A fotografia amadora e fotoclubista no Brasil e no México: trajetórias e conexões latino-americanas (1940-1950)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grecco, Priscila Miraz de Freitas [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/135898
Resumo: No presente trabalho pretendemos abordar as conexões feitas pelo Foto Cine Clube Bandeirantes na cidade de São Paulo, assim como as conexões feitas com países da América Latina, destacadamente o México. O FCCB é um fotoclube que teve destaque por sua importância no surgimento da estética fotográfica moderna no Brasil. Durante as pesquisas encontramos entre as conexões com países latino-americanos, a concepção de uma 1ª Exposição Latino-Americana de Fotografia, em parceria com o Grupo Fotográfico La Ventana, do México, no ano de 1959. A partir daí, nossa intenção foi então mapear também a atuação do grupo mexicano, partindo da dissidência de seus membros do Club Fotográfico de México nos anos de 1950. Entendemos que, apesar da estrutura homogênea dos fotoclubes, sua necessidade de inserção no espaço da cidade e na história da fotografia local o obrigou a buscar formas específicas de atuação, o que fica muito mais claro quando temos dois campos de atuação distintos, um no Brasil e outro no México. No caso do Bandeirante, analisamos seu discurso, divulgado pelo boletim informativo da instituição, e encontramos elementos da construção de seu território/história divididos em duas grandes frentes: primeiro sua apropriação do discurso bandeirista e consequente aproximação de atores e órgãos governamentais da cidade e do estado de São Paulo; segundo, sua inserção em uma linha histórica e cronológica da história da fotografia amadora, em que se posicionou como consequência direta de uma evolução dessa história, principalmente através de sua filiação à antiga Sociedade Paulista de Photographia. No caso mexicano, o Club Fotográfico de México se inseria em uma discussão mais ampla e de grande relevância para a cultura do país, dizendo respeito diretamente à procura pela ideia de “mexicanidad”. A saída de alguns de seus associados para formarem o Grupo Fotográfico La Ventana insere-se diretamente nessa questão. Destacamos ainda, na década de 1950, que a mudança da estética clubista no Brasil, que levou o FCCB a ser reconhecido como Escola Paulista de Fotografia está conectada à Fotografia Subjetiva, que também teve função preponderante no La Ventana mexicano, e também em um clube argentino, La Carpeta de los Diez, que pela proximidade com o clube brasileiro, também se inseriu nas discussões deste trabalho. Procuramos traçar todo esse percurso através das ações e discursos dos fotoclubes (destacadamente o brasileiro). Acreditamos que esse trabalho de mapeamento das ações dos clubes nas cidades, além das conexões latino-americanas que estabeleceram, ajude a ampliar os estudos sobre os clubes de fotografia, inserindo suas ações e suas discussões estéticas nas relações sociais de seu tempo.
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spelling A fotografia amadora e fotoclubista no Brasil e no México: trajetórias e conexões latino-americanas (1940-1950)Amateur photography and fotoclubismo in Brazil and Mexico: trajectories and latin american connections (1940-1950)Foto Cine Clube BandeiranteBandeirismoClub Fotográfico de MéxicoLa VentanaHistória da fotografia amadoraHistória latino-americanaPhoto Club BandeirantePhotografic Club of MexicoAmateur Photografy HistoryLatin America HistoryNo presente trabalho pretendemos abordar as conexões feitas pelo Foto Cine Clube Bandeirantes na cidade de São Paulo, assim como as conexões feitas com países da América Latina, destacadamente o México. O FCCB é um fotoclube que teve destaque por sua importância no surgimento da estética fotográfica moderna no Brasil. Durante as pesquisas encontramos entre as conexões com países latino-americanos, a concepção de uma 1ª Exposição Latino-Americana de Fotografia, em parceria com o Grupo Fotográfico La Ventana, do México, no ano de 1959. A partir daí, nossa intenção foi então mapear também a atuação do grupo mexicano, partindo da dissidência de seus membros do Club Fotográfico de México nos anos de 1950. Entendemos que, apesar da estrutura homogênea dos fotoclubes, sua necessidade de inserção no espaço da cidade e na história da fotografia local o obrigou a buscar formas específicas de atuação, o que fica muito mais claro quando temos dois campos de atuação distintos, um no Brasil e outro no México. No caso do Bandeirante, analisamos seu discurso, divulgado pelo boletim informativo da instituição, e encontramos elementos da construção de seu território/história divididos em duas grandes frentes: primeiro sua apropriação do discurso bandeirista e consequente aproximação de atores e órgãos governamentais da cidade e do estado de São Paulo; segundo, sua inserção em uma linha histórica e cronológica da história da fotografia amadora, em que se posicionou como consequência direta de uma evolução dessa história, principalmente através de sua filiação à antiga Sociedade Paulista de Photographia. No caso mexicano, o Club Fotográfico de México se inseria em uma discussão mais ampla e de grande relevância para a cultura do país, dizendo respeito diretamente à procura pela ideia de “mexicanidad”. A saída de alguns de seus associados para formarem o Grupo Fotográfico La Ventana insere-se diretamente nessa questão. Destacamos ainda, na década de 1950, que a mudança da estética clubista no Brasil, que levou o FCCB a ser reconhecido como Escola Paulista de Fotografia está conectada à Fotografia Subjetiva, que também teve função preponderante no La Ventana mexicano, e também em um clube argentino, La Carpeta de los Diez, que pela proximidade com o clube brasileiro, também se inseriu nas discussões deste trabalho. Procuramos traçar todo esse percurso através das ações e discursos dos fotoclubes (destacadamente o brasileiro). Acreditamos que esse trabalho de mapeamento das ações dos clubes nas cidades, além das conexões latino-americanas que estabeleceram, ajude a ampliar os estudos sobre os clubes de fotografia, inserindo suas ações e suas discussões estéticas nas relações sociais de seu tempo.Our aim in this work is to approach connections made by Foto Cine Club Bandeirantes in Sao Paulo, as well as the connections made with countries of Latin America, notably the Mexico. The FCCB is a photo club that highlights because of its importance in the emergence of a Brazilian modern aesthetics photographic. During the research we found in the connections with Latin American countries, the conception of 1st Latin American Photography Exhibition in partnership with the Photographic Group La Ventana, Mexico, in 1959. Since then, our intention was also map the Mexican group performance based on its dissent members in the year of 1950. We believe that despite homogeneous structure of photo clubs their input needs at city spaces and photography local history forced them to seek specific forms of action, which was much clearer when we have two distinct fields of activity, one in Brazil and another in Mexico. At Bandeirante case, we analyzed its speech, released by the institution newsletter and we found building elements of its territory/story divided between two broad fronts: first its appropriation of bandeirista speech and consequently the rapprochement between actors and city government agencies and São Paulo State; second, its insertion at an historical and timeline amateur photography history, which has positioned itself as a direct result of that history evolution, particularly through the old Photographic Paulista Society membership. About Mexico Photographic Club it was part of a broader discussion of great relevance to country's culture concerning directly to the search for an idea of "Mexicanness". The departure of some of its members who created La Ventana Photo Group operates directly on this issue. We also point out that the transform of “club aesthetic” in Brazil – in the 1950s – which recognized FCCB as Photography Paulista School, was connected to the Subjective Photography, which also had a preponderant role in La Mexican Ventana and also in an Argentina club: La Carpeta de los Diez that because of the proximity to Brazilian club will also be part of our discussions. We trace this whole route considering the actions and speeches of photo clubs (notably the Brazilian). We believe this mapping work of clubs activities at cities – in addition to Latin American connections established by them – will help the enlargement of photography clubs studies entering their activities and their aesthetic discussions at the social relations of their time.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 5608-13-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Barbosa, Carlos Alberto Sampaio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Grecco, Priscila Miraz de Freitas [UNESP]2016-03-07T13:33:09Z2016-03-07T13:33:09Z2016-01-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13589800087260733004048018P55158189443784737porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-18T12:20:40Zoai:repositorio.unesp.br:11449/135898Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:34:40.123471Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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