Topofilia e topofobia na Londres de Neil Gaiman

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Gabriele Cristina Borges de [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/141522
Resumo: Na dissertação de mestrado “Topofilia e topofobia na Londres de Neil Gaiman”, pretendemos analisar a construção do espaço no romance Lugar Nenhum e a relação que o protagonista estabelece com ele. Na narrativa, Richard Mayhew, um escocês residente em Londres, torna-se invisível não apenas para as pessoas, mas também para os objetos que fazem parte da rotina da cidade, após ajudar uma estranha moradora de rua, que estava ferida. A única pessoa a notar sua presença é um mendigo que lhe apresenta uma alternativa para seu estado desesperador: passar a viver nos túneis e esgotos que formam uma cidade escondida sob Londres. Nesta cidade subterrânea, que seus moradores chamam de Londres de Baixo – em oposição à Londres de Cima, a Londres por nós conhecida – ele consegue reencontrar a moça que resgatara e que fora o estopim para esse novo modo de vida. Richard embarca em uma jornada em busca do responsável pelo assassinato de toda a família da moça, que se chama Door, juntamente com o marquês de Carabas e Hunter, seus protetores. Na Londres de Baixo, embora muitos locais preservem os mesmos nomes a que Richard estava habituado na Londres de Cima, ele descobre que nem tudo é o que parece e que o tempo e o espaço se configuram de forma muito diferente do que ele tinha como certo. Richard tem que se familiarizar com a nova cidade e com os hábitos de seus moradores. E ao estudo dessa espécie de conexão ou “relação de afeto” que se cria entre protagonista e espaço chamamos de topofilia. Além disso, para que se crie a conexão pautada no afeto e a sensação de segurança e pertencimento ao espaço, é preciso que Richard enfrente os medos que nele se escondem: a esta relação com os medos do espaço chamamos topofobia. Pretendemos discutir como topofobia e topofilia se interconectam no romance para criar a familiarização do protagonista – e, consequentemente, do leitor – com o espaço ficcional e como essa familiarização é essencial para a transformação de Richard de um simples trabalhador da Londres de Cima em um herói consagrado da Londres de Baixo.
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Nesta cidade subterrânea, que seus moradores chamam de Londres de Baixo – em oposição à Londres de Cima, a Londres por nós conhecida – ele consegue reencontrar a moça que resgatara e que fora o estopim para esse novo modo de vida. Richard embarca em uma jornada em busca do responsável pelo assassinato de toda a família da moça, que se chama Door, juntamente com o marquês de Carabas e Hunter, seus protetores. Na Londres de Baixo, embora muitos locais preservem os mesmos nomes a que Richard estava habituado na Londres de Cima, ele descobre que nem tudo é o que parece e que o tempo e o espaço se configuram de forma muito diferente do que ele tinha como certo. Richard tem que se familiarizar com a nova cidade e com os hábitos de seus moradores. E ao estudo dessa espécie de conexão ou “relação de afeto” que se cria entre protagonista e espaço chamamos de topofilia. Além disso, para que se crie a conexão pautada no afeto e a sensação de segurança e pertencimento ao espaço, é preciso que Richard enfrente os medos que nele se escondem: a esta relação com os medos do espaço chamamos topofobia. Pretendemos discutir como topofobia e topofilia se interconectam no romance para criar a familiarização do protagonista – e, consequentemente, do leitor – com o espaço ficcional e como essa familiarização é essencial para a transformação de Richard de um simples trabalhador da Londres de Cima em um herói consagrado da Londres de Baixo.In this Master’s thesis “Topophilia and topophobia in Neil Gaiman’s London”, we intend to analyse the creation of space in the novel Neverwhere and the relation established between its main character and space. In this novel, Richard Mayhew is a Scottish man living in London, who suddenly becomes invisible not only to the people, but also to the objects that are part of the city’s routine, after helping a strange homeless girl whom he found wounded on the sidewalk. The only person who sees Richard is a homeless man, who gives him an alternative solution to his despairing state: to live in a city hidden in the tunnels and sewers under London. In that city, called by its inhabitants London Below – in opposition to London Above, the London we know as “real” – he manages to meet once again the girl he rescued, whose name is Door. Accompanied by her and her protectors, the marquis de Carabas and Hunter, Richard starts a journey to find the responsible for the murder of the girl’s entire family. In London Below, though many places carry the same names to which Richard was used in London Above, he finds out that not all is what it seems and that time and space occur in very different ways. Richard has to familiarize himself with the new city and its inhabitants’ habits:we call the study of this relation of affection between character and space topophilia. Also, to create the affection and the sense of security and belonging to space, it is necessary that Richard face the fears hidden there: we call this relation with those fears in space topophobia. We intend to demonstrate, through the analysis of passages of the novel, how topophobia and topophilia relate to create the familiarization of the main character – and, consequently, the reader’s – with the fictional space, and how this familiarization is essential to turn Richard from an ordinary London worker into a London Below hero.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Volobuef, Karin [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Morais, Gabriele Cristina Borges de [UNESP]2016-07-18T14:36:25Z2016-07-18T14:36:25Z2016-05-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14152200087128933004030016P044198930597313370000-0002-9905-1072porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-12T14:27:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/141522Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:06:51.699714Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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