Estudo da monotongação de ditongos orais decrescentes na fala Uberabense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Bruna Faria Campos de [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/153183
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo identificar quais os contextos linguísticos e extralinguísticos que propiciam a ocorrência da monotongação dos ditongos orais decrescentes na fala de moradores da cidade de Uberaba- MG. Entende-se por “monotongação” o processo de redução do ditongo, que perde sua semivogal e passa a uma vogal simples, como ocorre em “c[ay]xa” > “c[a]xa” (HORA; RIBEIRO, 2006). Sendo assim, sabendo que a língua portuguesa sofreu e sofre variações e mudanças à medida que é utilizada por seus falantes, faz-se necessário que se realizem pesquisas na área de Variação Linguística objetivando uma abordagem científica do tema. Para isso, organizamos um corpus de língua falada, representativo da comunidade urbana de Uberaba – MG, por meio de entrevistas, que foram embasadas no modelo laboviano. Foram entrevistados 24 informantes de escolarização e sexo diferentes. Após essa etapa, as entrevistas foram transcritas ortograficamente e, posteriormente, foram selecionadas as ocorrências de palavras com ditongo decrescente e com a monotongação do ditongo decrescente, estas, por sua vez, foram transcritas foneticamente também. As ocorrências foram quantitativamente analisadas, com a ajuda do programa estatístico GOLDVARB X, segundo fatores linguísticos e extralinguísticos, levando em consideração a variável dependente: monotongação ou não dos ditongos decrescentes. Os resultados obtidos mostraram que, na fala do uberabense, há a preferência pela forma monotongada dos ditongos /aj/, /ej/ e /ow/ e que tal preferência é condicionada, principalmente, por fatores linguísticos, tais como o contexto fonológico seguinte, a extensão da palavra e a tonicidade. Em relação aos fatores considerados extralinguísticos, como sexo, idade e escolaridade, no que diz respeito ao fenômeno da monotongação no português mineiro de Uberaba, eles pouco influem, ou até mesmo nada influem sobre sua realização.
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