Heroísmos, sedições e heresias: a construção do ufanismo e do ressentimento nos sertões da capitania de São Paulo (1768-1774)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kobelinski, Michel [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/103181
Resumo: O trabalho pretende apresentar uma abordagem no campo da história cultural ao privilegiar uma análise sobre o problema da construção do ufanismo e do ressentimento na formação da identidade luso-brasileira. Entendendo que o ufanismo e o ressentimento são comportamentos humanos subjetivos, complexos e contraditórios, identifiquei inicialmente a sua manifestação no Brasil colonial nos embates entre “paulistas” e “forasteiros” na região das Minas Gerais (Guerra dos emboabas, 1708-1709). Posteriormente, entre 1768 e 1774, durante o governo de Dom Luis Antônio de Souza Botelho Mourão (Morgado de Mateus), na capitania de São Paulo analisei como a construção da história paulista não só retomava as pendências (culturais, sociais, políticas e jurídicas) da Guerra dos Emboabas, mas também se estruturava em ressentimentos pessoal, coletivo e político. Sob um novo enfoque, foi analisada a documentação de André João Antonil, o códice Matoso, os pressupostos dos historiadores Frei Gaspar da Madre de Deus, Pedro Taques de Almeida Paes Leme, Francisco Tossi Columbina, Cláudio Manuel da Costa, Theotônio José Juzarte e, finalmente, a documentação de Afonso Botelho de Sampaio e Souza que consta de relatórios militares, correspondências e poesias. Identificou-se nestas fontes que o ufanismo e o ressentimento eram sensibilidades em oposição e correspondência, e estavam ligadas a uma identidade paulista fundamentada na contradição e na negação da realidade colonial. Seguindo este percurso, foram analisadas as ações e reações às manipulações sociais,...
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São Paulo (Estado) História
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