Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Suzel Domini dos [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/99128
Resumo: Manoel de Barros, poeta que surgiu no horizonte da literatura brasileira no ano de 1937, tem na imagem poética e na metalinguagem os principais pontos de força de sua poesia, ou seja, a poesia barrosiana se caracteriza pela interpenetração de dois espaços de linguagem, o imagético e o metalinguístico. A matéria-prima da elaboração imagética de Manoel de Barros é buscada, principalmente, nos paradigmas lexicais da natureza, do Pantanal mato-grossense e do ínfimo. Quanto ao princípio de base que rege a construção da imagem poética, destacamos a fusão de realidades totalmente dissonantes entre si. Os elementos que servem de matéria-prima são retirados de seus lugares habituais e atualizados por um olhar subjetivo que opera por via da analogia, o que acaba por gerar uma Natureza poética supra-real que tende a desacomodar o leitor na medida em que lhe rouba as referências. Tal operação retoma recursos de construção poética utilizados pelos surrealistas. À luz de um diálogo com fundamentos da modernidade lírica, e de uma revisitação ao surrealismo, lançamos foco sobre um livro em específico, O guardador de águas, que traz concomitantemente a atuação e a concepção da Natureza como metalinguagem. A partir da análise de uma seleção de poemas que compõem o livro em questão, buscamos mostrar que Manoel de Barros introjeta nas malhas de um discurso poético densamente imagético seu pensamento crítico, fazendo do poema um suporte para a crítica
id UNSP_93d96fe2ca8cecf5c888db83f417f9ae
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/99128
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer NaturezaBarros, Manoel de, 1916- Crítica e interpretaçãoLiteratura brasileira - História e críticaPoesia brasileira - História e críticaSurrealismo (Literatura)MetalinguagemBrazilian literature - History and criticismManoel de Barros, poeta que surgiu no horizonte da literatura brasileira no ano de 1937, tem na imagem poética e na metalinguagem os principais pontos de força de sua poesia, ou seja, a poesia barrosiana se caracteriza pela interpenetração de dois espaços de linguagem, o imagético e o metalinguístico. A matéria-prima da elaboração imagética de Manoel de Barros é buscada, principalmente, nos paradigmas lexicais da natureza, do Pantanal mato-grossense e do ínfimo. Quanto ao princípio de base que rege a construção da imagem poética, destacamos a fusão de realidades totalmente dissonantes entre si. Os elementos que servem de matéria-prima são retirados de seus lugares habituais e atualizados por um olhar subjetivo que opera por via da analogia, o que acaba por gerar uma Natureza poética supra-real que tende a desacomodar o leitor na medida em que lhe rouba as referências. Tal operação retoma recursos de construção poética utilizados pelos surrealistas. À luz de um diálogo com fundamentos da modernidade lírica, e de uma revisitação ao surrealismo, lançamos foco sobre um livro em específico, O guardador de águas, que traz concomitantemente a atuação e a concepção da Natureza como metalinguagem. A partir da análise de uma seleção de poemas que compõem o livro em questão, buscamos mostrar que Manoel de Barros introjeta nas malhas de um discurso poético densamente imagético seu pensamento crítico, fazendo do poema um suporte para a críticaManoel de Barros, a poet that appeared on the horizon of Brazilian literature in 1937, has the poetic image and the metalanguage as the main strength points of his poetry, that is, the Barrosiana poetry is characterized by the interpenetration of two spaces of language, the imaging and the metalinguistic. The raw material of the imaging elaboration of Manoel de Barros is searched, mainly, on the lexical paradigms of nature, of the intimate and of the Pantanal from Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. Regarding the base principle that governs the construction of the poetic image, we highlight the fusion of totally dissonant realities between themselves. The elements used as raw materials are taken from their usual position and updated by a subjective look that operates by means of analogy, what generates an above-real poetic Nature that tends to cause strangeness to the reader once it removes the references. This operation retakes poetic construction resources used by the surrealists. Regarding a dialog with the lyrical modernity foundations and a revisit of surrealism, we focus on a specific book, O guardador de águas, that brings concomitantly the action and the conception of Nature as metalanguage. From the analysis of a selection of poems that constitute the referred book, we intent to show that Manoel de Barros introjects in the tissue of a densely imaging poetic discourse his critical thought, making the poem a support for the criticismUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Busato, Susanna [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Suzel Domini dos [UNESP]2014-06-11T19:29:49Z2014-06-11T19:29:49Z2013-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis172 f. :application/pdfSANTOS, Suzel Domini dos. Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza. 2013. 172 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2013.http://hdl.handle.net/11449/99128000715283santos_sd_me_sjrp.pdf33004153015P2Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-27T06:06:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/99128Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-27T06:06:04Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
title Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
spellingShingle Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
Santos, Suzel Domini dos [UNESP]
Barros, Manoel de, 1916- Crítica e interpretação
Literatura brasileira - História e crítica
Poesia brasileira - História e crítica
Surrealismo (Literatura)
Metalinguagem
Brazilian literature - History and criticism
title_short Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
title_full Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
title_fullStr Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
title_full_unstemmed Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
title_sort Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
author Santos, Suzel Domini dos [UNESP]
author_facet Santos, Suzel Domini dos [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Busato, Susanna [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Suzel Domini dos [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Barros, Manoel de, 1916- Crítica e interpretação
Literatura brasileira - História e crítica
Poesia brasileira - História e crítica
Surrealismo (Literatura)
Metalinguagem
Brazilian literature - History and criticism
topic Barros, Manoel de, 1916- Crítica e interpretação
Literatura brasileira - História e crítica
Poesia brasileira - História e crítica
Surrealismo (Literatura)
Metalinguagem
Brazilian literature - History and criticism
description Manoel de Barros, poeta que surgiu no horizonte da literatura brasileira no ano de 1937, tem na imagem poética e na metalinguagem os principais pontos de força de sua poesia, ou seja, a poesia barrosiana se caracteriza pela interpenetração de dois espaços de linguagem, o imagético e o metalinguístico. A matéria-prima da elaboração imagética de Manoel de Barros é buscada, principalmente, nos paradigmas lexicais da natureza, do Pantanal mato-grossense e do ínfimo. Quanto ao princípio de base que rege a construção da imagem poética, destacamos a fusão de realidades totalmente dissonantes entre si. Os elementos que servem de matéria-prima são retirados de seus lugares habituais e atualizados por um olhar subjetivo que opera por via da analogia, o que acaba por gerar uma Natureza poética supra-real que tende a desacomodar o leitor na medida em que lhe rouba as referências. Tal operação retoma recursos de construção poética utilizados pelos surrealistas. À luz de um diálogo com fundamentos da modernidade lírica, e de uma revisitação ao surrealismo, lançamos foco sobre um livro em específico, O guardador de águas, que traz concomitantemente a atuação e a concepção da Natureza como metalinguagem. A partir da análise de uma seleção de poemas que compõem o livro em questão, buscamos mostrar que Manoel de Barros introjeta nas malhas de um discurso poético densamente imagético seu pensamento crítico, fazendo do poema um suporte para a crítica
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-03-22
2014-06-11T19:29:49Z
2014-06-11T19:29:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SANTOS, Suzel Domini dos. Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza. 2013. 172 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2013.
http://hdl.handle.net/11449/99128
000715283
santos_sd_me_sjrp.pdf
33004153015P2
identifier_str_mv SANTOS, Suzel Domini dos. Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza. 2013. 172 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2013.
000715283
santos_sd_me_sjrp.pdf
33004153015P2
url http://hdl.handle.net/11449/99128
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 172 f. :
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1792961660121513984