Taxonomia e diversidade de espécies de ergasilídeos parasitas de peixes de água doce dos tributários e lagoas do reservatório de Jurumirim, SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Narciso, Rodrigo Bravin [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192097
Resumo: Ergasilidae Burmeister, 1835 é uma das maiores e mais importantes famílias de copépodes parasitas. Atualmente, esta família conta com 29 gêneros válidos e mais de 260 espécies descritas. Esses pequenos copépodes são, em sua maioria, parasitas de peixes (ósseos e cartiloginosos), e podem ser encontrados parasitando as brânquias, narinas, superfície, nadadeiras, ou até mesmo, a bexiga natatória de seus hospedeiros. No Brasil, Ergasilidae representa a quarta maior família de copépodes de água doce e a maior família de copépodes parasitas, com cerca de 60 espécies e 18 gêneros. Apesar disso, diversos autores assumem que apenas uma pequena porção da “real” diversidade de ergasilídeos no Brasil é atualmente conhecida. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi a identificação e a descrição dos ergasílideos parasitas de brânquias e narinas de peixes do reservatório de Jurumirim e seus tributários (rios Paranapanema, Taquari e Ribeirão dos Veados), Alto rio Paranapanema, localizados no Estado de São Paulo, Brasil. Um total de 460 espécimes de peixes das seguintes espécies, Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) (n = 125), Cyphocharax modestus (Fernández-Yépez, 1948) (n = 177), Pimelodus maculatus Lacepède, 1803 (n = 91), Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1837) (n = 37) e Schizodon intermedius Garavello & Britski, 1990 (n = 30), foi analisado quanto a sua fauna de copépodes parasitas. Com base nas análises morfológicas foram identificadas 11 espécies pertencentes a 8 gêneros de Ergasilidae, sendo eles: Duoergasilus basilongus Narciso, Brandão, Perbiche-Neves & Silva, 2019, Ergasilidae gen. sp., Ergasilus sp.1, Ergasilus sp.2, Gamidactylus sp., Gamispatulus schizodontis Thatcher & Boeger, 1984, Miracetyma etimaruya Malta, 1993, Pseudovaigamus sp., Rhinergasilus digitus Narciso, Brandão, Perbiche-Neves & Silva, 2020, Rhinergasilus sp.1 e Rhinergasilus sp.2. Dentre as espécies identificadas, Gamidactylus sp., Pseudovaigamus sp., Rhinergasilus sp.1 e Rhinergasilus sp.2 são prováveis novas espécies para Ergasilidae. Ergasilidae gen. sp. foi identificado como pertencente ao subgrupo dos vaigamídeos por possuir cefalotórax armado de retroestiletes e rostrum com espinho rostral. Este subgrupo atualmente é constituído por cinco gêneros de Ergasilidae, sendo eles: Gamidactylus Thatcher & Boeger, 1984; Gamispatulus Thatcher & Boeger, 1984; Gamispinus Thatcher & Boeger, 1984; Pseudovaigamus Amado, Ho & Rocha, 1995; e Vaigamus Thatcher & Robertson, 1984. Apesar das similaridades, essa espécie apresentou diferenças em relação a todos os outros vaigamídeos, o que indica que Ergasilidae gen. sp. representa não somente uma provavél nova espécie, mas também um provável novo gênero para esta família. De mesmo modo, D. basilongus também se distinguiu de todos os demais membros da família por apresentar uma combinação única de caracteres, sendo essa: antena com 3-segmentos, quatro pares de pernas natatórias birremes, e endopoditos das pernas 2 e 3, cada um com 2-segmentos. Em razão dessas características, D. basilongus foi proposto e descrito, concomitantemente ao andamento do projeto, como uma nova espécie de um novo gênero de ergasilídeo. Por fim, este foi o primeiro estudo com enfoque na fauna de ergasilídeos parasitas de peixes no reservatório de Jurumirim, contribuindo para o conhecimento da fauna de copépodes parasitas de peixes na região Neotropical.
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