Análise morfossemântica dos verbos parassintéticos do Português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/213736 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo realizar a análise morfossemântica dos verbos parassintéticos do português de duas sincronias distintas - Português Contemporâneo e Português Arcaico -, indicar os principais afixos - prefixos e sufixos - que se unem às bases nominais para a formação desses verbos e mostrar de que maneira esses constituintes contribuem para o valor semântico do verbo formado. Além disso, outro objetivo deste trabalho é utilizar a teoria da Morfologia X-Barra para a representação da estrutura dos verbos parassintéticos e determinar a função dos seus constituintes. Para a análise do Português Contemporâneo, utilizamos dois corpora formados por verbos parassintéticos do Português Brasileiro e do Português de Portugal coletados nas edições do Jornal Folha de São Paulo (Br) e Público (Pt) publicados durante a década de 1990 e disponíveis na página da Linguateca. Para a análise do Português Arcaico, utilizamos um corpus formado por verbos parassintéticos coletados no Dicionário de Verbos do Português Medieval e disponível no site do Corpus Informatizado do Português Medieval. Os principais prefixos envolvidos na formação dos verbos parassintéticos são a-, de-, des-, e/N/-, es- e ex-, enquanto os sufixos mais comuns são -ec(er), -e(ar), -ej(ar) e -iz(ar). Verificamos, ainda, que, além dos verbos parassintéticos, é comum encontrar verbos sufixados ou conversos, formados com a mesma base, que podem ter valores semânticos idênticos ou muito semelhantes, por isso, em alguns casos, os afixos podem ser excluídos sem que haja prejuízos ao sentido dos verbos. A utilização da Morfologia X-Barra se mostrou muito eficiente para a representação dos verbos parassintéticos e o modelo adotado é adequado para a representação de quaisquer verbos formados por parassíntese, sufixação ou conversão. Também foi possível verificar que o núcleo dos verbos parassintéticos é o sufixo, com ou sem representação fonológica. Por fim, constatamos que não foram encontradas diferenças nas estruturas dos verbos parassintéticos do Português Contemporâneo e do Português Arcaico. |
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Análise morfossemântica dos verbos parassintéticos do PortuguêsPortuguese parasynthetic verbs morphosemantic analysisVerbos parassintéticosAnálise morfossemânticaPortuguês contemporâneoPortuguês arcaicoMorfologia X-BarraEste trabalho tem como objetivo realizar a análise morfossemântica dos verbos parassintéticos do português de duas sincronias distintas - Português Contemporâneo e Português Arcaico -, indicar os principais afixos - prefixos e sufixos - que se unem às bases nominais para a formação desses verbos e mostrar de que maneira esses constituintes contribuem para o valor semântico do verbo formado. Além disso, outro objetivo deste trabalho é utilizar a teoria da Morfologia X-Barra para a representação da estrutura dos verbos parassintéticos e determinar a função dos seus constituintes. Para a análise do Português Contemporâneo, utilizamos dois corpora formados por verbos parassintéticos do Português Brasileiro e do Português de Portugal coletados nas edições do Jornal Folha de São Paulo (Br) e Público (Pt) publicados durante a década de 1990 e disponíveis na página da Linguateca. Para a análise do Português Arcaico, utilizamos um corpus formado por verbos parassintéticos coletados no Dicionário de Verbos do Português Medieval e disponível no site do Corpus Informatizado do Português Medieval. Os principais prefixos envolvidos na formação dos verbos parassintéticos são a-, de-, des-, e/N/-, es- e ex-, enquanto os sufixos mais comuns são -ec(er), -e(ar), -ej(ar) e -iz(ar). Verificamos, ainda, que, além dos verbos parassintéticos, é comum encontrar verbos sufixados ou conversos, formados com a mesma base, que podem ter valores semânticos idênticos ou muito semelhantes, por isso, em alguns casos, os afixos podem ser excluídos sem que haja prejuízos ao sentido dos verbos. A utilização da Morfologia X-Barra se mostrou muito eficiente para a representação dos verbos parassintéticos e o modelo adotado é adequado para a representação de quaisquer verbos formados por parassíntese, sufixação ou conversão. Também foi possível verificar que o núcleo dos verbos parassintéticos é o sufixo, com ou sem representação fonológica. Por fim, constatamos que não foram encontradas diferenças nas estruturas dos verbos parassintéticos do Português Contemporâneo e do Português Arcaico.This work has as goal realizing the morphosemantic analysis of the Portuguese parasynthetic verbs in two distinct synchrony - Contemporary Portuguese and Ancient Portuguese - indicating the main affixes - prefixes and suffixes - which attach to the nominal basis in order to form those verbs and showing in which manner the constituents contribute for the semantic value of the verb. Furthermore, another goal is to use the X-Bar Morphology theory to represent the parasynthetic verbs structure and also to determine their constituents role. To analyse the Contemporary Portuguese, we use two corpora formed by parasynthetic verbs from Brazilian Portugese and European Portuguese, those wich was colected in the newspapers Folha de São Paulo (Br) and Público (Pt) which were published during the 1990 decade and are available in Linguateca homepage. In order to analyse the Ancient Portuguese, we utilized a corpus formed by parasynthetic verbs which was colected in the Dicionário de Verbos do Português Medieval available in the Corpus Informatizado do Português Medieval homepage. The main prefixes involved in the parasynthetic verbs formation are a-, de-, des-, e/N/-, es- e ex-, whereas the most usual suffixes are -ec(er), -e(ar), -ej(ar) and -iz(ar). We also verified that, in addition to parasynthetic verbs, it is common to find suffixed or converted verbs, formed with the same basis, which may have identical or very similar semantic values, so, in some cases, affixes can be excluded without damage to the meaning of verbs. The use of X-Bar Morphology proved to be very efficient for the representation of parasynthetic verbs and the adopted model is suitable for the representation of any verbs formed by parasynthesis, suffixation or conversion. It was also possible to verify that the head of parasynthetic verbs is the suffix, with or without phonological content. Finally, we verified that there are no differences in the structures of the parasynthetic verbs from Contemporary Portuguese and Ancient Portuguese.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CNPq: 141659/2017-3CAPES: 88887.363099/2019-00Universidade Estadual Paulista (Unesp)Costa, Daniel Soares da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Gislene da [UNESP]2021-07-29T12:30:36Z2021-07-29T12:30:36Z2021-05-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21373633004030009P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-13T14:22:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/213736Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-06T00:00:32.656148Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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