Efeitos da alta temperatura na pigmentação visceral e no epitélio germinativo masculino em Physalaemus nattereri e Leptodactylus fuscus (Anura)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Gabriela Baroni [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/136284
Resumo: Temperatura influência a homeostase dos anuros, causando o declínio populacional dos anfíbios. Na família Leptodactylidae machos de Physalaemus nattereri e Leptodactylus fuscus possuem testículos que comportam toda linhagem germinativa e apresentam melanócitos em P. nattereri e ausência em L. fuscus. Os melanócitos apresentam melanina no citoplasma sendo estas plásticas as alterações ambientais. Em órgãos hematopoiéticos como fígado também existem células pigmentares sendo denominadas melanomacrófagos contendo melanina, hemosiderina e lipofuscina. Já no sangue dos anuros os eritrócitos são nucleados e alterações sugerem efeitos genotóxicos. A temperatura é um dos fatores que afeta a sobrevivência dos anuros e torna-os mais suscetíveis a alterações morfológicas. Assim, avaliamos efeitos hepatotóxicos, genotóxicos e alterações no volume das células germinativas e dos melanócitos testiculares em duas espécies de anuros submetidas a 35,1°C. Para isso foram realizados experimentos em 12 horas, um, dois, três, cinco, 10 e 15 dias de exposição sendo posteriormente sacrificados, órgãos incluídos, cortados, corados, fotografados e analisados, incluindo extensões sanguíneas. Em geral, P. nattereri sofre mais alterações nos pigmentos hepáticos que L. fuscus possivelmente devido a reprodução e exposição ambiental em curtos períodos. Já efeitos genotóxicos foram semelhantes entre as espécies sugerindo que temperatura causa danos no DNA de anuros. Entretanto, nos testículos os efeitos foram inversos sendo que as células espermatogênicas de L. fuscus foram mais afetadas que P. nattereri talvez pela ausência de melanócitos que aumentou gradativamente ao longo do tempo em P. nattereri e possivelmente detêm um papel protetor dos tecidos. Assim, a influência da hipertermia nos anuros é comprovado neste estudo afirmando que a intensidade do impacto é determinado pela biologia interespecífica.
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Já no sangue dos anuros os eritrócitos são nucleados e alterações sugerem efeitos genotóxicos. A temperatura é um dos fatores que afeta a sobrevivência dos anuros e torna-os mais suscetíveis a alterações morfológicas. Assim, avaliamos efeitos hepatotóxicos, genotóxicos e alterações no volume das células germinativas e dos melanócitos testiculares em duas espécies de anuros submetidas a 35,1°C. Para isso foram realizados experimentos em 12 horas, um, dois, três, cinco, 10 e 15 dias de exposição sendo posteriormente sacrificados, órgãos incluídos, cortados, corados, fotografados e analisados, incluindo extensões sanguíneas. Em geral, P. nattereri sofre mais alterações nos pigmentos hepáticos que L. fuscus possivelmente devido a reprodução e exposição ambiental em curtos períodos. Já efeitos genotóxicos foram semelhantes entre as espécies sugerindo que temperatura causa danos no DNA de anuros. Entretanto, nos testículos os efeitos foram inversos sendo que as células espermatogênicas de L. fuscus foram mais afetadas que P. nattereri talvez pela ausência de melanócitos que aumentou gradativamente ao longo do tempo em P. nattereri e possivelmente detêm um papel protetor dos tecidos. Assim, a influência da hipertermia nos anuros é comprovado neste estudo afirmando que a intensidade do impacto é determinado pela biologia interespecífica.Temperature alters homeostasis of frogs, and can causes amphibians' decline. Physalaemus nattereri and Leptodactylus fuscus are representatives of Leptodactylidae Family, and their testes presents germ cells lineagen. In P. nattereri, melanocytes are observed in testes, but in L. fuscus these cells are not found. Melanocytes posses melanina in their cytoplasm. This pigmented cell are plastic and responsive to environmental stressor. Anurans also have melanomacrophages present in hematopoietic organs such as liver, and posses in their cytoplasm melanin, haemosiderin and lipofuscin. Erythrocyte frogs are nucleated and changes suggest genotoxic effects. High temperatures affect the survival of frogs, making them more susceptible to morphological changes. In this context, we evaluate hepatotoxic effects, genotoxic and changes in the volume of testicular germ cells and melanocytes in two frog species subject to 35.1 ° C. For this, we exposed animals for 12hours, one, two, three, five, 10 and 15 days in high temperature. After experimental times, we analyzed liver, testes and erithocytes. P. nattereri has more changes in liver pigments than L. fuscus. We believe that this alterations is due P. nattereri’s reproduction are short. Genotoxic effects were similar among the species suggesting that temperature damages the DNA of anurans. However, the effects in the testes were the inverse, with the spermatogenic cells of L. fuscus being more affected than that from P. natterreri. This may possibly be due to the absence of melanocytes in L. fuscus, once that in P. nattereri they gradually increased over time and possibly had a protective role in the tissue. Thus, the influence of hyperthermia in anurans is demonstrated in this study stating that the intensity of the impact is determined by interspecific biology.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/16900-3Universidade Estadual Paulista (Unesp)Franco-Belussi, LilianOliveira, Classius de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Leite, Gabriela Baroni [UNESP]2016-03-15T19:29:59Z2016-03-15T19:29:59Z2016-02-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13628400086869233004153072P657318566502178590000-0002-2029-7900porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-19T06:11:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/136284Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:07:37.356896Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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