Análise de parâmetros de força e resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante a realização de exercício isométrico em diferentes níveis de esforço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922005000200003 http://hdl.handle.net/11449/20696 |
Resumo: | A dor lombar tem demonstrado ser um achado comum em atletas e, particularmente, a sobrecarga na coluna lombar em conseqüência de um comprometimento da força ou resistência isométrica de músculos desse segmento, como resultado da fadiga muscular, tem sido considerada como importante fator etiológico para o seu desenvolvimento. Nesse sentido, destacam-se testes utilizados para a avaliação e treinamento dos músculos eretores da espinha lombares. No presente estudo, a análise de parâmetros de força e resistência isométrica foi utilizada com o objetivo de avaliar as respostas desses músculos durante contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM) e submáximas em duas situações: com fadiga e sem fadiga, induzida por exercício isométrico realizado até a exaustão. Nove voluntários do gênero masculino e saudáveis realizaram CIVM antes e após exercícios de extensão da coluna vertebral sustentando 5%, 10%, 15% e 20% da CIVM. em cada uma dessas situações foi registrado o sinal eletromiográfico (EMG) dos músculos iliocostal e multífido, assim como o nível de força gerado nas CIVM. A fadiga muscular foi identificada pela verificação do declínio dos valores de CIVM e freqüência mediana (FM) do sinal EMG obtidos após os exercícios isométricos. Os resultados demonstraram que, enquanto a força não foi capaz de evidenciar a fadiga muscular, a FM demonstrou de forma estatisticamente significante a fadiga dos músculos iliocostal e multífido, sendo observado neste último maior nível de fadiga muscular. de forma interessante, cargas entre 5% e 20% da CIVM induziram um mesmo nível de fadiga muscular. Assim, embora a força gerada durante a extensão da coluna vertebral após a exaustão induzida por exercício isométrico permaneça inalterada, provavelmente pela ação de músculos acessórios desse movimento, a sobrecarga sobre a coluna vertebral desenvolve-se como conseqüência do comprometimento da sua estabilidade decorrente da fadiga muscular identificada após exercício isométrico. |
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Análise de parâmetros de força e resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante a realização de exercício isométrico em diferentes níveis de esforçoAnálisis de los parametros de fuerza y resistencia de los músculos erectores de la columna lumbar durante la realizacion de exercício isométrico en diferentes níveles de esfuerzoAnalysis of strength and resistance parameters of the lumbar spinae erector muscles during isometric exercise at different effort levelsColuna vertebralFadiga muscularDor lombarColumna vertebralFatiga muscularDolor lumbarVertebral columnMuscular fatigueLow-back painA dor lombar tem demonstrado ser um achado comum em atletas e, particularmente, a sobrecarga na coluna lombar em conseqüência de um comprometimento da força ou resistência isométrica de músculos desse segmento, como resultado da fadiga muscular, tem sido considerada como importante fator etiológico para o seu desenvolvimento. Nesse sentido, destacam-se testes utilizados para a avaliação e treinamento dos músculos eretores da espinha lombares. No presente estudo, a análise de parâmetros de força e resistência isométrica foi utilizada com o objetivo de avaliar as respostas desses músculos durante contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM) e submáximas em duas situações: com fadiga e sem fadiga, induzida por exercício isométrico realizado até a exaustão. Nove voluntários do gênero masculino e saudáveis realizaram CIVM antes e após exercícios de extensão da coluna vertebral sustentando 5%, 10%, 15% e 20% da CIVM. em cada uma dessas situações foi registrado o sinal eletromiográfico (EMG) dos músculos iliocostal e multífido, assim como o nível de força gerado nas CIVM. A fadiga muscular foi identificada pela verificação do declínio dos valores de CIVM e freqüência mediana (FM) do sinal EMG obtidos após os exercícios isométricos. Os resultados demonstraram que, enquanto a força não foi capaz de evidenciar a fadiga muscular, a FM demonstrou de forma estatisticamente significante a fadiga dos músculos iliocostal e multífido, sendo observado neste último maior nível de fadiga muscular. de forma interessante, cargas entre 5% e 20% da CIVM induziram um mesmo nível de fadiga muscular. Assim, embora a força gerada durante a extensão da coluna vertebral após a exaustão induzida por exercício isométrico permaneça inalterada, provavelmente pela ação de músculos acessórios desse movimento, a sobrecarga sobre a coluna vertebral desenvolve-se como conseqüência do comprometimento da sua estabilidade decorrente da fadiga muscular identificada após exercício isométrico.El dolor lumbar es un hallazgo común en los atletas, y particularmente, la sobrecarga de la columna lumbar es consecuencia de un comportamiento de la fuerza o resistencia isométrica de los músculos de este segmento como resultado de la fatiga muscular ha sido considerada como un importante factor etiológico para su desarrollo. En este sentido, se destacan tests utilizados para la evaluación de los músculos erectores de la columna lumbar. En el presente estudio, el análisis de parámetros e fuerza y resistencia isométrica fué utilizada como objetivo de evaluar las respuestas de estos músculos durante las contracciones isométricas voluntarias máximas (CIVM) y sub-máximas en dos situaciones: con fatiga y sin fatiga inducida por el ejercicio isométrico realizado a extenuación. Nueve voluntarios de sexo masculino y saludables realizaron una CIVM antes y después de ejercicios de extensión de la columna vertebral sustentando 5%, 10%, 15% e 20% de la CIVM. En cada una de esas situaciones fué registrado la señal eletromiográfica (EMG) de los músculos iliocostal y multífido, así como el nivel de fuerza generado en las CIVM. La fatiga muscular fué identificada por la verificación del de la caída de los valores de CIVM y frecuencia mediana (FM) de la señal EMG obtenidos después de los ejercicios isométricos. Los resultados demostraron que en cuanto la fuerza no fué capaz de evidenciar la fatiga muscular, la FM demostró de forma estadísticamente significante la fatiga de los músculos iliocostal e multífido, siendo observado en este último un mayor nivel de fatiga muscular. de forma interesante, las cargas entre 5% y 20% de la CIVM inducirán a un mismo nivel de fatiga muscular. Así, ahora la fuerza generada durante la extensión de la columna vertebral después de la extenuación inducida por el ejercicio isométrico permanezca inalterada, probablemente por la acción de los músculos accesorios de este movimiento, la sobrecarga sobre la columna vertebral se desarrolla como consecuencia del compromiso de la estabilidad de la columna vertebral consecuente de la fatiga muscular identificada después del ejercicio isométrico.The low-back pain has demonstrated to be a common finding among athletes and particularly the overload in the lumbar column resulting from a strength or isometric resistance involvement of muscles of this segment as result of the muscular fatigue has been considered as important etiological factor for its development. In this context, tests used for the training evaluation of the lumbar spinae erector muscles are emphasized. In the present study, the analysis of the strength and isometric resistance parameters was used with the objective of evaluating responses of these muscles during maximal and sub-maximal voluntary isometric contractions (MVIC) in two situations: with fatigue and without fatigue induced by isometric exercise performed until exhaustion. Nine male healthy volunteers performed MVIC before and after vertebral column extension exercises supporting 5%, 10%, 15% and 20% of the MVIC. In each one of these situations, the electromyographic signal (EMG) of the iliocostalis and multifidus muscles as well as the strength level generated in the MVIC were recorded. Muscular fatigue was identified through the MVIC values decrease verification and median frequency (MF) of the EMG signals obtained after isometric exercise. The results demonstrated that while the strength was able to evidence muscular fatigue, the MF demonstrated in a statistically significant way the iliocostalis and multifidus muscles fatigue, and the multifidus muscles presented a higher muscular fatigue level. Interestingly, loads between 5% and 20% of the MVIC induced the same level of muscular fatigue. Thus, although the strength generated during vertebral column extension after isometric exercise-induced exhaustion remains unchanged, probably due to the action of accessory muscles, the overload on the vertebral column is developed as result of the vertebral column stability involvement resulting from the muscular fatigue identified after isometric exercise.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (FUNDUNESP)Universidade Estadual Paulista Departamento de Educação Física Laboratório de Biomecânica da Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual Paulista Laboratório de Biomecânica da Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Educação Física Laboratório de Biomecânica da Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual Paulista Laboratório de Biomecânica da Universidade Estadual PaulistaSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Mauro [UNESP]Barbosa, Fernando Sérgio Silva [UNESP]2013-09-30T19:28:19Z2014-05-20T13:58:13Z2013-09-30T19:28:19Z2014-05-20T13:58:13Z2005-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article109-114application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922005000200003Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 11, n. 2, p. 109-114, 2005.1517-8692http://hdl.handle.net/11449/2069610.1590/S1517-86922005000200003S1517-86922005000200003S1517-86922005000200003.pdf3023304896722902SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Medicina do Esporte0.2700,185info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-26T06:34:32Zoai:repositorio.unesp.br:11449/20696Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-06T00:02:28.881889Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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