Desenvolvimento inicial do Eucalipto em convivência com Capim-amargoso resistente ao Glifosato

• Autor(a) principal: Guidugli, Tauane Botelho
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217513
• topic: Eucalipto; Plantas competição; Herbicidas

O eucalipto é a cultura mais importante para o setor florestal do Brasil e cada vez mais o seu potencial de produtividade aumenta, resultado dos programas de melhoramento genético e de manejo da cultura. Porém, essa cultura também está sujeita a interferências de plantas daninhas cujo prejuízo afeta principalmente seu potencial produtivo. Contudo, o uso repetitivo de herbicidas com mesmo mecanismo de ação tem ocasionado à seleção de plantas daninhas resistentes, e Digitaria insularis destaca-se pela resistência ao glifosato. Tendo em vista sua ocorrência em eucaliptais, cultura na qual se usa o glifosato, torna-se necessário estudar sua interferência. Desta forma, foram conduzidos dois trabalhos com objetivo de avaliar o efeito de densidades (0, 1, 2 e 3 plantas m-²) e o efeito de distâncias (10, 20 e 30 cm) de um biótipo de capim-amargoso resistente ao glifosato em competição com mudas do clone de Eucalyptus urophylla(I-144). O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados com cinco repetições, seguindo um esquema fatorial 3x3+T para cada experimento, totalizando 50 parcelas. O primeiro experimento foi realizado com a semeadura de capim-amargoso e no segundo utilizou-se a rebrota das plantas anteriormente cultivadas. Nos dois experimentos foram avaliados altura e diâmetro do caule a cada 15 dias, área foliar e matéria seca das folhas, caule e total do eucalipto; para o capim-amargoso as variáveis avaliadas foram as matérias secas da inflorescência e da parte vegetativa. Os dados obtidos nos dois experimentos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Verificou-se que a convivência com as plantas de capim-amargoso, independentemente da densidade e da distância, interferiu negativamente no crescimento das mudas do eucalipto. Considerando os efeitos das densidades e das distâncias, 1 e 2 plantas m² de capim-amargoso oriundo de semente a 10 cm e 2 e 3 plantas m² oriundas de rebrota a 10 cm foram mais competitivas que as demais densidades e distâncias. As características do eucalipto mais sensíveis à interferência foram a matéria seca das folhas e a matéria seca do caule, com reduções de 45% e 88,4%, respectivamente para a planta daninha semeada e para a rebrota do capim-amargoso. A condição de rebrota do capim-amargoso interferiu de forma mais agressiva no crescimento das plantas de eucalipto.