Atividades práticas de educação ambiental: eficiência de aplicação aos alunos de ensino fundamental de São Vicente SP

• Autor(a) principal: Kriegler, Nicholas [UNESP]
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: Marques, Bruna Belletato [UNESP], Alfaia, Sthefany Rosa [UNESP], Pinheiro, Marcelo Antonio Amaro [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTcyMg==; http://hdl.handle.net/11449/146874
• topic: Atividades práticas; Educação ambiental; Manguezal

Como a primeira cidade brasileira, São Vicente se destaca por seu histórico cultural e pelos impactos antrópicos que poluíram seus ecossistemas e recursos naturais. A contaminação por resíduos sólidos, metais pesados e esgotos não tratados têm afetado seus ambientes costeiros, em especial os manguezais, que detém relevante importância ecológica e econômica. A educação ambiental é necessária à completa formação dos jovens como cidadãos conscientes, requerendo a abordagem de temas mais próximos a sua realidade, para uma melhor retenção do aprendizado. Nesse contexto, as atividades práticas ganham destaque, sendo uma forma mais dinâmica de abordagem desta realidade. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a eficiência da aplicação de atividades práticas de educação ambiental aos alunos de ensino fundamental, com possível indicação de temas de maior preferência. As atividades foram aplicadas a 99 alunos em dois dias (56 e 43 alunos, respectivamente), pertencentes à 5ª série do Ensino Fundamental. Na recepção, os alunos assistiram a uma palestra (20 min.), sendo apresentados a assuntos relacionados aos manguezais (importância, ecologia, fauna e flora). Em seguida os alunos foram divididos em 05 grupos, cada um deles coordenado por dois aplicadores, com uso de atividades classificadas segundo três diferentes temas ("sensibilização", "revisão de conhecimento" e "brincadeira") e rodízio para que todas as atividades pudessem ser realizadas. Na conclusão de cada atividade os alunos foram convidados a qualificarem sua preferência segundo uma das três categorias ("adorei", "indiferente" ou "detestei"), com discriminação dos votos por gênero. Ao final das aplicações diárias cada aluno recebeu um lanche com refresco, além da cartilha de educação ambiental sobre manguezais ("Gu & Gui e o Caranguejo-Uçá"). Não houve diferença significativa quanto à preferência entre os três temas propostos (ANOVA: F=1,90; p=0,15), embora as atividades relacionadas à "revisão de conhecimento" tenham ocorrido com expressivo percentual de votos favoráveis ("adorei" > 90%), quando confrontado aos demais temas avaliados ("adorei" < 80%). As atividades mais competitivas ("revisão de conhecimento"), com a organização de duas equipes e apenas uma delas vencedora, parece ter motivado mais a participação dos alunos. A atribuição das médias de notas aos alunos (0 a 10) foi significativamente maior nas meninas (9,4±0,1; CV=1,1%) do que nos meninos (8,8±0,6; CV=6,8%) (ANOVA: F=2,30; p=0,047), diferença esta não confirmada no confronto por tema de aplicação. As crianças julgaram as palestras importantes ao sucesso nas atividades práticas, com potencialização dos conhecimentos pela leitura e confecção das atividades lúdicas da cartilha.