A presença, a ausência e a presença-ausente da Filosofia como disciplina escolar no Ensino Secundário brasileiro (1890-1982)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Francis Silva de [UNESP]
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256857
Resumo: O trabalho de pesquisa que apresentamos a seguir encontra-se circunstanciado pela linha de pesquisa Linguagem, Experiência, Memória, Formação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' – UNESP, campus de Rio Claro. Trata-se de uma pesquisa historiográfica focada na história das disciplinas escolares, que incorpora os procedimentos da análise documental aos pressupostos do paradigma indiciário, com o objetivo de compreender as razões subjacentes à inclusão ou exclusão da Filosofia como disciplina do currículo do Ensino Secundário brasileiro. O período analisado se estende da primeira reforma educacional, efetuada por Benjamin Constant em 1890, até a Lei nº 7.044, de 18 de Outubro de 1982. O corpus documental da pesquisa é composto pelos seguintes decretos e leis: Decreto nº 981/1890; Constituição Federal de 1891; Decreto nº 3.890/1901; Decreto nº 8.659/1911; Decreto nº 11.530/1915; Decreto nº 16.782-A/1925; Decreto nº 19.890/1931; Constituição Federal de 1934; Constituição Federal de 1937; Decreto nº 4.244/1942; LDBEN nº 4.024/1961; Portaria nº 614/1951; Lei nº 5.692/1971; Lei nº 7.044/1982. As análises propostas ao longo do texto questionam por que a escola ensina o que ensina, quem decide se a Filosofia será ensinada e por quê. Essas análises recuperam as narrativas e processos de circulação, interação e empréstimos sociais e culturais presentes nos contextos de cada uma das reformas investigadas, enquanto questionam as forças políticas e econômicas envolvidas no desenvolvimento, implementação e normalização das políticas educacionais no período histórico em questão. Nesse sentido, indiciam um território de litígio marcado pela relação de implicação e influência mútua entre a macropolítica e a micropolítica, razão pela qual defendemos a tese de que a presença, a ausência e a presença-ausente da Filosofia no currículo da escola secundária republicana entre 1890 e 1982 reflete um arranjamento maior de princípios e sentidos outros que não se encerram nos limites da epistemologia ou do método filosófico, mas que albergam tanto as questões econômicas imbricadas na e pela política pragmática do currículo, quanto a retórica hegemônica de legitimação dos saberes escolares.
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Trata-se de uma pesquisa historiográfica focada na história das disciplinas escolares, que incorpora os procedimentos da análise documental aos pressupostos do paradigma indiciário, com o objetivo de compreender as razões subjacentes à inclusão ou exclusão da Filosofia como disciplina do currículo do Ensino Secundário brasileiro. O período analisado se estende da primeira reforma educacional, efetuada por Benjamin Constant em 1890, até a Lei nº 7.044, de 18 de Outubro de 1982. O corpus documental da pesquisa é composto pelos seguintes decretos e leis: Decreto nº 981/1890; Constituição Federal de 1891; Decreto nº 3.890/1901; Decreto nº 8.659/1911; Decreto nº 11.530/1915; Decreto nº 16.782-A/1925; Decreto nº 19.890/1931; Constituição Federal de 1934; Constituição Federal de 1937; Decreto nº 4.244/1942; LDBEN nº 4.024/1961; Portaria nº 614/1951; Lei nº 5.692/1971; Lei nº 7.044/1982. As análises propostas ao longo do texto questionam por que a escola ensina o que ensina, quem decide se a Filosofia será ensinada e por quê. Essas análises recuperam as narrativas e processos de circulação, interação e empréstimos sociais e culturais presentes nos contextos de cada uma das reformas investigadas, enquanto questionam as forças políticas e econômicas envolvidas no desenvolvimento, implementação e normalização das políticas educacionais no período histórico em questão. Nesse sentido, indiciam um território de litígio marcado pela relação de implicação e influência mútua entre a macropolítica e a micropolítica, razão pela qual defendemos a tese de que a presença, a ausência e a presença-ausente da Filosofia no currículo da escola secundária republicana entre 1890 e 1982 reflete um arranjamento maior de princípios e sentidos outros que não se encerram nos limites da epistemologia ou do método filosófico, mas que albergam tanto as questões econômicas imbricadas na e pela política pragmática do currículo, quanto a retórica hegemônica de legitimação dos saberes escolares.El trabajo de investigación que presentamos a continuación se encuentra contextualizado por la línea de investigación Lenguaje, Experiencia, Memoria, Formación, del Programa de Posgrado en Educación de la Universidad Estatal Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' – UNESP, campus de Rio Claro. Se trata de una investigación historiográfica enfocada en la historia de las disciplinas escolares, que incorpora los procedimientos del análisis documental a los presupuestos del paradigma indiciario, con el objetivo de comprender las razones subyacentes a la inclusión o exclusión de la Filosofía como disciplina del currículo del Enseñanza Secundaria brasileña. El período analizado se extiende desde la primera reforma educativa, efectuada por Benjamin Constant en 1890, hasta la Ley nº 7.044, de 18 de octubre de 1982. El corpus documental de la investigación está compuesto por los siguientes decretos y leyes: Decreto nº 981/1890; Constitución Federal de 1891; Decreto nº 3.890/1901; Decreto nº 8.659/1911; Decreto nº 11.530/1915; Decreto nº 16.782-A/1925; Decreto nº 19.890/1931; Constitución Federal de 1934; Constitución Federal de 1937; Decreto nº 4.244/1942; LDBEN nº 4.024/1961; Orden nº 614/1951; Ley nº 5.692/1971; Ley nº 7.044/1982. Las análisis propuestos a lo largo del texto cuestionan por qué la escuela enseña lo que enseña, quién decide si se enseñará Filosofía y por qué. Estos análisis recuperan las narrativas y procesos de circulación, interacción y préstamos sociales y culturales presentes en los contextos de cada una de las reformas investigadas, mientras cuestionan las fuerzas políticas y económicas involucradas en el desarrollo, implementación y normalización de las políticas educativas en el período histórico en cuestión. En este sentido, indican un territorio de litigio marcado por la relación de implicación e influencia mutua entre la macropolítica y la micropolítica, razón por la cual defendemos la tesis de que la presencia, la ausencia y la presencia-ausente de la Filosofía en el currículo de la escuela secundaria republicana entre 1890 y 1982 refleja un arreglo mayor de principios y sentidos que no se limitan a la epistemología o al método filosófico, sino que incluyen tanto las cuestiones económicas entrelazadas en y por la política pragmática del currículo, como la retórica hegemónica de legitimación de los saberes escolares.Le travail de recherche que nous présentons est circonscrit par la ligne de recherche Langage, Expérience, Mémoire, Formation, du Programme de Post-Graduation en Éducation de l'Université d'État Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' – UNESP, campus de Rio Claro. Il s'agit d'une recherche historiographique centrée sur l'histoire des disciplines scolaires, intégrant les procédures de l'analyse documentaire aux présupposés du paradigme indiciaire, avec pour objectif de comprendre les raisons sous-jacentes à l'inclusion ou à l'exclusion de la Philosophie comme discipline du curriculum de l'Enseignement Secondaire brésilien. La période analysée s'étend de la première réforme éducative, effectuée par Benjamin Constant en 1890, jusqu'à la Loi nº 7.044, du 18 octobre 1982. Le corpus documentaire de la recherche comprend les décrets et lois suivants : Décret nº 981/1890; Constitution Fédérale de 1891; Décret nº 3.890/1901; Décret nº 8.659/1911; Décret nº 11.530/1915; Décret nº 16.782-A/1925; Décret nº 19.890/1931; Constitution Fédérale de 1934; Constitution Fédérale de 1937; Décret nº 4.244/1942; LDBEN nº 4.024/1961; Arrêté nº 614/1951; Loi nº 5.692/1971; Loi nº 7.044/1982. Les analyses proposées tout au long du texte questionnent pourquoi l'école enseigne ce qu'elle enseigne, qui décide si la Philosophie sera enseignée et pourquoi. Ces analyses retracent les narrations et les processus de circulation, d'interaction et d'emprunts sociaux et culturels présents dans les contextes de chacune des réformes étudiées, tout en questionnant les forces politiques et économiques impliquées dans le développement, la mise en œuvre et la normalisation des politiques éducatives dans la période historique concernée. En ce sens, elles indiquent un territoire de litige marqué par la relation d'implication et d'influence mutuelle entre la macropolitique et la micropolitique, raison pour laquelle nous défendons la thèse que la présence, l'absence et la présence-absente de la Philosophie dans le curriculum de l'école secondaire républicaine entre 1890 et 1982 reflète un arrangement plus large de principes et de sens qui ne se limitent pas aux frontières de l'épistémologie ou de la méthode philosophique, mais qui englobent tant les questions économiques imbriquées dans et par la politique pragmatique du curriculum, que la rhétorique hégémonique de légitimation des savoirs scolaires.Não se aplicaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Pezzato, João Pedro [UNESP]Almeida, Francis Silva de [UNESP]2024-07-31T20:17:35Z2024-07-31T20:17:35Z2024-07-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/25685733004137064P260924061845186220000-0002-9237-6325porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-01T06:19:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/256857Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:46:18.691037Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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