Avaliação da biocompatibilidade e capacidade de biomineralização de um agregado de trióxido mineral experimental em tecido subcutâneo de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schiavetti, Gustavo Ramos [UNESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/250308
Resumo: O agregado de trióxido mineral (MTA) foi desenvolvido para selar a comunicação iatrogênica ou patológica, com uma natureza hidrofílica que permite seu uso mesmo na presença de umidade. Características como biocompatibilidade e biomineralização são fundamentais para essa classe de cimentos reparadores. O presente estudo avaliou a resposta inflamatória e a indução da mineralização do MTA Indusbello (Indusbello, Londrina PR), em comparação com os controles positivos MTA Angelus, MTA Repair HP e BIO-C Repair. Um total de 30 ratos machos receberam implantes de tubos de polietileno subcutâneo contendo os materiais teste e um grupo controle com tubo vazio (n=10 animais/período). Após 7, 30 e 60 dias, os animais foram eutanasiados e os tubos de polietileno removidos com os tecidos adjacentes. O infiltrado inflamatório e a espessura da cápsula fibrosa foram avaliados histologicamente pela coloração de hematoxilina e eosina através da atribuição de escores inflamatórios (escores 1, 2, 3 e 4) de acordo com a intensidade da inflamação, e cápsula fibrosa considerada fina quando <150 μm e espessa >150 μm. A presença ou ausência de tecido mineralizado foi avaliada pela coloração de Von Kossa e sem coloração para análise sob Luz Polarizada. Os dados foram analisados por meio do teste de Kruskal-Wallis e Dunn com nível de significância de P<0,05. O MTA Indusbello apresentou uma reação inflamatória severa nos primeiros 7 dias e uma cápsula espessa, semelhante ao MTA Angelus, e negativo para Von Kossa e Luz Polarizada (P>0,05). Nos tempos de 30 e 60 dias, a reação inflamatória do MTA Indusbello reduziu (score 1) e cápsula tornou-se fina, sem diferença estatística com os demais cimentos avaliados (P>0,05). A coloração de Van-Kossa foi positiva e a análise sob luz polarizada detectou a presença de estruturas birrefringentes para todos os grupos os avaliados, nos períodos de 30 e 60 dias, exceto para o controle. Ao final do experimento o MTA Indusbello mostrou biocompatibilidade e induziu a biomineralização, podendo ser uma alternativa para a prática clínica.
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Um total de 30 ratos machos receberam implantes de tubos de polietileno subcutâneo contendo os materiais teste e um grupo controle com tubo vazio (n=10 animais/período). Após 7, 30 e 60 dias, os animais foram eutanasiados e os tubos de polietileno removidos com os tecidos adjacentes. O infiltrado inflamatório e a espessura da cápsula fibrosa foram avaliados histologicamente pela coloração de hematoxilina e eosina através da atribuição de escores inflamatórios (escores 1, 2, 3 e 4) de acordo com a intensidade da inflamação, e cápsula fibrosa considerada fina quando <150 μm e espessa >150 μm. A presença ou ausência de tecido mineralizado foi avaliada pela coloração de Von Kossa e sem coloração para análise sob Luz Polarizada. Os dados foram analisados por meio do teste de Kruskal-Wallis e Dunn com nível de significância de P<0,05. O MTA Indusbello apresentou uma reação inflamatória severa nos primeiros 7 dias e uma cápsula espessa, semelhante ao MTA Angelus, e negativo para Von Kossa e Luz Polarizada (P>0,05). Nos tempos de 30 e 60 dias, a reação inflamatória do MTA Indusbello reduziu (score 1) e cápsula tornou-se fina, sem diferença estatística com os demais cimentos avaliados (P>0,05). A coloração de Van-Kossa foi positiva e a análise sob luz polarizada detectou a presença de estruturas birrefringentes para todos os grupos os avaliados, nos períodos de 30 e 60 dias, exceto para o controle. Ao final do experimento o MTA Indusbello mostrou biocompatibilidade e induziu a biomineralização, podendo ser uma alternativa para a prática clínica.Mineral trioxide aggregate (MTA) was developed to seal iatrogenic or pathological communication, with a hydrophilic nature that allows its use even in the presence of moisture. Characteristics such as biocompatibility and biomineralization are fundamental for this class of repairing cements. The present study evaluated the inflammatory response and mineralization induction of MTA Indusbello (Indusbello, Londrina PR) in comparison with the positive controls MTA Angelus, MTA Repair HP and BIO-C Repair. A total of 30 male rats received implants of subcutaneous polyethylene tubes containing the test materials and a control group with an empty tube (n=10 animals/period). After 7, 30 and 60 days, the animals were euthanized and the polyethylene tubes removed with adjacent tissues. The inflammatory infiltrate and the thickness of the fibrous capsule were evaluated histologically by staining hematoxylin and eosin through the attribution of inflammatory scores (scores 1, 2, 3 and 4) according to the intensity of inflammation, and fibrous capsule considered thin when <150 μm and thick >150 μm. The presence or absence of mineralized tissue was assessed by Von Kossa staining and without staining for analysis under Polarized Light. Data were analyzed using the Kruskal-Wallis and Dunn test with a significance level of P<0.05. MTA Indusbello showed a severe inflammatory reaction in the first 7 days and a thick capsule, similar to MTA Angelus, and negative for Von Kossa and Polarized Light (P>0.05). At 30 and 60 days, the inflammatory reaction of MTA Indusbello reduced (score 1) and the capsule became thin, with no statistical difference with the other cements evaluated (P>0.05). Van-Kossa staining was positive and the analysis under polarized light detected the presence of birefringent structures for all evaluated groups, in the periods of 30 and 60 days, except for the control. At the end of the experiment, MTA Indusbello showed biocompatibility and induced biomineralization, and may be an alternative for clinical practice.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2021/10027-0Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dezan Junior, Eloi [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Schiavetti, Gustavo Ramos [UNESP]2023-08-17T13:00:20Z2023-08-17T13:00:20Z2023-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/250308porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-05T06:23:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/250308Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-05T06:23:21Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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