A alternância entre os modos subjuntivo e indicativo no português brasileiro: um estudo em cartas pessoais do século XX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/151153 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é investigar a alternância entre os modos Subjuntivo e Indicativo no português brasileiro por meio de cartas pessoais datadas de meados do século XX. Pretende-se confrontar as prescrições gramaticais com os usos observados nas cartas. A teoria que serve de base para este estudo é a Teoria da Variação e Mudança Linguística, modelo teórico que se filia à Sociolinguística. Defende-se a ideia de que a troca entre os modos Subjuntivo/Indicativo não modifica o valor semântico da oração, constituindo de fato um fenômeno variável. A metodologia empregada inclui duas etapas: (i) o levantamento prévio de informações em gramáticas, manuais e outros materiais de cunho normativo similares, representativos do período de tempo compreendido pela análise, e o levantamento de resultados obtidos em estudos variacionistas sobre o fenômeno; (ii) a análise empírica do fenômeno a partir dados oriundos de cartas pessoais datadas do século XX. A variável dependente é o modo verbal empregado em contexto de orações completivas. Inclui duas variantes: formas do Subjuntivo e formas do Indicativo. Com base no resultado obtido foi possível identificar três padrões de uso do Subjuntivo: „uso categórico‟, „uso semi-categórico‟ e „uso variável‟. Os resultados mostraram que o tempo presente é o mais frequente entre os regentes verbais, bem como entre as variantes (na oração encaixada). Alguns morfemas modo-temporais do padrão semi-variável presentes nas variantes aparentaram ser abertos à variação, sendo o caso do pretérito perfeito e do futuro. Os contextos marcados para uso de Subjuntivo trouxeram resultados significativos: os casos de Indicativo ocorreram, principalmente, em situações em que o esperado era o uso do Subjuntivo. Dessa forma, nota-se que, mesmo sendo sutil, a entrada de Indicativo em contextos de Subjuntivo é ativa. Por outro lado, alguns fatores estruturais tendem a manter o Subjuntivo. A ocorrência de Subjuntivo em orações completivas é mais frequente quando, na oração encaixada, temos o morfema de imperfeito anexado ao verbo. Outro fator que se mostrou conservador ao uso de Subjuntivo foi a presença de uma sentença negativa na oração principal, em consonância com a tradição gramatical. |
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A alternância entre os modos subjuntivo e indicativo no português brasileiro: um estudo em cartas pessoais do século XXThe alternation between subjunctive and indicative modes in Brazilian Portuguese: a study in personal letters of the XX centuryVariação linguísticaPortuguês brasileiroSubjuntivoOrações completivasCartas pessoaisLinguistic variationBrazilian PortugueseSubjunctiveComplete sentencesPersonal lettersO objetivo deste trabalho é investigar a alternância entre os modos Subjuntivo e Indicativo no português brasileiro por meio de cartas pessoais datadas de meados do século XX. Pretende-se confrontar as prescrições gramaticais com os usos observados nas cartas. A teoria que serve de base para este estudo é a Teoria da Variação e Mudança Linguística, modelo teórico que se filia à Sociolinguística. Defende-se a ideia de que a troca entre os modos Subjuntivo/Indicativo não modifica o valor semântico da oração, constituindo de fato um fenômeno variável. A metodologia empregada inclui duas etapas: (i) o levantamento prévio de informações em gramáticas, manuais e outros materiais de cunho normativo similares, representativos do período de tempo compreendido pela análise, e o levantamento de resultados obtidos em estudos variacionistas sobre o fenômeno; (ii) a análise empírica do fenômeno a partir dados oriundos de cartas pessoais datadas do século XX. A variável dependente é o modo verbal empregado em contexto de orações completivas. Inclui duas variantes: formas do Subjuntivo e formas do Indicativo. Com base no resultado obtido foi possível identificar três padrões de uso do Subjuntivo: „uso categórico‟, „uso semi-categórico‟ e „uso variável‟. Os resultados mostraram que o tempo presente é o mais frequente entre os regentes verbais, bem como entre as variantes (na oração encaixada). 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Outro fator que se mostrou conservador ao uso de Subjuntivo foi a presença de uma sentença negativa na oração principal, em consonância com a tradição gramatical.The objective of this work is to investigate the alternation between Subjunctive and Indicative modes in Brazilian Portuguese through personal letters dating from the middle of the 20th century. It is intended to confront the grammatical prescriptions with the uses observed in the letters. The theory that serves as the basis for this study is the Theory of Variation and Linguistic Change, a theoretical model that links to Sociolinguistics. It is defended the idea that the exchange between the Subjunctive / Indicative modes does not modify the semantic value of the sentence, constituting in fact a variable phenomenon. The methodology used includes two steps: (i) the previous survey of information in grammars, manuals and other similar normative materials, representative of the time period comprised by the analysis, and the results obtained in variational studies on the phenomenon; (ii) the empirical analysis of the phenomenon from data from personal letters dating from the twentieth century. The dependent variable is the verbal mode employed in the context of completive sentences. It includes two variants: Subjunctive forms and Indicative forms. Based on the result obtained it was possible to identify three patterns of use of the Subjunctive: „categorical use‟, „semi-categorical use‟ and „variable use‟. The results showed that the „present‟ tense is the most frequent among the verbal regents, as well as between the variants (in the embedded sentence). Some mode-temporal morphemes of the „semi-variable pattern‟ present in the variants appeared to be open to variation, being the case of the „perfect‟ and „future‟ tense. The contexts marked for use of Subjunctive brought significant results: the cases of Indicative occurred mainly, in situations in which the expected one was the use of the Subjunctive. In this way, it is noticed that, although subtle, the entry of Indicative in Subjunctive contexts is active. On the other hand, some structural factors tend to maintain the Subjunctive. The occurrence of Subjunctive in completive sentences is more frequent when, in the embedded sentence, we have the imperfect morpheme attached to the verb. Another factor that was conservative to the use of Subjunctive was the presence of a „negative sentence‟ in the main sentence, according to the grammatical tradition.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq: 132875/2015-2Universidade Estadual Paulista (Unesp)Berlinck, Rosane de Andrade [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Baiocato, Isabela [UNESP]2017-07-19T17:57:07Z2017-07-19T17:57:07Z2017-05-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15115300088926133004030009P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-13T14:06:07Zoai:repositorio.unesp.br:11449/151153Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:25:17.053184Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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