Gênero e sexualidade no currículo da cidade de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/214088 |
Resumo: | Autores(as) de diversas áreas do conhecimento concordam que atualmente vivemos um momento de forte polarização político-ideológica, tal polarização, produto de uma série de conjunturas que se desenvolvem desde o final do século XX, tem exercido influências em diversos aspectos do cotidiano. Um dos ambientes que está sob constante influência de inclinações políticas e ideológicas é a escola. No momento em que a polarização atingia seu ápice em 2013, com as Jornadas de Junho, tem início na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME), os debates que visavam uma ampla reforma curricular e administrativa na rede de ensino paulistana, debates esses que se estenderam até finais de 2017 com a publicação da versão final do Currículo da Cidade de São Paulo. O presente trabalho analisa as narrativas e possibilidades de abordagens das temáticas das relações de gênero e sexualidade publicadas nos documentos curriculares da rede de ensino paulistana durante o período de debates até a versão final do Currículo da Cidade de São Paulo. Nossa pesquisa possibilitou identificar que, enquanto uma gestão identificada com as causas sociais e identitárias orientava os debates – gestão de Fernando Haddad, (2013-2016) do Partido dos trabalhadores - as temáticas das relações de gênero e sexualidade foram desenvolvidas de forma patente nos documentos, ao nosso ver, qualificando e subsidiando o trabalho docente acerca das temáticas, contudo, quando o documento final do Currículo da Cidade de São Paulo foi publicado, sob uma gestão identificada com as causas econômicas e de mercado - João Doria (2017-2018) do Partido da Social Democracia Brasileira – as temáticas, embora presentes, se adequaram aos aspectos ideológicos que envolvem a legenda, assim, as orientações envolvendo a temática das relações de gênero ganharam um caráter técnico e a temática da sexualidade condensada, escamoteada e, em algumas situações, silenciada. Nesse sentido, consideramos que embora o Currículo da Cidade de São Paulo possa legitimar o trabalho docente no desenvolvimento das temáticas que envolvem as relações de gênero e sexualidade na escola, ele não é capaz de qualificar e subsidiar o as intervenções do(a) professor(a) nessas questões. |
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Gênero e sexualidade no currículo da cidade de São PauloGender and sexuality in the curriculum of the city of São PauloGêneroSexualidadeEnsino fundamentalCurrículoHistória da educação sexualAutores(as) de diversas áreas do conhecimento concordam que atualmente vivemos um momento de forte polarização político-ideológica, tal polarização, produto de uma série de conjunturas que se desenvolvem desde o final do século XX, tem exercido influências em diversos aspectos do cotidiano. Um dos ambientes que está sob constante influência de inclinações políticas e ideológicas é a escola. No momento em que a polarização atingia seu ápice em 2013, com as Jornadas de Junho, tem início na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME), os debates que visavam uma ampla reforma curricular e administrativa na rede de ensino paulistana, debates esses que se estenderam até finais de 2017 com a publicação da versão final do Currículo da Cidade de São Paulo. O presente trabalho analisa as narrativas e possibilidades de abordagens das temáticas das relações de gênero e sexualidade publicadas nos documentos curriculares da rede de ensino paulistana durante o período de debates até a versão final do Currículo da Cidade de São Paulo. Nossa pesquisa possibilitou identificar que, enquanto uma gestão identificada com as causas sociais e identitárias orientava os debates – gestão de Fernando Haddad, (2013-2016) do Partido dos trabalhadores - as temáticas das relações de gênero e sexualidade foram desenvolvidas de forma patente nos documentos, ao nosso ver, qualificando e subsidiando o trabalho docente acerca das temáticas, contudo, quando o documento final do Currículo da Cidade de São Paulo foi publicado, sob uma gestão identificada com as causas econômicas e de mercado - João Doria (2017-2018) do Partido da Social Democracia Brasileira – as temáticas, embora presentes, se adequaram aos aspectos ideológicos que envolvem a legenda, assim, as orientações envolvendo a temática das relações de gênero ganharam um caráter técnico e a temática da sexualidade condensada, escamoteada e, em algumas situações, silenciada. Nesse sentido, consideramos que embora o Currículo da Cidade de São Paulo possa legitimar o trabalho docente no desenvolvimento das temáticas que envolvem as relações de gênero e sexualidade na escola, ele não é capaz de qualificar e subsidiar o as intervenções do(a) professor(a) nessas questões.Authors from different areas of knowledge agree that we are currently experiencing a moment of strong political-ideological polarization, such polarization, the product of a series of situations that have developed since the end of the 20th century, has influenced various aspects of daily life. One of the environments that is under the constant influence of political and ideological inclinations is the school. At the moment when the polarization reached its peak in 2013, with the Jornadas de Junho, the debates that aimed at a broad curricular and administrative reform in the São Paulo school system started at the Municipal Secretariat of Education of São Paulo (SME), these debates that extended until the end of 2017 with the publication of the final version of the Curriculum of the city of São Paulo. The present work analyzes the narratives and possibilities of approaches of the themes of the relations of gender and sexuality published in the curricular documents of the São Paulo school network during the period of debates until the final version of the Curriculum of the city of São Paulo. Our research made it possible to identify that, while a management identified with social and identity causes guided the debates - management of Fernando Haddad, (2013-2016) of the Workers' Party - the themes of gender and sexuality relations were developed in a clear way in the documents , in our view, qualifying and subsidizing the teaching work on the themes, however, when the final document of the São Paulo city curriculum was published, under a management identified with the economic and market causes - João Doria (2017-2018) of the Brazilian Social Democracy Party - the themes, although present, were adapted to the ideological aspects that involve the legend, thus, the orientations involving the theme of gender relations gained a technical character and the theme of condensed, concealed sexuality and, in some situations, silenced. In this sense, we consider that although the Curriculum of the city of São Paulo can legitimize the teaching work in the development of the themes that involve the relations of gender and sexuality in the school, it is not able to qualify and subsidize the interventions of the teacher on these issues.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Leão, Andreza Marques de Castro [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Tavano, Vinicius [UNESP]2021-08-19T16:20:47Z2021-08-19T16:20:47Z2021-06-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21408833004030079P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-12T14:09:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/214088Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:40:41.300088Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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