Caracterização hidrogeoquímica e isotópica do Sistema Aquífero Guarani em Araraquara (SP)

• Autor(a) principal: Aragoni, Gabriela Florio [UNESP]
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257587
• topic: Araraquara; Sistema Aquífero Guarani; Hidrogeoquímica; Isótopos; Guarani Aquifer System; Hydrogeochemistry; Isotope

A água subterrânea é de extrema importância para o abastecimento das cidades brasileiras, assim, estudos detalhados sobre sua composição química e isotópica são cada vez mais essenciais. O estudo hidrogeoquímico possibilita a caracterização dessas águas, o entendimento da relação rocha-fluido e a identificação de pontos de contaminação. O estudo isotópico é importante ferramenta para indicar a procedência das águas subterrâneas. No presente estudo foram coletadas amostras de água do Sistema Aquífero Guarani de 24 poços tubulares localizados no município de Araraquara (SP). Foram feitas análises químicas e isotópicas dessas amostras para confecção de diagramas de Piper e Stiff, mapas de isoconcentração de composição da água, diagramas de equilíbrio químico e gráfico da razão isotópica δ18O x δ2H. Concluiu-se que a porção centro-sudeste da área de estudo corresponde à área de recarga desse sistema aquífero em Araraquara, pois as águas aí coletadas apresentam menor concentração de íons dissolvidos e diagramas de Stiff bastante delgados. As concentrações de íons aumentam em direção ao norte da área de estudo, indicando menor influência de água pluvial. A insaturação em calcita é maior na porção centro-sudeste do munícipio e a saturação também aumenta em direção à porção norte, confirmando que a mistura de água subterrânea e pluvial ocorre no centro-sudeste e perde influência em direção aos poços localizados ao norte. A comparação da relação isotópica δ18O x δ2H com as retas meteóricas global e local sugere que a recarga do sistema aquífero é por água da chuva. A partir dos mapas de isoconcentração de nitrato, sulfato e cloreto foi possível concluir que alguns poços amostrados apresentam indícios de contaminação antrópica.