were sampled, distributed in 10 subfamilies, 42 genera and 120 morphospecies/species. Among them, 85 species were found in semi-deciduous forest, and 84 in the Eucalyptus tereticornis forest with 100 years without management. While in the forests of E. tereticornis and E. urophylla with 22 years without management, we recorded 73 and 56 species, respectively. Based on previous studies, this survey provided the record of over 16 genera and 24 species previously unknown for the studied region, with three exotic species. The samples ordination using the non-metric multidimensional scaling (NMDS) indicated difference in the similarity between the samples, especially those from the E. urophylla forest. Beyond the period without management, the presence of allelopathic substances in the litter may be interfering in the number of species and in the communities. The results evidenced the importance of old-growth forests of eucalyptus for the maintenance of ant's diversity in a region where native vegetation is scarce.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade de Mogi das Cruzes Núcleo de Ciências Ambientais Laboratório de MirmecologiaUniversidade Estadual Paulista Centro de Estudos de Insetos SociaisUniversidade Estadual Paulista Centro de Estudos de Insetos SociaisInstituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA/FAPESP)Universidade de Mogi das Cruzes Núcleo de Ciências Ambientais Laboratório de MirmecologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Mentone, Talita de OliveiraDiniz, Eduardo Arrivabene [UNESP]Munhae, Catarina de Bortoli [UNESP]Bueno, Odair Correa [UNESP]Morini, Maria Santina de Castro2014-05-20T13:12:50Z2014-05-20T13:12:50Z2011-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article237-246application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032011000200024Biota Neotropica. Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP, v. 11, n. 2, p. 237-246, 2011.1676-0603http://hdl.handle.net/11449/75310.1590/S1676-06032011000200024S1676-06032011000200024WOS:000296131100025S1676-06032011000200024.pdf1050709055776428SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporBiota Neotropica0.8420,381info:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-15T06:11:52Zoai:repositorio.unesp.br:11449/753Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-15T06:11:52Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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