Vivendo no escuro: os anos de clandestinidade da Federação Anarquista Uruguaia (1967-1976)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Thaís Linhares Fabi dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217245
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar os anos de clandestinidade da Federación Anarquista Uruguaya, compreendido no período de 1967-1976, principalmente, a estrutura interna da organização e a atuação nos níveis político e político-social. Através das experiências mais combativas no país, a FAU foi fundada em 1956, e reuniu em seu entorno diversas vertentes do pensamento libertário do Uruguai. Após o racha interno da organização, serviu de maneira fundamental o aprofundamento teórico, ideológico, político; as diversas linhas e militantes com distintas experiências presentes no início do partido serviram de base ideológica. O avanço das forças repressivas uruguaias, com o recrudescimento do estado, impôs a clandestinidade às organizações de esquerda revolucionária, incluindo a FAU. Nesse período compreendido pela organização por “ditadura constitucional”, fundou duas frentes de atuação, visando uma capilaridade maior do anarquismo e uma organização da classe trabalhadora combativa. No setor de massas, impulsionou a Tendencia Combativa, um agrupamento sindical que sustentavam uma oposição de esquerda à linha política do Partido Comunista Uruguaio, participando ativamente em uma das principais centrais sindicais do país, Convención Nacional de Trabajadores (CNT). Sua principal área de influência foi a fundação o agrupamento de tendência Resistencia Obrera Estudantil (ROE), militância envolvia os setores: sindical, estudantil e comunitária. A fim de proteger a organização e desenvolver táticas de ação direta, impulsionando dentro dos movimentos populares, foi criado o aparato armado, a Organización Popular Revolucionaria 33 Orientales (OPR-33); contudo, a linha armada se diferenciou da concepção foquista desenvolvida em toda a América Latina. Em 1973, a consolidação da ditadura militar, parte FAU se transfere para Buenos Aires, e a organização atua a militância em dois países; até sua desarticulação em 1976.
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O avanço das forças repressivas uruguaias, com o recrudescimento do estado, impôs a clandestinidade às organizações de esquerda revolucionária, incluindo a FAU. Nesse período compreendido pela organização por “ditadura constitucional”, fundou duas frentes de atuação, visando uma capilaridade maior do anarquismo e uma organização da classe trabalhadora combativa. No setor de massas, impulsionou a Tendencia Combativa, um agrupamento sindical que sustentavam uma oposição de esquerda à linha política do Partido Comunista Uruguaio, participando ativamente em uma das principais centrais sindicais do país, Convención Nacional de Trabajadores (CNT). Sua principal área de influência foi a fundação o agrupamento de tendência Resistencia Obrera Estudantil (ROE), militância envolvia os setores: sindical, estudantil e comunitária. A fim de proteger a organização e desenvolver táticas de ação direta, impulsionando dentro dos movimentos populares, foi criado o aparato armado, a Organización Popular Revolucionaria 33 Orientales (OPR-33); contudo, a linha armada se diferenciou da concepção foquista desenvolvida em toda a América Latina. Em 1973, a consolidação da ditadura militar, parte FAU se transfere para Buenos Aires, e a organização atua a militância em dois países; até sua desarticulação em 1976.The present dissertation has the goal to analyze clandestine years of the Federación Anarquista Uruguaya, through 1967-1976 period, mostly, the organization’s internal structure and activity in the political and political-social levels. A presente dissertação tem como objetivo analisar os anos de clandestinidade da Federación. Amidst more combative experiences in the country, FAU was founded in 1956, and reunited in its surroundings many sides of the Uruguyan’s libertarian thinking. After the organization’s split, the theoretical, ideological and political deepening; the diverse strands and militants with diferente experiences in the organization’s beginning served as ideological basis. The repressive forces advances, the upsurge of the state, imposed the cladestinity to revolutionary leftist organizations, included FAU. In this period understood by the organization as “constitutional dictatorship”, it founded two activity fronts, aiming more capillarity for anarchism and a combative class organization. In mass sector, it boosted the Tendencia Combativa, a trade union group which sustained a leftist oposition to Uruguayan Communist Party, actively participating in one of the main trade union central of the country, Convención Nacional de Trabajadores (CNT). Its main influence was the founding of the tendency group Resistencia Obrera Estudantil (ROE), with militancy envolved in the sectors: trade and student union and communitarian. To protect the organization and develop direct action tactics, boosting from the inside of popular movements, was created the armed apparatus, the Organización Popular Revolucionaria 33 Orientales (OPR-33); however, the armed interpretation differed from the foquism conception developed all over Latin America. In 1973, with the consolidation of militar dictatorship, parts of FAU transfered to Buenos Aires, and the organization acts in two countries; until its disarticulation in 1976.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Del Roio, Marcos Tadeu [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Thaís Linhares Fabi dos2022-03-17T11:56:27Z2022-03-17T11:56:27Z2021-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Thaís Linhares Fabi dos. Vivendo no escuro: os anos de clandestinidade da Federação Anarquista Uruguaia (1967-1976). Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022.http://hdl.handle.net/11449/21724533004110042P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-12T18:44:15Zoai:repositorio.unesp.br:11449/217245Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-12T18:44:15Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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