Avaliação pós parto da pressão arterial e da função renal de mulheres que apresentaram pré eclâmpsia grave
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/238090 |
Resumo: | A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença sistêmica que complica 2-8% das gestações, caracterizada pelo aumento da pressão arterial (PA≥140x90 mmHg) e proteinúria (≥ 300mg/24h) a partir da 20ª semana e reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento posterior de hipertensão arterial, doença cardiovascular, acidente vascular encefálico e doença renal crônica. Desenho/método: estudo descritivo realizado no primeiro ano pós-parto de mulheres com antecedente de PE grave, onde avaliou-se transversalmente os valores de PA (consultório e monitorização ambulatorial da pressão artéria/24 horas - MAPA), creatinina, taxa de filtração glomerular estimada, proteinúria e albuminúria com três, seis e 12 meses pós-parto. Objetivo: Avaliar no primeiro ano pós-parto: 1) o padrão da pressão arterial e a prevalência da hipertensão arterial, usando a medida casual da PA de consultório e a MAPA e 2) o comprometimento renal pela medida dos valores séricos de creatinina, da taxa de filtração glomerular estimada, e os valores de proteína e albumina em amostra de urina/24 horas. Resultados: a prevalência do diagnóstico de hipertensão arterial variou nos três períodos de acordo com o método usado: 15,2%, 12,9 e 8,6% com a medida casual da PA no consultório e 48,1%, 34,7% e 38% com a MAPA. O padrão de comportamento da pressão arterial sistólica e diastólica na MAPA mostrou um grande número de alterações, representadas principalmente pela hipertensão diurna (32/34%, 6/12% e 8/18%), hipertensão noturna (37/40%, 22/24% e 16/28%), hipertensão mascarada (36,7%, 27,3% e 31,8%) e perda do descenso noturno (57,4%, 59,2% e 56%). Além disso, observou-se a persistência de uma alta taxa de albuminúria positiva nos três períodos estudados, 33,3%, 33,3% e 26,7%. Conclusões: encontramos no primeiro ano pós-parto uma alta e persistente taxa de hipertensão arterial, alterações no ciclo circadiano da PA e albuminúria residual. A MAPA e a albuminúria podem ser melhores exames na identificação dessas alterações do que a medida casual da PA de consultório e a dosagem da proteinúria. |
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Avaliação pós parto da pressão arterial e da função renal de mulheres que apresentaram pré eclâmpsia gravePostpartum assessment of blood pressure and renal function in women who had severe pre-eclampsiaHipertensão arterial pós partoRisco cardiovascularPré eclâmpsiaMAPAAlbuminúriaA pré-eclâmpsia (PE) é uma doença sistêmica que complica 2-8% das gestações, caracterizada pelo aumento da pressão arterial (PA≥140x90 mmHg) e proteinúria (≥ 300mg/24h) a partir da 20ª semana e reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento posterior de hipertensão arterial, doença cardiovascular, acidente vascular encefálico e doença renal crônica. Desenho/método: estudo descritivo realizado no primeiro ano pós-parto de mulheres com antecedente de PE grave, onde avaliou-se transversalmente os valores de PA (consultório e monitorização ambulatorial da pressão artéria/24 horas - MAPA), creatinina, taxa de filtração glomerular estimada, proteinúria e albuminúria com três, seis e 12 meses pós-parto. Objetivo: Avaliar no primeiro ano pós-parto: 1) o padrão da pressão arterial e a prevalência da hipertensão arterial, usando a medida casual da PA de consultório e a MAPA e 2) o comprometimento renal pela medida dos valores séricos de creatinina, da taxa de filtração glomerular estimada, e os valores de proteína e albumina em amostra de urina/24 horas. Resultados: a prevalência do diagnóstico de hipertensão arterial variou nos três períodos de acordo com o método usado: 15,2%, 12,9 e 8,6% com a medida casual da PA no consultório e 48,1%, 34,7% e 38% com a MAPA. O padrão de comportamento da pressão arterial sistólica e diastólica na MAPA mostrou um grande número de alterações, representadas principalmente pela hipertensão diurna (32/34%, 6/12% e 8/18%), hipertensão noturna (37/40%, 22/24% e 16/28%), hipertensão mascarada (36,7%, 27,3% e 31,8%) e perda do descenso noturno (57,4%, 59,2% e 56%). Além disso, observou-se a persistência de uma alta taxa de albuminúria positiva nos três períodos estudados, 33,3%, 33,3% e 26,7%. Conclusões: encontramos no primeiro ano pós-parto uma alta e persistente taxa de hipertensão arterial, alterações no ciclo circadiano da PA e albuminúria residual. A MAPA e a albuminúria podem ser melhores exames na identificação dessas alterações do que a medida casual da PA de consultório e a dosagem da proteinúria.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Peraçoli, José Carlos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cardozo, Livia Martin2022-12-08T13:03:02Z2022-12-08T13:03:02Z2018-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23809033004064077P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T18:30:18Zoai:repositorio.unesp.br:11449/238090Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T18:30:18Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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