Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Ana Luiza
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Scheffel, Rafael S., Meyer, Erika Laurini Souza, Mazeto, Glaucia Maria Ferreira da Silva [UNESP], Carvalho, Gisah Amaral de, Graf, Hans, Vaisman, Mario, Maciel, Lea M. Z., Ramos, Helton E., Tincani, Alfio José, Andrada, Nathalia Carvalho de, Ward, Laura S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302013000300006
http://hdl.handle.net/11449/30396
Resumo: INTRODUÇÃO: O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. A tireotoxicose refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário ao hipertireoidismo ou não. Este artigo descreve diretrizes baseadas em evidências clínicas para o manejo da tireotoxicose. OBJETIVO: O presente consenso, elaborado por especialistas brasileiros e patrocinado pelo Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, visa abordar o manejo, diagnóstico e tratamento dos pacientes com tireotoxicose, de acordo com as evidências mais recentes da literatura e adequadas para a realidade clínica do país. MATERIAIS E MÉTODOS: Após estruturação das questões clínicas, foi realizada busca das evidências disponíveis na literatura, inicialmente na base de dados do MedLine-PubMed e posteriormente nas bases Embase e SciELO - Lilacs. A força das evidências, avaliada pelo sistema de classificação de Oxford, foi estabelecida a partir do desenho de estudo utilizado, considerando-se a melhor evidência disponível para cada questão. RESULTADOS: Foram definidas 13 questões sobre a abordagem clínica inicial visando ao diagnóstico e ao tratamento que resultaram em 53 recomendações, incluindo investigação etiológica, tratamento com drogas antitireoidianas, iodo radioativo e cirurgia. Foram abordados ainda o hipertireoidismo em crianças, adolescentes ou pacientes grávidas e o manejo do hipertireoidismo em pacientes com oftalmopatia de Graves e com outras causas diversas de tireotoxicose. CONCLUSÕES: O diagnóstico clínico do hipertireoidismo, geralmente, não oferece dificuldade e a confirmação diagnóstica deverá ser feita com as dosagens das concentrações séricas de TSH e hormônios tireoidianos. O tratamento pode ser realizado com drogas antitireoidianas, administração de radioiodoterapia ou cirurgia de acordo com a etiologia da tireotoxicose, as características clínicas, disponibilidade local de métodos e preferências do médico-assistente e paciente.
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spelling Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e MetabologiaThe Brazilian consensus for the diagnosis and treatment of hyperthyroidism: recommendations by the Thyroid Department of the Brazilian Society of Endocrinology and MetabolismTireotoxicosedoença de Gravesbócio nodular tóxicodrogas antitireoidianasThyrotoxicosisGraves' diseasetoxic nodular goiterantithyroid drugsINTRODUÇÃO: O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. A tireotoxicose refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário ao hipertireoidismo ou não. Este artigo descreve diretrizes baseadas em evidências clínicas para o manejo da tireotoxicose. OBJETIVO: O presente consenso, elaborado por especialistas brasileiros e patrocinado pelo Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, visa abordar o manejo, diagnóstico e tratamento dos pacientes com tireotoxicose, de acordo com as evidências mais recentes da literatura e adequadas para a realidade clínica do país. MATERIAIS E MÉTODOS: Após estruturação das questões clínicas, foi realizada busca das evidências disponíveis na literatura, inicialmente na base de dados do MedLine-PubMed e posteriormente nas bases Embase e SciELO - Lilacs. A força das evidências, avaliada pelo sistema de classificação de Oxford, foi estabelecida a partir do desenho de estudo utilizado, considerando-se a melhor evidência disponível para cada questão. RESULTADOS: Foram definidas 13 questões sobre a abordagem clínica inicial visando ao diagnóstico e ao tratamento que resultaram em 53 recomendações, incluindo investigação etiológica, tratamento com drogas antitireoidianas, iodo radioativo e cirurgia. Foram abordados ainda o hipertireoidismo em crianças, adolescentes ou pacientes grávidas e o manejo do hipertireoidismo em pacientes com oftalmopatia de Graves e com outras causas diversas de tireotoxicose. CONCLUSÕES: O diagnóstico clínico do hipertireoidismo, geralmente, não oferece dificuldade e a confirmação diagnóstica deverá ser feita com as dosagens das concentrações séricas de TSH e hormônios tireoidianos. O tratamento pode ser realizado com drogas antitireoidianas, administração de radioiodoterapia ou cirurgia de acordo com a etiologia da tireotoxicose, as características clínicas, disponibilidade local de métodos e preferências do médico-assistente e paciente.INTRODUCTION: Hyperthyroidism is characterized by increased synthesis and release of thyroid hormones by the thyroid gland. Thyrotoxicosis refers to the clinical syndrome resulting from excessive circulating thyroid hormones, secondary to hyperthyroidism or due to other causes. This article describes evidence-based guidelines for the clinical management of thyrotoxicosis. OBJECTIVE: This consensus, developed by Brazilian experts and sponsored by the Department of Thyroid Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism, aims to address the management, diagnosis and treatment of patients with thyrotoxicosis, according to the most recent evidence from the literature and appropriate for the clinical reality of Brazil. MATERIALS and METHODS: After structuring clinical questions, search for evidence was made available in the literature, initially in the database MedLine, PubMed and Embase databases and subsequently in SciELO - Lilacs. The strength of evidence was evaluated by Oxford classification system was established from the study design used, considering the best available evidence for each question. RESULTS: We have defined 13 questions about the initial clinical approach for the diagnosis and treatment that resulted in 53 recommendations, including the etiology, treatment with antithyroid drugs, radioactive iodine and surgery. We also addressed hyperthyroidism in children, teenagers or pregnant patients, and management of hyperthyroidism in patients with Graves' ophthalmopathy and various other causes of thyrotoxicosis. CONCLUSIONS: The clinical diagnosis of hyperthyroidism usually offers no difficulty and should be made with measurements of serum TSH and thyroid hormones. The treatment can be performed with antithyroid drugs, surgery or administration of radioactive iodine according to the etiology of thyrotoxicosis, local availability of methods and preferences of the attending physician and patient.Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Hospital de Clínicas de Porto Alegre Serviço de EndocrinologiaUniversidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Departamento de Medicina InternaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Clínica MédicaUniversidade Federal de Uberlândia (UFU) Hospital de Clínicas Serviço de Endocrinologia e MetabologiaUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Serviço de EndocrinologiaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Departamento de Clínica MédicaUniversidade Federal da Bahia (UFBA) Instituto de Ciências da Saúde Departamento de BiorregulaçãoUniversidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências MédicasAssociação Médica Brasileira Conselho Federal de MedicinaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Clínica MédicaSociedade Brasileira de Endocrinologia e MetabologiaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Federal de Uberlândia (UFU)Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Universidade de São Paulo (USP)Universidade Federal da Bahia (UFBA)Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)Associação Médica Brasileira Conselho Federal de MedicinaMaia, Ana LuizaScheffel, Rafael S.Meyer, Erika Laurini SouzaMazeto, Glaucia Maria Ferreira da Silva [UNESP]Carvalho, Gisah Amaral deGraf, HansVaisman, MarioMaciel, Lea M. Z.Ramos, Helton E.Tincani, Alfio JoséAndrada, Nathalia Carvalho deWard, Laura S.2014-05-20T15:17:17Z2014-05-20T15:17:17Z2013-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article205-232application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302013000300006Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 57, n. 3, p. 205-232, 2013.0004-2730http://hdl.handle.net/11449/3039610.1590/S0004-27302013000300006S0004-27302013000300006WOS:000319993400006S0004-27302013000300006.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia297861.515info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-14T17:23:20Zoai:repositorio.unesp.br:11449/30396Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-14T17:23:20Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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