Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Inova__o_Tecnol_gica_e_sua_Dissemina__o/Trabalho11.htm http://hdl.handle.net/11449/148149 |
Resumo: | Mudanças nos hábitos alimentares, tem despertado na população o interesse por açúcares de menor teor calórico e mais saudáveis o que tem estimulado a iniciativa privada do setor açucareiro a buscar parcerias com a Universidade para o desenvolvimento de novas tecnologias neste campo. Através do programa Rede-Unesp de Difusão de Ciência e Tecnologia foi firmado um convênio em julho de 1995 entre a UNESP de Assis e a Usina Nova América - Tarumã-SP, na qual a universidade se compromissava a desenvolver tecnologia para açúcares líquidos, e outros de baixo valor calórico, ainda inexistentes no País, recebendo em contrapartida, verbas e equipamentos para este e outros projetos de interesse acadêmico. Em relação aos açúcares líquidos (inversão parcial ou total da sacarose - de grande interesse na indústrias de alimentos para redução da área de xaroparia) foram estudadas as melhores condições de pH, temperatura e relação enzima:substrato visando a obtenção do produto através da imobilização de leveduras de panificação (S.cerevisiae) em alginato de cálcio. Quanto aos açúcares de baixo valor calórico foram isoladas novas linhagens de bactérias e fungos possibilitando a obtenção de isomaltulose e frutooligossacarideos (neosugar). Tais açúcares são sintetizados por transformações enzimáticas a partir da sacarose. O primeiro é um dissacáride, com novo arranjo molecular e o segundo um mix de pequeno percentual de glicose, sacarose residual e oligossacarídeos com 2, 3 e 4 unidades de frutose, não metabolizáveis pelo trato intestinal sendo, portato, não calóricos, não cariogênicos e dotados de outras qualidades de alimento funcional, proporcionando a regulação das funções do trato intestinal e propriedades cancerígenas obtidas pela estimulação do crescimento de bifidobactérias em detrimento de bactérias putrefativas no trato intestinal (efeito prebiótico). O projeto foi, inteiramente, desenvolvido nas etapas de laboratório e escala piloto. Quanto à industrialização a empresa já vem produzindo e comercializando, normalmente, o açúcar líquido enquanto pleiteia financiamento junto a FINEP para a produção do "Neosugar" em escala de 1 ton./dia para testes de formulações de produtos em parcerias com outras indústrias do ramo alimentício. Sem a parceria a universidade não teria como adentrar nesta sofisticada linha de pesquisa pois não dispunha de equipamentos de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC); reatores enzimáticos ou fermentadores; câmaras de agitação de maior capacidade (frascos de 1.000 a 3.000 ml) com temperatura controlada; altofreezer para preservação do genoma de microrganismos, equipamentos fundamentais adquiridos pela empresa a realização do projeto. Tal projeto resultou ainda em estimulação financeira adicional aos docentes, funcionários e vários alunos em Iniciação Científica que receberam bolsa via Fundação. Além disso, trabalhos em revistas internacionais puderam e ainda estão sendo publicados, bem como patentes deverão ser requeridas para a universidade. A maior parte dos equipamentos foi doada à Universidade o que está possibilitando novos trabalhos, ainda sem envolvimento da iniciativa privada, por falta de uma política universitária adequada e eficiente que prestigie e estimule tal parceria. |
id |
UNSP_a508e44bbfe0e7494db6b540d673f3ae |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/148149 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugarMudanças nos hábitos alimentares, tem despertado na população o interesse por açúcares de menor teor calórico e mais saudáveis o que tem estimulado a iniciativa privada do setor açucareiro a buscar parcerias com a Universidade para o desenvolvimento de novas tecnologias neste campo. Através do programa Rede-Unesp de Difusão de Ciência e Tecnologia foi firmado um convênio em julho de 1995 entre a UNESP de Assis e a Usina Nova América - Tarumã-SP, na qual a universidade se compromissava a desenvolver tecnologia para açúcares líquidos, e outros de baixo valor calórico, ainda inexistentes no País, recebendo em contrapartida, verbas e equipamentos para este e outros projetos de interesse acadêmico. Em relação aos açúcares líquidos (inversão parcial ou total da sacarose - de grande interesse na indústrias de alimentos para redução da área de xaroparia) foram estudadas as melhores condições de pH, temperatura e relação enzima:substrato visando a obtenção do produto através da imobilização de leveduras de panificação (S.cerevisiae) em alginato de cálcio. Quanto aos açúcares de baixo valor calórico foram isoladas novas linhagens de bactérias e fungos possibilitando a obtenção de isomaltulose e frutooligossacarideos (neosugar). Tais açúcares são sintetizados por transformações enzimáticas a partir da sacarose. O primeiro é um dissacáride, com novo arranjo molecular e o segundo um mix de pequeno percentual de glicose, sacarose residual e oligossacarídeos com 2, 3 e 4 unidades de frutose, não metabolizáveis pelo trato intestinal sendo, portato, não calóricos, não cariogênicos e dotados de outras qualidades de alimento funcional, proporcionando a regulação das funções do trato intestinal e propriedades cancerígenas obtidas pela estimulação do crescimento de bifidobactérias em detrimento de bactérias putrefativas no trato intestinal (efeito prebiótico). O projeto foi, inteiramente, desenvolvido nas etapas de laboratório e escala piloto. Quanto à industrialização a empresa já vem produzindo e comercializando, normalmente, o açúcar líquido enquanto pleiteia financiamento junto a FINEP para a produção do "Neosugar" em escala de 1 ton./dia para testes de formulações de produtos em parcerias com outras indústrias do ramo alimentício. Sem a parceria a universidade não teria como adentrar nesta sofisticada linha de pesquisa pois não dispunha de equipamentos de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC); reatores enzimáticos ou fermentadores; câmaras de agitação de maior capacidade (frascos de 1.000 a 3.000 ml) com temperatura controlada; altofreezer para preservação do genoma de microrganismos, equipamentos fundamentais adquiridos pela empresa a realização do projeto. Tal projeto resultou ainda em estimulação financeira adicional aos docentes, funcionários e vários alunos em Iniciação Científica que receberam bolsa via Fundação. Além disso, trabalhos em revistas internacionais puderam e ainda estão sendo publicados, bem como patentes deverão ser requeridas para a universidade. A maior parte dos equipamentos foi doada à Universidade o que está possibilitando novos trabalhos, ainda sem envolvimento da iniciativa privada, por falta de uma política universitária adequada e eficiente que prestigie e estimule tal parceria.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências e Letras de AssisUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências e Letras de AssisUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliva Neto, Pedro de [UNESP]Cruz, Rubens [UNESP]2017-01-18T15:46:02Z2017-01-18T15:46:02Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Inova__o_Tecnol_gica_e_sua_Dissemina__o/Trabalho11.htmhttp://hdl.handle.net/11449/14814946389522635027440000-0001-9378-9036PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-13T17:39:06Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148149Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:49:24.269815Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
title |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
spellingShingle |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar Oliva Neto, Pedro de [UNESP] |
title_short |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
title_full |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
title_fullStr |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
title_full_unstemmed |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
title_sort |
Desenvolvimento biotecnológico de novos açúcares: açúcar líquido, isomaltulose e neosugar |
author |
Oliva Neto, Pedro de [UNESP] |
author_facet |
Oliva Neto, Pedro de [UNESP] Cruz, Rubens [UNESP] |
author_role |
author |
author2 |
Cruz, Rubens [UNESP] |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliva Neto, Pedro de [UNESP] Cruz, Rubens [UNESP] |
description |
Mudanças nos hábitos alimentares, tem despertado na população o interesse por açúcares de menor teor calórico e mais saudáveis o que tem estimulado a iniciativa privada do setor açucareiro a buscar parcerias com a Universidade para o desenvolvimento de novas tecnologias neste campo. Através do programa Rede-Unesp de Difusão de Ciência e Tecnologia foi firmado um convênio em julho de 1995 entre a UNESP de Assis e a Usina Nova América - Tarumã-SP, na qual a universidade se compromissava a desenvolver tecnologia para açúcares líquidos, e outros de baixo valor calórico, ainda inexistentes no País, recebendo em contrapartida, verbas e equipamentos para este e outros projetos de interesse acadêmico. Em relação aos açúcares líquidos (inversão parcial ou total da sacarose - de grande interesse na indústrias de alimentos para redução da área de xaroparia) foram estudadas as melhores condições de pH, temperatura e relação enzima:substrato visando a obtenção do produto através da imobilização de leveduras de panificação (S.cerevisiae) em alginato de cálcio. Quanto aos açúcares de baixo valor calórico foram isoladas novas linhagens de bactérias e fungos possibilitando a obtenção de isomaltulose e frutooligossacarideos (neosugar). Tais açúcares são sintetizados por transformações enzimáticas a partir da sacarose. O primeiro é um dissacáride, com novo arranjo molecular e o segundo um mix de pequeno percentual de glicose, sacarose residual e oligossacarídeos com 2, 3 e 4 unidades de frutose, não metabolizáveis pelo trato intestinal sendo, portato, não calóricos, não cariogênicos e dotados de outras qualidades de alimento funcional, proporcionando a regulação das funções do trato intestinal e propriedades cancerígenas obtidas pela estimulação do crescimento de bifidobactérias em detrimento de bactérias putrefativas no trato intestinal (efeito prebiótico). O projeto foi, inteiramente, desenvolvido nas etapas de laboratório e escala piloto. Quanto à industrialização a empresa já vem produzindo e comercializando, normalmente, o açúcar líquido enquanto pleiteia financiamento junto a FINEP para a produção do "Neosugar" em escala de 1 ton./dia para testes de formulações de produtos em parcerias com outras indústrias do ramo alimentício. Sem a parceria a universidade não teria como adentrar nesta sofisticada linha de pesquisa pois não dispunha de equipamentos de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC); reatores enzimáticos ou fermentadores; câmaras de agitação de maior capacidade (frascos de 1.000 a 3.000 ml) com temperatura controlada; altofreezer para preservação do genoma de microrganismos, equipamentos fundamentais adquiridos pela empresa a realização do projeto. Tal projeto resultou ainda em estimulação financeira adicional aos docentes, funcionários e vários alunos em Iniciação Científica que receberam bolsa via Fundação. Além disso, trabalhos em revistas internacionais puderam e ainda estão sendo publicados, bem como patentes deverão ser requeridas para a universidade. A maior parte dos equipamentos foi doada à Universidade o que está possibilitando novos trabalhos, ainda sem envolvimento da iniciativa privada, por falta de uma política universitária adequada e eficiente que prestigie e estimule tal parceria. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001 2017-01-18T15:46:02Z 2017-01-18T15:46:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Inova__o_Tecnol_gica_e_sua_Dissemina__o/Trabalho11.htm http://hdl.handle.net/11449/148149 4638952263502744 0000-0001-9378-9036 |
url |
http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Inova__o_Tecnol_gica_e_sua_Dissemina__o/Trabalho11.htm http://hdl.handle.net/11449/148149 |
identifier_str_mv |
4638952263502744 0000-0001-9378-9036 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Congresso de Extensão Universitária |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
PROEX reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808129555946274816 |