Fenda palatina congênita em animais de companhia: da teratogênese ao tratamento cirúrgico

• Autor(a) principal: Casteleti, Aline Garcia
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/236204
• topic: Malformações congênitas; Fenda palatina; Neonatologia em cães e gatos

As fendas palatinas são malformações congênitas caracterizadas por apresentarem uma comunicação anômala entre as cavidades oral e nasal. São alterações estruturais ou funcionais presentes ao nascimento e, se não identificadas precocemente, tendem a interferir na viabilidade dos recém-nascidos, representando importante causa de morte neonatal. Podem ser detectadas de imediato, logo após o nascimento, ou não manifestarem sinais clínicos por até vários dias ou semanas. Diferentes técnicas podem ser utilizadas para a reparação cirúrgica de anomalias da cavidade oral e seus anexos, porém o procedimento de escolha deve levar em consideração o estado geral do paciente, a dimensão e localização da fenda. Ainda, é aconselhável cautela ao manipular as artérias palatinas a fim de preservar o suprimento sanguíneo, além de evitar o excesso de tensão no local da sutura e a contração cicatricial das linhas de relaxamento. Com o intuito de proteger o sítio cirúrgico, recomenda-se alimentos pastosos ou o uso de sonda esofágica no pós-operatório, minimizando as complicações e facilitando a cicatrização. A precocidade ao realizar o diagnóstico da afecção é fator fundamental no prognóstico, favorecendo a instituição de medidas terapêuticas e de suporte nutricional. A doença é de difícil manejo, portanto os proprietários e criadores devem estar cientes dos riscos e do constante suporte que o filhote precisará receber. O presente estudo revisou os principais aspectos da fenda palatina congênita em cães e gatos, com ênfase na etiologia, diagnóstico e tratamento cirúrgico.