Conservação e uso sustentável da diversidade vegetal do Cerrado e da Mata Atlântica : diversidade química e prosecção de novas drogas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bolzani, Vanderlan da Silva [UNESP]
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Meio_Ambiente/Trabalho24.htm
http://hdl.handle.net/11449/148122
Resumo: As plantas produzem metabólitos secundários (produtos naturais) que desempenham um papel importante em sua defesa contra patógenos e outros predadores. Alguns desses produtos naturais são também utilizados na medicina, na indústria e na agricultura. Assim, as plantas são uma fonte valiosa de produtos naturais úteis como farmacêuticos, agroquímicos e outros. Esses produtos podem ser convertidos em outros mais potentes por transformações químicas ou biológicas. O Brasil é o país com maior diversidade biológica, abrigando mais de 15% do número total de organismos do planeta. Aproximadamente, 22% das plantas floríferas ocorrem no Brasil, distribuídas principalmente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. O Cerrado é o segundo ecossistema mais importante na América do Sul depois da floresta Amazônica. A conservação da diversidade biológica nos trópicos, especialmente nessas áreas tem sido, nos últimos anos, assunto de urgência e prioridade mundial. Estima-se que 250.000 espécies vegetais associadas com vários caminhos biossintéticos estão aptas a produzir uma grande variedade de produtos. Elas podem fornecer uma série de constituintes para estudos combinados de química/bioquímica. A quantidade enorme de espécies vegetais que ainda não foram estudadas quimicamente, associada à tecnologia recente de triagem aos métodos modernos de isolamento e determinação estrutural, têm levado a uma competição entre as companhias farmacêuticas e agroquímicas por novas drogas, especialmente de florestas tropicais. A grande maioria das espécies de plantas brasileiras permanece sem quaisquer estudos químicos ou biológicos e constituem, portanto, um potencial a ser identificado com vistas à exploração de novas drogas. A velocidade da extinção da biodiversidade vegetal no Brasil causará não somente a perda de substâncias terapêuticas valiosas, mas também de genes que codificam enzimas com uso potencial no melhoramento vegetal e estudos biossintéticos de novos produtos naturais. Uma estratégia para o desenvolvimento do Brasil é proteger e promover a exploração racional de sua diversidade vegetal como uma fonte de novos produtos disponíveis para a humanidade. O projeto de pesquisa (BIOTA-FAPESP) propõe uma estratégia para a exploração da diversidade vegetal no Estado de São Paulo, através da busca de novas drogas com potencial anticancerígeno, antioxidante e antimalárico. Em adição, o cultivo in vitro e/ou micropropagação das espécies selecionadas podem levar a uma alternativa mais moderna e eficiente de uso sustentável da diversidade vegetal com vistas à comercialização de produtos farmacêuticos, biocidas e outros produtos naturais úteis. A meta principal deste projeto é a busca de produtos ativos em espécies vegetais de ocorrência no Estado de São Paulo, especialmente nas áreas de Cerrado e de Mata Atlântica. A seleção de extratos vegetais será realizada através de bioensaios visando a detecção de substâncias com potencial anticancerígeno, antioxidante, antifúngico e antimalárico com vistas ao estabelecimento de modelo para a preservação, estudo e exploração racional da flora remanescente do Estado de São Paulo. Para as espécies selecionadas na triagem, serão realizadas culturas in vitro, objetivando a preservação dos germosplasma como fonte renovável. Tecidos desdiferenciados serão utilizados como fontes alternativas de produtos ativos e para estudos de biossíntese e regulação dos principais metabólitos secundários.
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