Uso de óleo ozonizado associado ao óleo de copaíba como adjuvante no tratamento de ferida de descorna em touro: relato de caso

• Autor(a) principal: Guedes, Renata da Cunha [UNESP]
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Almeida, Caroline Clemente de [UNESP], Leoni, Victoria Galvão [UNESP], Vicentini, Yuri Ferreira [UNESP], Leal, Laís Cecato Moura [UNESP], Lima, Anne Yaguinuma de [UNESP], Gomes, Thais da Silva [UNESP], Lucas, Flávia de Almeida [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243588
• topic: Ozonioterapia; Novinos; Cicatrização

Introdução: A descorna terapêutica em bovinos é indicada em casos de fratura do corno uni ou bilateralmente. A descorna deve ser feita em animais jovens, pois em touros mais velhos pode não haver pele suficiente para a dermorrafia, sendo necessária a cicatrização da ferida cirúrgica por segunda intenção. Relato de caso: Foi atendido no Hospital Veterinário da UNESP/FMVA um touro nelore, 12 anos, apresentando fratura no corno esquerdo após brigar com outro animal. Optou-se pela descorna cirúrgica de ambos os cornos, pois no procedimento anestésico o touro fraturou também o corno direito. Não foi possível realizar a sutura após remoção dos cornos e a cicatrização seguiu por segunda intenção. A terapêutica consistiu no uso de dexametasona (20mg/kg/SID por 2 dias), flunixin meglumine (1,1mg/kg/SID por 3 dias) e Ceftiofur (2,2mg/kg/SID por 5 dias). Os curativos eram realizados diariamente com água oxigenada e iodopovidona. No 11o dia a ferida cirúrgica direita apresentou secreção purulenta, caracterizando infecção, sendo alterado o protocolo de limpeza para duas vezes ao dia com clorexidine 0,2% e iodopovidona. Sem sucesso, a ferida continuava apresentando infecção e ausência de crescimento de tecido de granulação. Foi adicionado ao protocolo o óleo de girassol ozonizado associado ao óleo de copaíba 10% tópicos, a partir do 20o dia pós cirurgia. Resultados: No 25o dia, a ferida apresentou diminuição da secreção purulenta associada ao crescimento de tecido de granulação. No 29o dia a ferida cirúrgica apresentava-se sem exsudato, e com predominância de tecido de granulação. O animal recebeu alta hospitalar aos 33 dias após a descorna cirúrgica. A evolução da ferida cirúrgica pode ser observada na Figura 1. Conclusão: O uso do óleo de girassol ozonizado associado ao óleo de copaíba 10% favoreceu o processo cicatricial e auxiliou na redução da infecção na ferida cirúrgica.