Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/137887
Resumo: La Vía Campesina foi oficialmente criada em 1993, em Mons na Bélgica, e surgiu como resposta às políticas econômicas na agricultura que marginalizavam os camponeses. Sem uma representação oficial dos camponeses as decisões na agricultura desrespeitavam o interesse dos trabalhadores rurais. A partir disso, milhares de camponeses se reuniram e objetivaram criar um movimento mundial de camponeses. O objetivo do movimento é estabelecer uma articulação, comunicação e uma coordenação de atividades em comum na escala mundial e regional. Dessa forma, esse movimento internacional, articulador de outros movimentos camponeses, é sem dúvida, considerado como um processo novo e surpreendente nos levando a questionar as condições históricas que culminaram na organização e a forma de organização. Atualmente, La Vía Campesina é o principal movimento camponês no cenário internacional totalizando a articulação de 164 movimentos de 73 países, com um total de 200 milhões de camponeses, pequenos e médios produtores, povos sem-terras, indígenas, migrantes e trabalhadores agrícolas. Suas ações e propostas confrontam os centros de decisão política na agricultura, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Banco Mundial, as empresas transnacionais do agronegócio (como Monsanto, Syngenta, etc.) e ONGs e movimentos não camponeses, como a Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). Seu tema principal envolve a política hegemônica da agricultura, tornando-se interlocutor de temas e reivindicações como reforma agrária, soberania alimentar, soberania energética, gênero, biodiversidade, direitos humanos e agricultura camponesa sustentável. Em escala nacional o movimento articulador é composto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ) e Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP). O objetivo desta pesquisa é compreender a formação da Via Campesina e articulação do movimento e de suas Ações Territoriais no Brasil
id UNSP_9518c71f454213f40ffd672f012bd6d9
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/137887
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil¿Por una rebeldía mundial? Formación y acción territorial de la Vía Campesina en BrasilMovimento altermundialistaLa Vía CampesinaSoberania alimentarAções TerritoriaisLutas camponesasGlobal justice movementFood sovereigntyTerritorial actionsPeasant strugglesLa Vía Campesina foi oficialmente criada em 1993, em Mons na Bélgica, e surgiu como resposta às políticas econômicas na agricultura que marginalizavam os camponeses. Sem uma representação oficial dos camponeses as decisões na agricultura desrespeitavam o interesse dos trabalhadores rurais. A partir disso, milhares de camponeses se reuniram e objetivaram criar um movimento mundial de camponeses. O objetivo do movimento é estabelecer uma articulação, comunicação e uma coordenação de atividades em comum na escala mundial e regional. Dessa forma, esse movimento internacional, articulador de outros movimentos camponeses, é sem dúvida, considerado como um processo novo e surpreendente nos levando a questionar as condições históricas que culminaram na organização e a forma de organização. Atualmente, La Vía Campesina é o principal movimento camponês no cenário internacional totalizando a articulação de 164 movimentos de 73 países, com um total de 200 milhões de camponeses, pequenos e médios produtores, povos sem-terras, indígenas, migrantes e trabalhadores agrícolas. Suas ações e propostas confrontam os centros de decisão política na agricultura, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Banco Mundial, as empresas transnacionais do agronegócio (como Monsanto, Syngenta, etc.) e ONGs e movimentos não camponeses, como a Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). Seu tema principal envolve a política hegemônica da agricultura, tornando-se interlocutor de temas e reivindicações como reforma agrária, soberania alimentar, soberania energética, gênero, biodiversidade, direitos humanos e agricultura camponesa sustentável. Em escala nacional o movimento articulador é composto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ) e Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP). O objetivo desta pesquisa é compreender a formação da Via Campesina e articulação do movimento e de suas Ações Territoriais no BrasilLa Vía Campesina was officially established in 1993 in Mons in Belgium, and came as a response to economic policies in agriculture that marginalized peasants. Without an official representation of peasants the decisions in agriculture disregarded the interests of rural workers. From this, thousands of peasants gathered and aimed to create a global movement of peasants. The aim of the movement is to establish a joint communication and joint activities of coordination in global and regional scale. Thus, this international movement, articulator of other peasant movements, is undoubtedly considered as an amazing new process leading us to question the historical conditions that led to the organization and form of organization. Currently, La Vía Campesina is the main peasant movement in the international arena totaling articulation of 164 movements from 73 countries, with a total of 200 million peasants, small and medium-sized producers, landless people, indigenous people, migrants and agricultural workers. His actions and proposals confront the political decision-making centers in agriculture, such as the WTO, the Food and Agriculture Organization (FAO), the World Bank, transnational agribusiness companies (such as Monsanto, Syngenta, etc.) and NGOs and not peasants movements, such as the International Federation of Agricultural Producers (IFAP). His outstanding issues involving the hegemonic policy of agriculture, becoming party themes and claims as agrarian reform, food sovereignty, energy sovereignty, gender, biodiversity, human rights, sustainable peasant agriculture. On a national scale the members consists of the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ) and the Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP). The objective of this research is to understand the formation of Via Campesina in Brazil and joint movement and its territorial Shares in Brazil.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Feliciano, Carlos Alberto [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]2016-04-11T18:08:28Z2016-04-11T18:08:28Z2016-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13788700086582033004129042P3porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-20T13:36:23Zoai:repositorio.unesp.br:11449/137887Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:46:13.465758Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
¿Por una rebeldía mundial? Formación y acción territorial de la Vía Campesina en Brasil
title Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
spellingShingle Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]
Movimento altermundialista
La Vía Campesina
Soberania alimentar
Ações Territoriais
Lutas camponesas
Global justice movement
Food sovereignty
Territorial actions
Peasant struggles
title_short Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
title_full Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
title_fullStr Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
title_full_unstemmed Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
title_sort Por uma rebeldia mundial? Formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil
author Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]
author_facet Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Feliciano, Carlos Alberto [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Leandro Nieves [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Movimento altermundialista
La Vía Campesina
Soberania alimentar
Ações Territoriais
Lutas camponesas
Global justice movement
Food sovereignty
Territorial actions
Peasant struggles
topic Movimento altermundialista
La Vía Campesina
Soberania alimentar
Ações Territoriais
Lutas camponesas
Global justice movement
Food sovereignty
Territorial actions
Peasant struggles
description La Vía Campesina foi oficialmente criada em 1993, em Mons na Bélgica, e surgiu como resposta às políticas econômicas na agricultura que marginalizavam os camponeses. Sem uma representação oficial dos camponeses as decisões na agricultura desrespeitavam o interesse dos trabalhadores rurais. A partir disso, milhares de camponeses se reuniram e objetivaram criar um movimento mundial de camponeses. O objetivo do movimento é estabelecer uma articulação, comunicação e uma coordenação de atividades em comum na escala mundial e regional. Dessa forma, esse movimento internacional, articulador de outros movimentos camponeses, é sem dúvida, considerado como um processo novo e surpreendente nos levando a questionar as condições históricas que culminaram na organização e a forma de organização. Atualmente, La Vía Campesina é o principal movimento camponês no cenário internacional totalizando a articulação de 164 movimentos de 73 países, com um total de 200 milhões de camponeses, pequenos e médios produtores, povos sem-terras, indígenas, migrantes e trabalhadores agrícolas. Suas ações e propostas confrontam os centros de decisão política na agricultura, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Banco Mundial, as empresas transnacionais do agronegócio (como Monsanto, Syngenta, etc.) e ONGs e movimentos não camponeses, como a Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). Seu tema principal envolve a política hegemônica da agricultura, tornando-se interlocutor de temas e reivindicações como reforma agrária, soberania alimentar, soberania energética, gênero, biodiversidade, direitos humanos e agricultura camponesa sustentável. Em escala nacional o movimento articulador é composto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ) e Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP). O objetivo desta pesquisa é compreender a formação da Via Campesina e articulação do movimento e de suas Ações Territoriais no Brasil
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-04-11T18:08:28Z
2016-04-11T18:08:28Z
2016-02-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/137887
000865820
33004129042P3
url http://hdl.handle.net/11449/137887
identifier_str_mv 000865820
33004129042P3
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129246146592768