Doses de nitrogênio, Azospirillum brasilense e variação hídrica no feijoeiro de inverno submetido à hormese por glyphosate em diferentes formulações

• Autor(a) principal: Silva, Juliano Costa da
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/180744
• topic: Phaseolus vulgaris L; Adubação nitrogenada; Herbicidas; Manejo da água; Subdoses; Nitrogen fertilization; Herbicides; Water management

A busca de respostas da hormese em cultivos agrícolas tem encontrado inúmeras dificuldades, principalmente no que diz respeito à repetitividade dos resultados, em especial, em condições de campo. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar o efeito hormético de glyphosate no feijoeiro submetido a diferentes condições de estresse abiótico em cultivos à campo. Os experimentos foram conduzidos em áreas experimentais da Fazenda de Ensino Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP, em LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico argiloso. Os tratamentos para análise da influência da adubação no efeito hormético constaram da combinação da adubação nitrogenada de cobertura em sucessão a aplicação de subdoses de glyphosate na cultura do feijão. Os tratamentos com uso de bactérias e glyphosate constituíram-se da aplicação de uma subdose de glyphosate em diferentes formulações posteriormente a aplicação em cobertura ou não de Azospirillum brasilense. Por fim, os tratamentos para avaliação da influência da água no efeito hormético se deu pela aplicação de subdoses de glyphosate e lâminas de irrigação sobre o desenvolvimento, componentes de produção e produtividade do feijoeiro de inverno em Sistema Plantio Direto. Para tal foi utilizada a cultivar IPR – 139 do IAPAR. Concluiu-se que houve estímulo do crescimento do feijoeiro com aplicação de subdoses de até 14,4 g e.a. ha-1 de glyphosate, no entanto, o mesmo não ocorreu na presença do N em cobertura. O teor de N foliar aumentou com as subdoses de 7,2 e 14,4 g e.a. ha-1, já para o S, o resultado foi o contrário, sendo reduzido nestas doses. Obteve-se efeito hormético na produtividade do feijoeiro com incrementos de até 500 kg ha-1 ou de 21% em relação à testemunha. O tempo de cocção foi alterado pelas subdoses de glyphosate, dependendo da quantidade de nitrogênio disponibilizado à cultura. Comprovou-se a hipótese de influência do nitrogênio na hormese em feijoeiro para a massa da matéria seca, os teores de nitrogênio e enxofre foliar, a produtividade de grãos e o tempo de cocção dos grãos. A inoculação via foliar com Azospirillum brasilense reduziu significativamente os componentes de produção do feijoeiro, porém, sem comprometer a produtividade de grãos. A subdose de 14,4 g e.a. ha-1 de glyphosate na formulação Roundup Original® propiciou maiores valores dos componentes de produção e produtividade do feijoeiro, atingindo ganhos da ordem de 20%. De maneira isolada, o glyphosate aplicado na formulação Zapp Qi® aumentou o tempo médio de cocção dos grãos de feijão. Foi confirmada a hipótese de que o fenômeno da hormese por glyphosate na produtividade do feijoeiro pode ser influenciado pela formulação do herbicida. É possível obter ganhos na massa da matéria seca do feijoeiro pelo uso da técnica de hormese por glyphosate em condições hídricas menores do que a recomendada para a cultura. A lâmina de água disponível à planta tem grande influência nos componentes vegetativos e produtivos do feijoeiro IPR-139 e as melhores produtividades foram obtidas com lâminas em torno de 66% da recomendada para a cultura.