Efeito da luz visível associada à ftalocianina de cloro-alumínio na inativação da Leishmania infantum chagasi em sangue de cão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Beck, Cristiane [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/140153
Resumo: A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa, de caráter zoonótico, emergente e de notificação obrigatória. No Brasil tem como agente o protozoário Leishmania infantum chagasi, e o principal reservatório é o cão (Canis familiaris). A transfusão sanguínea é muito utilizada na rotina da clínica, entretanto está associada a transmissão de doenças infecciosas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do tratamento com a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio na inativação da Leishmania infantum chagasi em sangue canino, quando inoculados em hamsters (Mesocricetus auratus). Foram preparados 3 grupos experimentais compostos por 6 hamsters cada. O grupo controle recebeu sangue negativo para Leishmania, o grupo doença foi inoculado com sangue parasitado com Leishmania infantum chagasi e o grupo tratamento recebeu sangue parasitado tratado com luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio. Os animais foram monitorados por 180 dias e então submetidos a avaliação clínica. Em seguida os animais foram anestesiados para a coleta de sangue por meio de punção intracardíaca e procedendo-se assim a eutanásia. O sangue foi colocado em microtubos e o soro separado por centrifugação e acondicionado a -30ºC, até a realização do teste de aglutinação direta. Após procedeu-se a coleta do fígado e baço para a realização da histopatologia. Outra parte destes órgãos e a medula óssea foram acondicionados em tubos livres de DNAse e RNAse, congelados a -30ºC até a realização da PCR e qPCR. Impressões do fígado e baço foram feitas em lâminas para a microscopia para verificar a presença das formas amastigotas do parasita. Após 180 dias os animais não apresentaram sinais clínicos e os exames sorológicos e parasitológicos foram negativos. Quanto ao exame macroscópico, alguns animais apresentaram hepato e esplenomegalia, já na análise histopatológica nenhum tecido analisado demonstrou formas amastigotas do parasita. Na avaliação da PCR o baço e a medula óssea de todos os hamsters, dos grupos doença e tratado, apresentaram amplificação da Leishmania infantum chagasi. Na qPCR ocorreu uma significativa diminuição (P<0,01) na parasitemia quando comparado ao grupo tratado com a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio, com o grupo que recebeu sangue parasitado sem tratamento. Com esses resultados é possível concluir que a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio reduz a parasitemia da Leishmania infantum chagasi em sangue canino.
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O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do tratamento com a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio na inativação da Leishmania infantum chagasi em sangue canino, quando inoculados em hamsters (Mesocricetus auratus). Foram preparados 3 grupos experimentais compostos por 6 hamsters cada. O grupo controle recebeu sangue negativo para Leishmania, o grupo doença foi inoculado com sangue parasitado com Leishmania infantum chagasi e o grupo tratamento recebeu sangue parasitado tratado com luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio. Os animais foram monitorados por 180 dias e então submetidos a avaliação clínica. Em seguida os animais foram anestesiados para a coleta de sangue por meio de punção intracardíaca e procedendo-se assim a eutanásia. O sangue foi colocado em microtubos e o soro separado por centrifugação e acondicionado a -30ºC, até a realização do teste de aglutinação direta. Após procedeu-se a coleta do fígado e baço para a realização da histopatologia. Outra parte destes órgãos e a medula óssea foram acondicionados em tubos livres de DNAse e RNAse, congelados a -30ºC até a realização da PCR e qPCR. Impressões do fígado e baço foram feitas em lâminas para a microscopia para verificar a presença das formas amastigotas do parasita. Após 180 dias os animais não apresentaram sinais clínicos e os exames sorológicos e parasitológicos foram negativos. Quanto ao exame macroscópico, alguns animais apresentaram hepato e esplenomegalia, já na análise histopatológica nenhum tecido analisado demonstrou formas amastigotas do parasita. Na avaliação da PCR o baço e a medula óssea de todos os hamsters, dos grupos doença e tratado, apresentaram amplificação da Leishmania infantum chagasi. Na qPCR ocorreu uma significativa diminuição (P<0,01) na parasitemia quando comparado ao grupo tratado com a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio, com o grupo que recebeu sangue parasitado sem tratamento. Com esses resultados é possível concluir que a luz visível associada a ftalocianina de cloro-alumínio reduz a parasitemia da Leishmania infantum chagasi em sangue canino.Visceral Leishmaniasis is an emerging zoonotic infectious disease that requires mandatory reporting. In Brazil, it is caused by the protozoan Leishmania infantum chagasi, with dogs as main reservoir (Canis familiaris). Blood transfusion is frequently used in clinical routine, however it is associated with the transmission of infectious diseases. The aim of this study was to evaluate the effects of treatment with visible light associated with chloro-aluminium phthalocyanine on the inactivation of Leishmania infantum chagasi in canine blood, when inoculated in hamsters (Mesocricetus auratus). Three experimental groups consisted of six hamsters each. The control group received blood negative for L. infantum chagasi, the diseased group was inoculated with blood infected with L. infantum chagasi, and the treatment group received infected blood previously subjected to therapy with visible light associated with chloroaluminium phthalocyanine. The animals were observed for 180 days and then subjected to clinical evaluation. Then the animals were anesthetized for blood collection through intracardiac puncture and were euthanized. The blood was placed into microtubes and the serum was separated by centrifugation and stored at -30 ° C until the direct agglutination test was performed. After, liver and spleen collection was performed to histopathological examination. Another part of these organs and bone marrow were placed in tubes DNase and RNase free, and frozen at -30°C until the PCR and qPCR were performed. Imprints of liver and spleen were performed on slides for microscopy to verify the presence of amastigotes of the parasites. After 180 days the animals showed no clinical signs and serologic and parasitological tests were negative. During pathological examination, some animals showed hepatomegaly and splenomegaly; under microscopic analysis, any tissue showed amastigote forms of the parasite. In the PCR evaluation of spleen and bone marrow, all hamsters from diseased and treated groups showed amplification of Leishmania infantum chagasi. Results from q-PCR revealed a significant decrease (P <0.01) in the number of parasites in the group inoculated with blood subjected to chloro-aluminium photodynamic therapy, compared to the group inoculated with parasitized blood that had not been subjected to photodynamic therapy. With these results it is possible to conclude that visible light associated with chlorine-aluminum phthalocyanine reduces parasitaemia of Leishmania infantum chagasi in canine blood.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/03353-4Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lopes, Raimundo Souza [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Beck, Cristiane [UNESP]2016-06-30T19:32:07Z2016-06-30T19:32:07Z2016-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14015300087023533004064022P32899895473321703porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-09T17:49:25Zoai:repositorio.unesp.br:11449/140153Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T17:49:25Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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