Estágio de vivência interdisciplinar em assentamentos rurais no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lombardi, Araê Claudinei [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Pinto, Mauro Sérgio Vianello [UNESP], Vieira, Ana Carolina Casemiro [UNESP], Demétrio, Bruna Gomes [UNESP], Pedrosa, Eduardo Callera [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143559
Resumo: Introdução: O Estágio de Vivência Interdisciplinar em Assentamentos Rurais no Estado de São Paulo surgiu como proposta pela Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Associações de Pequenos Produtores. O Estágio de Vivência representa um mecanismo de processo de reflexão e necessidade de elaboração crítica, de pensar as condições de intervenção sobre a realidade, de rediscutir as definições de objetivos da Universidade e a participação dos estudantes na implementação destes, valorizando o diálogo com a sociedade. Importa afirmar que o estudante, antes de incluir-se nessa condição, é um cidadão, interessado e participante na comunidade em que se insere. Objetivos: O objetivo geral é aproximar o graduando da realidade sócio-econômica, com atenção especial às carências das camadas sociais marginalizadas envolvidas na tarefa de trabalhar e produzir, presentes nos movimentos sociais e nos assentamentos de reforma agrária. Métodos: Para atingir estes objetivos, é fundamental que o Estágio esteja apoiado em metodologia adequada, envolvendo 03 etapas: a) Preparação: Após processos de divulgação do Projeto e de inscrição e seleção dos candidatos, a preparação do grupo participante ocorre no período de cinco dias antecedentes à fase de campo, desenvolvendo-se por meio de palestras, vídeos, discussões e dinâmicas em grupo, b) Vivência em campo: Esta etapa dura cerca de 15dias, nos quais os estudantes ficam alojados individualmente em casas de famílias assentadas, de modo a conhecer as diversas realidades sociais e organizativas de um assentamento, podendo compará-las entre si. Cabe ao Vivente participar das atividades cotidianas, de modo a construir um contato aprofundado com o grupo familiar e, por seu intermédio, com a vida social e produtiva no assentamento, c) Avaliação: O processo de avaliação se desdobra em duas etapas: no próprio assentamento, durante a Vivência, objetivando aprofundar as trocas de experiências entre os assentados e os estagiários, viabilizando propostas para estágios seguintes. Esta fase de avaliação, tem o expresso objetivo de “dar a palavra”, como diz Paulo Freire, aos que nunca falam sobre si ou sua vida, no final do Projeto, já no Campus da FCA, após o término da Vivência, 03 dias de Avaliação do grupo. Resultados: Em 11 anos de realização do Estágio, participaram mais de 300 estudantes dos mais diferentes cursos e Universidades. Este projeto estimulou o desenvolvimento de outros projetos de extensão e pesquisa em assentamentos rurais e em outras comunidades, vem despertando o senso crítico e o compromisso social dos participantes, vem possibilitando a troca de experiências entre os estudantes e as cerca de 400 famílias que vivem no assentamento.
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