Correlação entre as pressões intra-abdominal e intravesical de equinos em posição supina ou decúbito lateral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula, Vanessa Barroco de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154063
Resumo: Por meio do presente estudo, buscou-se correlacionar a pressão intra-abdominal (PIA) com a pressão intravesical (PIV), em equinos em posição supina ou decúbito lateral, submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos, no setor de clínica cirúrgica do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel”, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp, Câmpus de Jaboticabal/SP. Ao longo de dois anos, foram mensurados dados de 20 cavalos adultos, sendo 11 machos (inteiros ou castrados) e 09 fêmeas, com peso corpóreo entre 350 e 500 kg e idade entre 3.5 a 12 anos, divididos em dois grupos: decúbito lateral (n=10) e posição supina (n=10). A pressão intra-abdominal foi registrada por abdominocentese, utilizando-se cânula intraperitoneal conectada a sistema preenchido por fluído (equipo de pressão venosa central), calibrado na altura de inserção da cânula. Já a pressão intravesical foi obtida a partir de sondagem vesical, utilizando-se sistema preenchido por fluído, calibrado ao nível da tuberosidade isquiática de cada animal (posição supina) ou sínfise púbica (decúbito lateral). O decúbito influenciou diretamente nos valores da PIA. Houve diferença expressiva (p < 0.001) e ausência de correlação entre a PIA registrada em posição supina e decúbito lateral, tanto à inspiração (rs = 0.127, p = 0.209) quanto à expiração (rs = - 0.0393, p = 0.697). Em posição supina foi observada diferença (p < 0.05) entre a PIA e PIV, ao final da inspiração e expiração, tanto para a PIV obtida com a vesícula urinária vazia quanto distendida com os volumes predeterminados. Pôde-se observar correlação e concordância desprezíveis entre ambas nesta posição corporal. Em decúbito lateral, ao final da inspiração, houve diferença (p < 0.05) entre a PIA e a PIV registrada com insuflação com 25ml. Já, ao final da expiração, esse fato foi evidenciado para a PIV obtida com 25ml e 50ml. A PIV obtida após distensão vesical de 100ml foi a única a não diferir da PIA, independentemente do lado o qual o paciente havia sido posicionado. Da mesma forma, para este valor, observou-se alta correlação e concordância entre as pressões. Quando o decúbito lateral for dividido em esquerdo e direito, a correlação e concordância entre as pressões mantiveram-se, independentemente do volume de insuflação vesical utilizado para obtenção da PIV e do lado o qual o paciente estava posicionado, sendo mais representativos para o volume de 100ml, com os pacientes mantidos em decúbito lateral esquerdo e a PIV registrada ao final da inspiração. Assim, a posição supina se mostrou inadequada na obtenção indireta da PIA. Esta deve ocorrer, preferencialmente com o paciente mantido em decúbito lateral esquerdo, mediante insuflação da vesícula urinária com 100ml e os valores da PIV registrados ao final da inspiração.
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Ao longo de dois anos, foram mensurados dados de 20 cavalos adultos, sendo 11 machos (inteiros ou castrados) e 09 fêmeas, com peso corpóreo entre 350 e 500 kg e idade entre 3.5 a 12 anos, divididos em dois grupos: decúbito lateral (n=10) e posição supina (n=10). A pressão intra-abdominal foi registrada por abdominocentese, utilizando-se cânula intraperitoneal conectada a sistema preenchido por fluído (equipo de pressão venosa central), calibrado na altura de inserção da cânula. Já a pressão intravesical foi obtida a partir de sondagem vesical, utilizando-se sistema preenchido por fluído, calibrado ao nível da tuberosidade isquiática de cada animal (posição supina) ou sínfise púbica (decúbito lateral). O decúbito influenciou diretamente nos valores da PIA. Houve diferença expressiva (p < 0.001) e ausência de correlação entre a PIA registrada em posição supina e decúbito lateral, tanto à inspiração (rs = 0.127, p = 0.209) quanto à expiração (rs = - 0.0393, p = 0.697). Em posição supina foi observada diferença (p < 0.05) entre a PIA e PIV, ao final da inspiração e expiração, tanto para a PIV obtida com a vesícula urinária vazia quanto distendida com os volumes predeterminados. Pôde-se observar correlação e concordância desprezíveis entre ambas nesta posição corporal. Em decúbito lateral, ao final da inspiração, houve diferença (p < 0.05) entre a PIA e a PIV registrada com insuflação com 25ml. Já, ao final da expiração, esse fato foi evidenciado para a PIV obtida com 25ml e 50ml. A PIV obtida após distensão vesical de 100ml foi a única a não diferir da PIA, independentemente do lado o qual o paciente havia sido posicionado. Da mesma forma, para este valor, observou-se alta correlação e concordância entre as pressões. Quando o decúbito lateral for dividido em esquerdo e direito, a correlação e concordância entre as pressões mantiveram-se, independentemente do volume de insuflação vesical utilizado para obtenção da PIV e do lado o qual o paciente estava posicionado, sendo mais representativos para o volume de 100ml, com os pacientes mantidos em decúbito lateral esquerdo e a PIV registrada ao final da inspiração. Assim, a posição supina se mostrou inadequada na obtenção indireta da PIA. Esta deve ocorrer, preferencialmente com o paciente mantido em decúbito lateral esquerdo, mediante insuflação da vesícula urinária com 100ml e os valores da PIV registrados ao final da inspiração.We sought to correlate intra-abdominal pressure (IAP) with intravesical pressure (IBP) of horses in supine position or lateral recumbency. For that purpose, patients admitted at our hospital for elective surgical procedures not related to the gastrointestinal or genitourinary tract, during a two-year period were included on our study. During that time, 11 adult male (stallions or geldings) and 09 female horses, weighting from 350 to 500 kg, and from 3.5 to 12 years of age were selected. Patients were divided into two distinct groups (n=10) according to body position requested for surgical procedure. Intra-abdominal pressure was recorded by intraperitoneal cannula connected to a fluid-filled system (central venous pressure water column system), zeroed at the level of insertion of the cannula. Intravesical pressure was obtained from bladder catheterization, by using the same fluid-filled system, individually zeroed at the level of the tuber ischii (supine position) or pubic symphysis (lateral recumbency). Body position directly influenced IAP values. A difference (p < 0.001) between intra-abdominal and intravesical pressures, at end-inspiration (rs = 0.127, p = 0.209) and end-expiration (rs = - 0.0393, p = 0.697) was perceived when comparing supine position with lateral recumbency. Similarly, both pressures differed, with no distinct correlation between them, regardless the saline volume used for bladder distension and the moment of pressure recordings (end-inspiration or end-expiration). In addition, difference (p < 0.05) between both pressures was also noticed at patients in lateral recumbency, when IBP was obtained end-inspiration, following bladder distension with 25 ml of saline solution. At end-expiration, similar results were obtained for IBP recorded with 25 ml and 50 ml insufflation volumes. Correlation values between both pressures maintained within previous standards as lateral recumbency was divided into right and left, regardless insufflation volume used for IBP recordings. Therefore, supine position should not be used for purposes of indirect assessment of IAP. To that purpose, the patient should be kept in left lateral recumbency, the bladder should be distended with 100 ml of saline solution, and IBP readings should occur at end-inspiration.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 16/00496-4Universidade Estadual Paulista (Unesp)Canola, Paulo Aléscio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Paula, Vanessa Barroco de2018-05-23T16:57:41Z2018-05-23T16:57:41Z2018-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15406300090212733004102069P838740367609525090000-0003-4354-6487porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T12:51:20Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154063Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:32:15.517311Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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description Por meio do presente estudo, buscou-se correlacionar a pressão intra-abdominal (PIA) com a pressão intravesical (PIV), em equinos em posição supina ou decúbito lateral, submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos, no setor de clínica cirúrgica do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel”, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp, Câmpus de Jaboticabal/SP. Ao longo de dois anos, foram mensurados dados de 20 cavalos adultos, sendo 11 machos (inteiros ou castrados) e 09 fêmeas, com peso corpóreo entre 350 e 500 kg e idade entre 3.5 a 12 anos, divididos em dois grupos: decúbito lateral (n=10) e posição supina (n=10). A pressão intra-abdominal foi registrada por abdominocentese, utilizando-se cânula intraperitoneal conectada a sistema preenchido por fluído (equipo de pressão venosa central), calibrado na altura de inserção da cânula. Já a pressão intravesical foi obtida a partir de sondagem vesical, utilizando-se sistema preenchido por fluído, calibrado ao nível da tuberosidade isquiática de cada animal (posição supina) ou sínfise púbica (decúbito lateral). O decúbito influenciou diretamente nos valores da PIA. Houve diferença expressiva (p < 0.001) e ausência de correlação entre a PIA registrada em posição supina e decúbito lateral, tanto à inspiração (rs = 0.127, p = 0.209) quanto à expiração (rs = - 0.0393, p = 0.697). Em posição supina foi observada diferença (p < 0.05) entre a PIA e PIV, ao final da inspiração e expiração, tanto para a PIV obtida com a vesícula urinária vazia quanto distendida com os volumes predeterminados. Pôde-se observar correlação e concordância desprezíveis entre ambas nesta posição corporal. Em decúbito lateral, ao final da inspiração, houve diferença (p < 0.05) entre a PIA e a PIV registrada com insuflação com 25ml. Já, ao final da expiração, esse fato foi evidenciado para a PIV obtida com 25ml e 50ml. A PIV obtida após distensão vesical de 100ml foi a única a não diferir da PIA, independentemente do lado o qual o paciente havia sido posicionado. Da mesma forma, para este valor, observou-se alta correlação e concordância entre as pressões. Quando o decúbito lateral for dividido em esquerdo e direito, a correlação e concordância entre as pressões mantiveram-se, independentemente do volume de insuflação vesical utilizado para obtenção da PIV e do lado o qual o paciente estava posicionado, sendo mais representativos para o volume de 100ml, com os pacientes mantidos em decúbito lateral esquerdo e a PIV registrada ao final da inspiração. Assim, a posição supina se mostrou inadequada na obtenção indireta da PIA. Esta deve ocorrer, preferencialmente com o paciente mantido em decúbito lateral esquerdo, mediante insuflação da vesícula urinária com 100ml e os valores da PIV registrados ao final da inspiração.
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