Análise química da madeira e casca de diferentes tipos de eucalipto antes e durante o cultivo de shiitake em toras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Meire Cristina Nogueira de [UNESP]
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Minhoni, Marli Teixeira de Almeida [UNESP], Sansígolo, Cláudio Angeli [UNESP], Zied, Diego Cunha [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622010000100018
http://hdl.handle.net/11449/6011
Resumo: Avaliaram-se a composição química da madeira e da casca de sete espécies (E. saligna E. grandis, E. urophylla, E. camaldulensis, E. citriodora, E. paniculata e E. pellita) e três clones de eucalipto (híbridos de E. grandis x E. urophylla), antes e durante o cultivo das linhagens LE-95/01 e LE-96/18 de shiitake (Lentinula edodes), em toras. Cada linhagem de shiitake foi inoculada em nove toras de cada tipo de eucalipto com 1 m de comprimento e 9 a 14 cm de diâmetro. Assim, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 20 tratamentos e nove repetições, sendo cada repetição correspondente a uma tora. As toras foram mantidas em estufa climatizada, com temperatura de 25 ºC ± 5 e umidade relativa do ar entre 60-80%, durante 12 meses. Para a determinação da composição química da madeira, analisaram-se cunhas de discos e cascas de eucalipto recém-cortadas (sem inoculação das linhagens de L. edodes) e cunhas de discos e cascas retirados de toras já inoculadas com as linhagens de L. edodes após oito meses de incubação. Os resultados mostraram diferenças nos teores de holocelulose, lignina e extrativos totais na madeira e casca após o corte e depois de oito meses de incubação nas espécies e clones de eucalipto; o maior índice de decomposição da holocelulose na madeira, ao longo do tempo, ocorreu no E. saligna (5,5%), indicando, assim, ser o mais favorável para o desenvolvimento micelial do L. edodes. Já na casca aconteceu no clone 24 (22,2%). O E. camaldulensis apresentou o maior índice de decomposição da lignina na madeira (6,8%), ao longo do tempo. Já na casca, entre os eucaliptos testados, o E. grandis sofreu a maior decomposição de lignina (21,9%); o L. edodes degradou muito mais a holocelulose e lignina da casca que da madeira, tornando evidente a importância da casca; a casca da maioria dos tipos de eucaliptos apresentou menor teor de holocelulose, maior teor de extrativos totais e teores de lignina semelhantes ou superiores quando comparados com a madeira. O fator tipo de eucalipto (espécies e clones) teve maior efeito que o fator linhagem de L. edodes na degradação da holocelulose e lignina.
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As toras foram mantidas em estufa climatizada, com temperatura de 25 ºC ± 5 e umidade relativa do ar entre 60-80%, durante 12 meses. Para a determinação da composição química da madeira, analisaram-se cunhas de discos e cascas de eucalipto recém-cortadas (sem inoculação das linhagens de L. edodes) e cunhas de discos e cascas retirados de toras já inoculadas com as linhagens de L. edodes após oito meses de incubação. Os resultados mostraram diferenças nos teores de holocelulose, lignina e extrativos totais na madeira e casca após o corte e depois de oito meses de incubação nas espécies e clones de eucalipto; o maior índice de decomposição da holocelulose na madeira, ao longo do tempo, ocorreu no E. saligna (5,5%), indicando, assim, ser o mais favorável para o desenvolvimento micelial do L. edodes. Já na casca aconteceu no clone 24 (22,2%). O E. camaldulensis apresentou o maior índice de decomposição da lignina na madeira (6,8%), ao longo do tempo. Já na casca, entre os eucaliptos testados, o E. grandis sofreu a maior decomposição de lignina (21,9%); o L. edodes degradou muito mais a holocelulose e lignina da casca que da madeira, tornando evidente a importância da casca; a casca da maioria dos tipos de eucaliptos apresentou menor teor de holocelulose, maior teor de extrativos totais e teores de lignina semelhantes ou superiores quando comparados com a madeira. O fator tipo de eucalipto (espécies e clones) teve maior efeito que o fator linhagem de L. edodes na degradação da holocelulose e lignina.Chemical composition of the wood and bark of seven eucalyptus species (E. saligna, E. grandis, E. urophylla, E. camaldulensis, E. citriodora, E. paniculata and E. pellita) and three eucalyptus clones (E. grandis x E. urophylla hybrids) were evaluated before and during log cultivation of shiitake (Lentinula edodes) strains LE-95/01 and LE-96/18. Each shiitake strain was inoculated into 9 logs, 1m in length and 9 to 14 cm in diameter, of each type of eucalyptus. The experimental design was complete randomized, with 20 treatments and 9 repetitions, with each log corresponding to a repetition. Logs were kept in a greenhouse, at 25 ºC ± 5 and relative air humidity between 60-80 %, for 12 months. Chemical composition was determined in newly cut disks and barks wedges of eucalyptus (without inoculation of L. edodes strains) and disks wedges removed from inoculated logs after 8 of incubation. Results showed differences in holocelluose, lignin and total extractives contents in wood and bark after cutting and after 8 months of incubation in the eucalypt species and clones. The highest hollocelullose decomposition rate in wood, over the time, occurred in E. saligna (5.5%), pointing out this species as the most favorable for micelial development of L. edodes, whereas for bark, it occurred in clone 24 (22.2%). E. camaldulensis presented the highest lignin decomposition rate in wood (6.8%), over the time. Bark of E. grandis showed the highest lignin decomposition (21.9%) among the tested eucalyptus. L. edodes degraded more holocellulose and lignin from bark than from wood, indicating the importance of this material. Bark of most eucalyptus types showed lower holocelluose content, higher total extractive content and lignin contents similar or higher compared with wood. The factor eucalypt type (species or clones) showed higher effect than L. edodes strains on degradation of holocelluose and lignin.Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Coordenação de Pesquisas de Produtos FlorestaisUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu Departamento de Produção VegetalUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu Departamento de Recursos NaturaisUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu Departamento de Produção VegetalUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu Departamento de Recursos NaturaisSociedade de Investigações FlorestaisInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Andrade, Meire Cristina Nogueira de [UNESP]Minhoni, Marli Teixeira de Almeida [UNESP]Sansígolo, Cláudio Angeli [UNESP]Zied, Diego Cunha [UNESP]2014-05-20T13:21:05Z2014-05-20T13:21:05Z2010-02-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article165-175application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622010000100018Revista Árvore. Sociedade de Investigações Florestais, v. 34, n. 1, p. 165-175, 2010.0100-6762http://hdl.handle.net/11449/601110.1590/S0100-67622010000100018S0100-67622010000100018WOS:000277831400018S0100-67622010000100018.pdf1734637178368815SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Árvore0.3920,458info:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-30T18:07:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/6011Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:51:49.209236Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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