Fronteira e população: um estudo sobre a formação de famílias no povoamento da região centro-oeste de São Paulo, século XIX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/103112 |
Resumo: | Este trabalho utiliza os recursos da Demografia Histórica para estudar os padrões familiares numa região de fronteira. A região oeste da Província de São Paulo, em sua área delimitada pelos rios Tietê e Paranapanema, foi a fronteira do povoamento durante boa parte do século XIX, área de conflitos entre a população indígena que ocupava aquela extensa faixa de terreno e os primeiros povoadores brancos que davam início à formação dos primeiros núcleos urbanos. A precariedade das condições de ocupação dos incipientes núcleos urbanos (ausência de um aparato administrativo, judiciário, educacional etc.) que apenas iniciavam a construção da estrutura institucional, aliada à instabilidade representada pelo perigo de ataques indígenas, dava à região características singulares, típicas, no entanto, de áreas de fronteira. Lençóes foi, durante a segunda metade do século XIX, o último núcleo urbano da fronteira, a chamada boca do sertão, ponto de apoio de expedições que demandavam o vasto território desconhecido da porção oeste da província. A análise dos registros paroquiais e cartoriais de Lençóes permitiu traçar um quadro da família na fronteira. Por ele, vemos que a ilegitimidade era baixa, menor do que em outras áreas que serviram de parâmetro, contrariando o que poderia se esperar para uma área de fronteira. Os batismos ocorriam em maior quantidade nos meses finais do ano (novembro e dezembro), seguidos pelo mês inicial, janeiro. Não havia acentuadas variações sazonais com relação aos batismos, embora os meses de outubro, fevereiro e março fossem aqueles de menor ocorrência. Enquanto o domingo era o dia preferido pelos pais para esta cerimônia, concentrando aproximadamente um terço delas, sexta era um dia a ser evitado. O apadrinhamento seguia uma estratégia: os pais escolhiam padrinhos numa faixa de renda superior à sua própria. Os... |
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Fronteira e população: um estudo sobre a formação de famílias no povoamento da região centro-oeste de São Paulo, século XIXDemografia da familiaMortalidadeSão Paulo (Estado) - Controle da natalidade - Século XIXFronteiraNatalidadeNupcialidadeLegitimidadeFrontierBirthBridalLegitimacyMortalityEste trabalho utiliza os recursos da Demografia Histórica para estudar os padrões familiares numa região de fronteira. A região oeste da Província de São Paulo, em sua área delimitada pelos rios Tietê e Paranapanema, foi a fronteira do povoamento durante boa parte do século XIX, área de conflitos entre a população indígena que ocupava aquela extensa faixa de terreno e os primeiros povoadores brancos que davam início à formação dos primeiros núcleos urbanos. A precariedade das condições de ocupação dos incipientes núcleos urbanos (ausência de um aparato administrativo, judiciário, educacional etc.) que apenas iniciavam a construção da estrutura institucional, aliada à instabilidade representada pelo perigo de ataques indígenas, dava à região características singulares, típicas, no entanto, de áreas de fronteira. Lençóes foi, durante a segunda metade do século XIX, o último núcleo urbano da fronteira, a chamada boca do sertão, ponto de apoio de expedições que demandavam o vasto território desconhecido da porção oeste da província. A análise dos registros paroquiais e cartoriais de Lençóes permitiu traçar um quadro da família na fronteira. Por ele, vemos que a ilegitimidade era baixa, menor do que em outras áreas que serviram de parâmetro, contrariando o que poderia se esperar para uma área de fronteira. Os batismos ocorriam em maior quantidade nos meses finais do ano (novembro e dezembro), seguidos pelo mês inicial, janeiro. Não havia acentuadas variações sazonais com relação aos batismos, embora os meses de outubro, fevereiro e março fossem aqueles de menor ocorrência. Enquanto o domingo era o dia preferido pelos pais para esta cerimônia, concentrando aproximadamente um terço delas, sexta era um dia a ser evitado. O apadrinhamento seguia uma estratégia: os pais escolhiam padrinhos numa faixa de renda superior à sua própria. Os...This work uses the Historical Demography resources to study the familiar standards in a frontier area. The west region of São Paulo Province, in its area delimitated by the Tietê and the Paranapanema rivers, was a frontier of the settlement during great part of the nineteenth century, area of conflicts between the indigenous people that occupied that large region of land and the first white settlers that started the formation of the first urban nuclei. The precarious conditions of the incipient urban nuclei’s occupation (absence from administrative, judicial and educational help etc.) that just began the construction of the institutional structure, allied to the instability represented by danger of indigenous attacks, gave the region singular features, typical, however, of the frontier areas. Lençóes was, during the second half of the nineteenth century, the last urban nucleus of the frontier, the backwoods mouth as it was called, support place of expeditions that demanded the vast unknown territory of the province west portion. The analysis of the parish and registry office Lençóes last registers allowed us to draw a family description in the frontier. Because of this description, we can see that the illegitimacy was low, less than in other areas that were used as a parameter, going against what people could expect from a frontier area. The baptisms used to take place, in a bigger amount, in the final months of the year (November and December), followed by the initial month, January. There weren’t accentuate seasonal variations related to the baptisms, although October, February and March were those months with less occurrence. While Sunday was the perfect day for this ceremony, considered by the parents, Friday was a day to avoid, concentrating approximately a third of them. Parents had to follow a strategy in order to choose the godparents: they used to choose people whose ... (Complete abstract click electronic access below)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Costa, Dora Isabel Paiva da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fernandes, Edson [UNESP]2014-06-11T19:32:23Z2014-06-11T19:32:23Z2008-06-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis168 f. : mapas, gráfs., tabs., fots.application/pdfFERNANDES, Edson. Fronteira e população: um estudo sobre a formação de famílias no povoamento da região centro-oeste de São Paulo, século XIX. 2008. 168 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de História, Direito e Serviço Social, 2008.http://hdl.handle.net/11449/103112000592761fernandes_e_dr_fran.pdf33004072013P0Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-26T18:54:27Zoai:repositorio.unesp.br:11449/103112Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:50:10.112543Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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