Estimativa de ingestão de flúor pela escovação com dentifrícios fluoretados em crianças.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coclete, Giovanna Elisa Gabriel [UNESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154959
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da escolaridade do entrevistado e da idade da criança sobre o uso de dentifrício e hábitos de escovação por crianças. Para tanto, o estudo foi realizado em duas fases distintas. Na fase 1, a influência do conhecimento dos pais e da idade das crianças sobre o uso de dentifrícios fluoretados por crianças de 0 a 7 anos de idade foi avaliada por meio de um questionário estruturado. As entrevistas (n=704) foram realizadas em três centros de vacinação na cidade de Araçatuba, Brasil. O questionário compreendeu itens relacionados à educação dos entrevistados, idade da criança, sexo, dados sobre hábitos de escovação e uso de dentifrício fluoretado, além de questões sobre os efeitos preventivos e adversos do flúor. Os resultados foram submetidos aos testes de Mann Whitney, Kruskall Wallis e Dunn, e analisados pelo coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). A escolaridade dos entrevistados esteve diretamente relacionada ao seu conhecimento sobre os efeitos preventivos e adversos do flúor e inversamente relacionada à quantidade de dentifrício usada pela criança. Além disso, a idade da criança esteve inversamente relacionada à ingestão de dentifrício (durante a escovação e diretamente do tubo). A escolha do tipo de creme dental também foi influenciada pela idade da criança e pela escolaridade do entrevistado. Na fase 2, a quantidade de dentifrício colocada na escova de dentes pelos pais/responsáveis foi avaliada, adotando descrições tipicamente recomendadas pelas sociedades científicas. O mesmo questionário utilizado na Fase 1 foi empregado em entrevistas com pais/responsáveis (n=306) de crianças de 0 a 7 anos que frequentavam centros de vacinação na cidade de Araçatuba, Brasil. A quantidade de dentifrício utilizada foi determinada em uma balança portátil, solicitando ao entrevistado que colocasse o creme dental em 8 escovas de dentes iguais, variando aleatoriamente a quantidade de “borrão” para “cerdas cheias”, além da quantidade utilizada em casa. Os resultados foram submetidos aos testes de Mann Whitney, Kruskal-Wallis e Friedman, e analisados pelo coeficiente de correlação de Pearson (p<0,05). A idade da criança esteve significativamentecorrelacionada com a quantidade de dentifrício colocada na escova de dentes (r=0,324, p<0,001). Além disso, o uso de creme dental sem flúor foi significativamente relacionado a crianças mais jovens e a indivíduos que ingeriram maiores quantidades de dentifrício durante a escovação. De forma geral, a quantidade de dentifrício colocada na escova aumentou de acordo com o que seria esperado a partir das descrições, embora grandes variações tenham sido observadas para cada descrição. Concluiu-se que o conhecimento dos pais e a idade das crianças influenciam significativamente no uso de dentifrícios fluoretados pelas crianças, apontando para a necessidade de instruir os pais e cuidadores sobre o uso correto destes produtos. Além disso, considerando as variações na quantidade de dentifrício aplicada pelos participantes para cada descrição, concluiu-se que as instruções verbais isoladamente podem não ser uma estratégia eficaz para instruir os pais e cuidadores sobre a quantidade de dentifrícios a ser usada pelas crianças para se maximizar os efeitos preventivos, minimizando os efeitos colaterais.
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spelling Estimativa de ingestão de flúor pela escovação com dentifrícios fluoretados em crianças.Estimation of fluoride intake by toothbrushing with fluoridated dentifrices in children.Dentifrício fluoretadoFluorose dentalCriançasEducação em saúdeFluoride toothpasteO objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da escolaridade do entrevistado e da idade da criança sobre o uso de dentifrício e hábitos de escovação por crianças. Para tanto, o estudo foi realizado em duas fases distintas. Na fase 1, a influência do conhecimento dos pais e da idade das crianças sobre o uso de dentifrícios fluoretados por crianças de 0 a 7 anos de idade foi avaliada por meio de um questionário estruturado. As entrevistas (n=704) foram realizadas em três centros de vacinação na cidade de Araçatuba, Brasil. O questionário compreendeu itens relacionados à educação dos entrevistados, idade da criança, sexo, dados sobre hábitos de escovação e uso de dentifrício fluoretado, além de questões sobre os efeitos preventivos e adversos do flúor. Os resultados foram submetidos aos testes de Mann Whitney, Kruskall Wallis e Dunn, e analisados pelo coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). A escolaridade dos entrevistados esteve diretamente relacionada ao seu conhecimento sobre os efeitos preventivos e adversos do flúor e inversamente relacionada à quantidade de dentifrício usada pela criança. Além disso, a idade da criança esteve inversamente relacionada à ingestão de dentifrício (durante a escovação e diretamente do tubo). A escolha do tipo de creme dental também foi influenciada pela idade da criança e pela escolaridade do entrevistado. Na fase 2, a quantidade de dentifrício colocada na escova de dentes pelos pais/responsáveis foi avaliada, adotando descrições tipicamente recomendadas pelas sociedades científicas. O mesmo questionário utilizado na Fase 1 foi empregado em entrevistas com pais/responsáveis (n=306) de crianças de 0 a 7 anos que frequentavam centros de vacinação na cidade de Araçatuba, Brasil. A quantidade de dentifrício utilizada foi determinada em uma balança portátil, solicitando ao entrevistado que colocasse o creme dental em 8 escovas de dentes iguais, variando aleatoriamente a quantidade de “borrão” para “cerdas cheias”, além da quantidade utilizada em casa. Os resultados foram submetidos aos testes de Mann Whitney, Kruskal-Wallis e Friedman, e analisados pelo coeficiente de correlação de Pearson (p<0,05). A idade da criança esteve significativamentecorrelacionada com a quantidade de dentifrício colocada na escova de dentes (r=0,324, p<0,001). Além disso, o uso de creme dental sem flúor foi significativamente relacionado a crianças mais jovens e a indivíduos que ingeriram maiores quantidades de dentifrício durante a escovação. De forma geral, a quantidade de dentifrício colocada na escova aumentou de acordo com o que seria esperado a partir das descrições, embora grandes variações tenham sido observadas para cada descrição. Concluiu-se que o conhecimento dos pais e a idade das crianças influenciam significativamente no uso de dentifrícios fluoretados pelas crianças, apontando para a necessidade de instruir os pais e cuidadores sobre o uso correto destes produtos. Além disso, considerando as variações na quantidade de dentifrício aplicada pelos participantes para cada descrição, concluiu-se que as instruções verbais isoladamente podem não ser uma estratégia eficaz para instruir os pais e cuidadores sobre a quantidade de dentifrícios a ser usada pelas crianças para se maximizar os efeitos preventivos, minimizando os efeitos colaterais.The aim of this study was to assess influence of parental schooling and children’s age on the use of toothpaste and brushing habits by children. For this purpose, the study was conducted in two separate phases. In phase 1, the influence of parental knowledge and children’s age on the use of fluoridated toothpastes by 0 - 7 year - old children was evaluated using a structured questionnaire. Interviews (n=704) were conducted in three vaccination centers in the city of Araçatuba, Braz il. The questionnaire comprised items related to interviewees' education, child’s age, gender, data on brushing habits and use of fluoridated toothpaste, as well as questions on preventive and adverse effects of fluoride. The results were submitted to Mann Whitney, Kruskall Wallis and Dunn's tests, and Spearman's correlation coefficient (p<0.05). The interviewees’ schooling was directly related to their knowledge on preventive and adverse effects of fluoride, and inversely related to the amount of toothpast e used by the child. Also, child's age was inversely related to toothpaste ingestion (during toothbrushing and from the tube). Furthermore, the type of toothpaste was also influenced by child’s age and interviewee’s schooling. In phase two, the amount of t oothpaste loaded on the toothbrush by their parents/guardians was assessed, adopting descriptions typically recommended by scientific societies. The same questionnaire used in Phase 1 was employed in interviews of parents/guardians (n=306) of 0 - 7 year - old children attending vaccination centers in the city of Araçatuba, Brazil. The amount of toothpaste used at home was determined using a portable scale, by asking the interviewee to load the toothpaste on 8 equal toothbrushes randomly varying the amount from “smear” to “full bristles”, besides the amount used at home. The results were submitted to Mann Whitney, Kruskal - Wallis and Friedman’s tests, and Spearman 's correlation coefficient (p<0.05). Child’s age was significantly correlated with the amount of tooth paste placed on the toothbrush (r=0.324, p<0.001). Furthermore, the use of fluoride - free toothpaste was significantly related to younger children and with individuals who ingested higher amounts of toothpaste during toothbrushing. Overall, the amount of to othpaste placed on the toothbrush increased according to what would be expected from the descriptions, although wide variations were observed within each description. It was concluded that parental knowledge and children’s age significantly influence the u se of fluoridated toothpastes by children, pointing out to the need for instructing parents and caregivers on the correct use of these products. In addition, considering the variations in the amount of toothpaste applied by the participants for each descri ption, it was concluded that verbal instructions alone might not be an effective strategy for instructing parents and caregivers regarding the amount of toothpaste to be used by children in order to achieve the highest preventive effect with minimum unwant ed side - effects.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)193660-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pessan, Juliano Pelim [UNESP]Cunha, Robson Frederico [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Coclete, Giovanna Elisa Gabriel [UNESP]2018-08-27T18:10:30Z2018-08-27T18:10:30Z2018-07-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15495900090724533004145082P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-12T06:23:25Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154959Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-12T06:23:25Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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