Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Isabela
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/238338
Resumo: Biocidas usados na composição de tintas anti-incrustantes para evitar o processo de bioincrustação marinha podem sofrer lixiviação gradual e alguns podem ser persistentes no ambiente marinho e causar efeitos ambientais perigosos para organismos não alvo. Novas técnicas, como o encapsulamento em nanomateriais, têm sido desenvolvidas com o propósito de controlar a velocidade de liberação e reduzir os efeitos tóxicos deste biocida. Neste estudo, além das formas livres (DCOIT e SiNC), foi utilizado o encapsulamento em nanocápsulas mesoporosas de sílica (SiNC-DCOIT) e prata (SiNC-DCOIT-Ag), que apontam ser opções benéficas e favoráveis ecologicamente, atenuando os impactos ambientais, sem comprometer sua eficácia para organismos de ambiente temperado. O organismo alvo do estudo foi o coral- sol (Tubastraea coccinea). Esta espécie é considerada invasora no litoral brasileiro e a utilização da mesma serve como alternativa para se estimar os riscos às espécies nativas. Desta forma, o estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade e efeitos de letalidade do biocida anti-incrustante DCOIT e suas versões nanoencapsuladas em organismos de T. coccinea e observar a ocorrência de efeitos sub letais aos animais. A coleta das colônias foi feita no Arquipélago de Alcatrazes, SP, Brasil e as colônias foram expostas individualmente em frascos de 500mL com diferentes concentrações das substâncias, sendo, 3,33, 10, 33 e 100 μg L-1 para o DCOIT livre; 500, 1000, 2000 e 4000 μg L-1 para o SiNC; e 74,1, 222,2, 666,7 e 2000 μg L-1 para o SiNC-DCOIT e SiNC-DCOIT-Ag, por um período de 96 horas, com aeração e temperatura constante de 23°C ± 2ºC e fotoperíodo natural (12h claro, 12h escuro). Após o tempo de exposição, nenhum efeito letal foi observado, no entanto, foi possível observar alguns efeitos subletais, como o esqueleto calcário aparente em praticamente todas as concentrações e réplicas, porém ausentes nos controles, e a fragilização e branqueamento do esqueleto nas concentrações mais altas. A espécie T. coccinea foi considerada pouco sensível às substâncias testadas. Essa resistência pode indicar uma maior capacidade de proliferação da espécie, sendo favorecida em substrato contento tintas anti-incrustantes, em detrimento das espécies nativas.
id UNSP_92033390746b550eab682957a70da6fb
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/238338
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)Toxicity of new antifouling nanomaterials on sun coral (Tubastraea coccinea)Anti-incrustanteDCOITNanoencapsulamentoTubastraea coccineaToxicologia ambientalEcologia marinhaCiências da vidaAntifoulingNanoencapsulationBiocidas usados na composição de tintas anti-incrustantes para evitar o processo de bioincrustação marinha podem sofrer lixiviação gradual e alguns podem ser persistentes no ambiente marinho e causar efeitos ambientais perigosos para organismos não alvo. Novas técnicas, como o encapsulamento em nanomateriais, têm sido desenvolvidas com o propósito de controlar a velocidade de liberação e reduzir os efeitos tóxicos deste biocida. Neste estudo, além das formas livres (DCOIT e SiNC), foi utilizado o encapsulamento em nanocápsulas mesoporosas de sílica (SiNC-DCOIT) e prata (SiNC-DCOIT-Ag), que apontam ser opções benéficas e favoráveis ecologicamente, atenuando os impactos ambientais, sem comprometer sua eficácia para organismos de ambiente temperado. O organismo alvo do estudo foi o coral- sol (Tubastraea coccinea). Esta espécie é considerada invasora no litoral brasileiro e a utilização da mesma serve como alternativa para se estimar os riscos às espécies nativas. Desta forma, o estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade e efeitos de letalidade do biocida anti-incrustante DCOIT e suas versões nanoencapsuladas em organismos de T. coccinea e observar a ocorrência de efeitos sub letais aos animais. A coleta das colônias foi feita no Arquipélago de Alcatrazes, SP, Brasil e as colônias foram expostas individualmente em frascos de 500mL com diferentes concentrações das substâncias, sendo, 3,33, 10, 33 e 100 μg L-1 para o DCOIT livre; 500, 1000, 2000 e 4000 μg L-1 para o SiNC; e 74,1, 222,2, 666,7 e 2000 μg L-1 para o SiNC-DCOIT e SiNC-DCOIT-Ag, por um período de 96 horas, com aeração e temperatura constante de 23°C ± 2ºC e fotoperíodo natural (12h claro, 12h escuro). Após o tempo de exposição, nenhum efeito letal foi observado, no entanto, foi possível observar alguns efeitos subletais, como o esqueleto calcário aparente em praticamente todas as concentrações e réplicas, porém ausentes nos controles, e a fragilização e branqueamento do esqueleto nas concentrações mais altas. A espécie T. coccinea foi considerada pouco sensível às substâncias testadas. Essa resistência pode indicar uma maior capacidade de proliferação da espécie, sendo favorecida em substrato contento tintas anti-incrustantes, em detrimento das espécies nativas.Biocides used in the composition of antifouling (AF) paints to avoid the marine biofouling process can undergo gradual leaching and some can be persistent in the marine environment and cause harmful environmental effects to non-target organisms. New techniques, such as the use of nanoengineered materials containing the AF compounds, have been developed with the purpose of controlling the release rate and reducing the toxic effects of the biocide. In this study, in addition to the free forms (DCOIT and SiNC), encapsulation in mesoporous nanocapsules of silica (SiNC-DCOIT), which was considered an ecologically friendly alternative, and silver (SiNC- DCOIT- Ag) was used, which point to be beneficial and ecologically favorable options, mitigating environmental impacts, without compromising it’s effectiveness for organisms of temperate environment. The target organism of the study was the sun coral (Tubastraea coccinea). This species is considered invasive on the Brazilian coast and can be an alternative test organism to evaluate the risks to native species. Thus, the study aimed to evaluate the toxicity and lethal effects of the AF biocide DCOIT, in its free and nanoengineered forms, to T. coccinea colonies and to observe the occurance of sublethal effects on animals. The colonies were collected in the Alcatrazes Archipelago, SP, Brazil and them they were individually exposed in 500mL flasks with different concentrations of the substances. Being 3.33, 10, 33 and 100 μgL-1 for free DCOIT; 500, 1000, 2000 and 4000 μg L-1 for SiNC; and 74.1, 222.2, 666.7 and 2000 μg L-1 for SiNC-DCOIT and SiNC-DCOIT-Ag, for a period of 96 hours, with aeration and constant temperature of 23°C ± 2°C and photoperiod natural (12h light, 12h dark). After the exposure time, no lethal effect was observed, however, it was possible to observe some sublethal effects, such as the limestone skeleton apparent in practically all concentrations and replicas, but absent in controls, and the embrittlement and whitening of the skeleton at higher concentrations. The T. coccinea species was considered little sensitive to the tested substances. This resistance may indicate a greater capacity for proliferation of the species, being favored in substrates containing antifouling paints, to the detriment of native species.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 20/03004-0Universidade Estadual Paulista (Unesp)Abessa, Denis Moledo de Souza [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Capel, Kátia Cristina CruzMartins, Isabela2022-12-20T13:06:53Z2022-12-20T13:06:53Z2023-06-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/238338porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-15T12:34:49Zoai:repositorio.unesp.br:11449/238338Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-15T12:34:49Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
Toxicity of new antifouling nanomaterials on sun coral (Tubastraea coccinea)
title Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
spellingShingle Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
Martins, Isabela
Anti-incrustante
DCOIT
Nanoencapsulamento
Tubastraea coccinea
Toxicologia ambiental
Ecologia marinha
Ciências da vida
Antifouling
Nanoencapsulation
title_short Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
title_full Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
title_fullStr Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
title_full_unstemmed Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
title_sort Toxicidade de novos nanomateriais anti-incrustantes sobre o coral-sol (Tubastraea coccinea)
author Martins, Isabela
author_facet Martins, Isabela
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Abessa, Denis Moledo de Souza [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Capel, Kátia Cristina Cruz
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Isabela
dc.subject.por.fl_str_mv Anti-incrustante
DCOIT
Nanoencapsulamento
Tubastraea coccinea
Toxicologia ambiental
Ecologia marinha
Ciências da vida
Antifouling
Nanoencapsulation
topic Anti-incrustante
DCOIT
Nanoencapsulamento
Tubastraea coccinea
Toxicologia ambiental
Ecologia marinha
Ciências da vida
Antifouling
Nanoencapsulation
description Biocidas usados na composição de tintas anti-incrustantes para evitar o processo de bioincrustação marinha podem sofrer lixiviação gradual e alguns podem ser persistentes no ambiente marinho e causar efeitos ambientais perigosos para organismos não alvo. Novas técnicas, como o encapsulamento em nanomateriais, têm sido desenvolvidas com o propósito de controlar a velocidade de liberação e reduzir os efeitos tóxicos deste biocida. Neste estudo, além das formas livres (DCOIT e SiNC), foi utilizado o encapsulamento em nanocápsulas mesoporosas de sílica (SiNC-DCOIT) e prata (SiNC-DCOIT-Ag), que apontam ser opções benéficas e favoráveis ecologicamente, atenuando os impactos ambientais, sem comprometer sua eficácia para organismos de ambiente temperado. O organismo alvo do estudo foi o coral- sol (Tubastraea coccinea). Esta espécie é considerada invasora no litoral brasileiro e a utilização da mesma serve como alternativa para se estimar os riscos às espécies nativas. Desta forma, o estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade e efeitos de letalidade do biocida anti-incrustante DCOIT e suas versões nanoencapsuladas em organismos de T. coccinea e observar a ocorrência de efeitos sub letais aos animais. A coleta das colônias foi feita no Arquipélago de Alcatrazes, SP, Brasil e as colônias foram expostas individualmente em frascos de 500mL com diferentes concentrações das substâncias, sendo, 3,33, 10, 33 e 100 μg L-1 para o DCOIT livre; 500, 1000, 2000 e 4000 μg L-1 para o SiNC; e 74,1, 222,2, 666,7 e 2000 μg L-1 para o SiNC-DCOIT e SiNC-DCOIT-Ag, por um período de 96 horas, com aeração e temperatura constante de 23°C ± 2ºC e fotoperíodo natural (12h claro, 12h escuro). Após o tempo de exposição, nenhum efeito letal foi observado, no entanto, foi possível observar alguns efeitos subletais, como o esqueleto calcário aparente em praticamente todas as concentrações e réplicas, porém ausentes nos controles, e a fragilização e branqueamento do esqueleto nas concentrações mais altas. A espécie T. coccinea foi considerada pouco sensível às substâncias testadas. Essa resistência pode indicar uma maior capacidade de proliferação da espécie, sendo favorecida em substrato contento tintas anti-incrustantes, em detrimento das espécies nativas.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-12-20T13:06:53Z
2022-12-20T13:06:53Z
2023-06-02
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/238338
url http://hdl.handle.net/11449/238338
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128115515326464