Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84041999000300010 http://hdl.handle.net/11449/27989 |
Resumo: | Objetivando caracterizar os eixos embrionários de sementes de espécies de Fabaceae e fornecer subsídios para trabalhos de sistemática e filogenia desta família, foram estudados aspectos morfológicos e anatômicos dos embriões, especialmente dos eixos embrionários, de 15 espécies arbóreas nativas, buscando correlações entre sua estrutura e a afinidade entre os diferentes gêneros e destes nas tribos. Observaram-se cotilédones foliáceos nas espécies de Caesalpinioideae, carnosos nas Faboideae e dos dois tipos nas Mimosoideae. Os eixos embrionários variaram de curtos a longos, sendo sempre retos nas espécies de Caesalpinioideae e Mimosoideae; nas Faboideae, encontraram-se eixos embrionários curvos ou inclinados. A plúmula variou de indiferenciada a diferenciada, o primeiro tipo ocorrendo em espécies sem epicótilo e o último disposto sobre epicótilo alongado. Anatomicamente, a protoderme se mostrou indiferenciada na maioria das espécies, podendo ocorrer tricomas em diferenciação (Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum e Anadenanthera macrocarpa), papilas (Platypodium elegans) e tricomas tectores e glandulares diferenciados (Inga urugüensis). O procâmbio se manteve indiferenciado. O meristema fundamental mostrou acúmulo de amido em todas as espécies, ocorrendo drusas em Peltophorum dubium e cristais poliédricos isolados em Inga urugüensis e em Lonchocarpus muehlbergianus. Esta última espécie apresentou, ainda, estruturas secretoras na região do nó cotiledonar. |
id |
UNSP_9e696e27e5b58852bebac6f1461b84db |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/27989 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativasMorphology and anatomy of the embryo of native leguminous treesFabaceaeLeguminosaeplumuleembryonic axisObjetivando caracterizar os eixos embrionários de sementes de espécies de Fabaceae e fornecer subsídios para trabalhos de sistemática e filogenia desta família, foram estudados aspectos morfológicos e anatômicos dos embriões, especialmente dos eixos embrionários, de 15 espécies arbóreas nativas, buscando correlações entre sua estrutura e a afinidade entre os diferentes gêneros e destes nas tribos. Observaram-se cotilédones foliáceos nas espécies de Caesalpinioideae, carnosos nas Faboideae e dos dois tipos nas Mimosoideae. Os eixos embrionários variaram de curtos a longos, sendo sempre retos nas espécies de Caesalpinioideae e Mimosoideae; nas Faboideae, encontraram-se eixos embrionários curvos ou inclinados. A plúmula variou de indiferenciada a diferenciada, o primeiro tipo ocorrendo em espécies sem epicótilo e o último disposto sobre epicótilo alongado. Anatomicamente, a protoderme se mostrou indiferenciada na maioria das espécies, podendo ocorrer tricomas em diferenciação (Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum e Anadenanthera macrocarpa), papilas (Platypodium elegans) e tricomas tectores e glandulares diferenciados (Inga urugüensis). O procâmbio se manteve indiferenciado. O meristema fundamental mostrou acúmulo de amido em todas as espécies, ocorrendo drusas em Peltophorum dubium e cristais poliédricos isolados em Inga urugüensis e em Lonchocarpus muehlbergianus. Esta última espécie apresentou, ainda, estruturas secretoras na região do nó cotiledonar.In order to characterize the embryonic axes of seeds of Fabaceae and to provide information about the systematics and phylogeny of this family, morphological and anatomical aspects of embryos were studied, especially embryonic axes of 15 native tree species in an attempt to correlate axis structures and affinity among genera, as well as genera in tribes. Foliaceous cotyledons in Caesalpinioideae, fleshy cotyledons in Faboideae, and foliaceous and fleshy cotyledons in Mimosoideae were observed. The embryonic axes ranged from short to long, being straight in Caesalpinioideae and Mimosoideae, and curved or deflexed in Faboideae. The plumules ranged from undifferentiated to differentiated. The undifferentiated plumules were found in species with no epicotyl, while differentiated plumules were arranged on the elongated epicotyl. The anatomy of the protoderm was undifferentiated in most species. Trichomes in differentiation were seen in Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum and Anadenanthera macrocarpa, papillae in Platypodium elegans, and differentiated glandular and non-glandular trichomes in Inga urugüensis. The procambium was undifferentiated. The ground meristem showed starch accumulations in all the species. Druses were seen in Peltophorum dubium, and isolated polyhedral crystals in Inga urugüensis and in Lonchocarpus muehlbergianus. This latter species also showed secretory structures in the cotyledon node region.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual PaulistaSociedade Botânica de São PauloUniversidade Estadual Paulista (Unesp)OLIVEIRA, DENISE MARIA TROMBERT [UNESP]2014-05-20T15:11:20Z2014-05-20T15:11:20Z1999-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article413-427application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-84041999000300010Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 22, n. 3, p. 413-427, 1999.0100-8404http://hdl.handle.net/11449/2798910.1590/S0100-84041999000300010S0100-84041999000300010S0100-84041999000300010.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporBrazilian Journal of Botany0,269info:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-30T06:08:39Zoai:repositorio.unesp.br:11449/27989Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:26:56.161309Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas Morphology and anatomy of the embryo of native leguminous trees |
title |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
spellingShingle |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas OLIVEIRA, DENISE MARIA TROMBERT [UNESP] Fabaceae Leguminosae plumule embryonic axis |
title_short |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
title_full |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
title_fullStr |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
title_full_unstemmed |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
title_sort |
Morfo-anatomia do embrião de leguminosas arbóreas nativas |
author |
OLIVEIRA, DENISE MARIA TROMBERT [UNESP] |
author_facet |
OLIVEIRA, DENISE MARIA TROMBERT [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
OLIVEIRA, DENISE MARIA TROMBERT [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fabaceae Leguminosae plumule embryonic axis |
topic |
Fabaceae Leguminosae plumule embryonic axis |
description |
Objetivando caracterizar os eixos embrionários de sementes de espécies de Fabaceae e fornecer subsídios para trabalhos de sistemática e filogenia desta família, foram estudados aspectos morfológicos e anatômicos dos embriões, especialmente dos eixos embrionários, de 15 espécies arbóreas nativas, buscando correlações entre sua estrutura e a afinidade entre os diferentes gêneros e destes nas tribos. Observaram-se cotilédones foliáceos nas espécies de Caesalpinioideae, carnosos nas Faboideae e dos dois tipos nas Mimosoideae. Os eixos embrionários variaram de curtos a longos, sendo sempre retos nas espécies de Caesalpinioideae e Mimosoideae; nas Faboideae, encontraram-se eixos embrionários curvos ou inclinados. A plúmula variou de indiferenciada a diferenciada, o primeiro tipo ocorrendo em espécies sem epicótilo e o último disposto sobre epicótilo alongado. Anatomicamente, a protoderme se mostrou indiferenciada na maioria das espécies, podendo ocorrer tricomas em diferenciação (Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum e Anadenanthera macrocarpa), papilas (Platypodium elegans) e tricomas tectores e glandulares diferenciados (Inga urugüensis). O procâmbio se manteve indiferenciado. O meristema fundamental mostrou acúmulo de amido em todas as espécies, ocorrendo drusas em Peltophorum dubium e cristais poliédricos isolados em Inga urugüensis e em Lonchocarpus muehlbergianus. Esta última espécie apresentou, ainda, estruturas secretoras na região do nó cotiledonar. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-12-01 2014-05-20T15:11:20Z 2014-05-20T15:11:20Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84041999000300010 Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 22, n. 3, p. 413-427, 1999. 0100-8404 http://hdl.handle.net/11449/27989 10.1590/S0100-84041999000300010 S0100-84041999000300010 S0100-84041999000300010.pdf |
url |
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84041999000300010 http://hdl.handle.net/11449/27989 |
identifier_str_mv |
Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 22, n. 3, p. 413-427, 1999. 0100-8404 10.1590/S0100-84041999000300010 S0100-84041999000300010 S0100-84041999000300010.pdf |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Botany 0,269 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
413-427 application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Botânica de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
SciELO reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808128653107658752 |