Artivismo: uma revolução híbrida permanente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/251218 |
Resumo: | A presente Tese de Doutorado foi desenvolvida em duas vertentes: teórica, com estudos sobre Artivismo; e criativa, com a realização de uma prática artivista deste pesquisador, tanto individualmente quanto coletivamente junto ao grupo Coletivo Ateliê 308. A pesquisa teórica investigou o princípio híbrido do Artivismo, no contexto do “Hibridismo em Artes”, das “Hibridações de Meios, Sistemas e Poéticas” e “Heurística Híbrida” das pesquisas de Agnus Valente, aplicando esses conceitos para investigar a hibridação de Arte e Política, inerente ao Artivismo, bem como as hibridações desenvolvidas no processo de criação de artivistas e coletivos artivistas, pela multiplicidade de meios e linguagens articulada em suas ações, e pela tendência à criação coletiva, resultando na percepção de que uma das forças revolucionárias do Artivismo reside em seu caráter híbrido. O texto apresenta uma reflexão sobre o Artivismo dentro do panorama contemporâneo, tendo como ponto de partida a frase “A revolução não será televisionada” da canção de Scott Heron, cuja apropriação por vários grupos em diferentes momentos de embate sociopolítico revelam a necessidade recorrente da conjunção de Arte e Política. A pesquisa investiga a evolução dos espaços de trabalho, com um levantamento histórico das formas primitivas de ateliê até os dias atuais, apontando o caráter político da transferência do ateliê do espaço privado para o público. Os conceitos de “Campo Ampliado” de Rosalind Krauss e “Não-lugar” de Marc Augé embasam as reflexões sobre o lugar do ateliê e de outros espaços na produção atual, considerando o urbano e, sobretudo, o virtual como espaços de atuação por excelência do Artivismo Contemporâneo. Nessa perspectiva, apresenta estudos de caso de ações que estabelecem relações entre uma poética artivista e formas híbridas de produção, tendo como referência intervenções urbanas na Ocupação Prestes Maia, e o caráter contestatório da Arte Correio, com foco no contexto histórico-político de suas atividades. A pesquisa artística pautou-se por ações artivistas de intervenção urbana do Coletivo Ateliê 308 em Guarulhos. Tendo como referência a Teoria da Deriva de Guy Débord e os conceitos de “Campo Ampliado”, de “Não-Lugar’, já mencionados, e de “Estética Relacional” de Bourriaud, as ações evocam histórias narradas, invisibilidade, apagamento e memória, através de desenhos, pinturas e gravuras produzidos durante as derivas, articulando o acesso híbrido das obras nas ruas da cidade com QR-Codes e vídeos hospedados na internet que podem ser acessados por todos e de qualquer lugar. Em suma, considerando sua importância na atualidade, parece-nos que o Artivismo vem se configurando como uma nova Área de Conhecimento, não pertencendo nem à área de Artes e nem de Política, ou Ciências Políticas, uma vez que pelo amálgama da hibridação de Arte e Ativismo, representado de forma inseparável no neologismo, o conceito não se enquadra adequadamente em nenhuma das áreas específic |
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A presente Tese de Doutorado foi desenvolvida em duas vertentes: teórica, com estudos sobre Artivismo; e criativa, com a realização de uma prática artivista deste pesquisador, tanto individualmente quanto coletivamente junto ao grupo Coletivo Ateliê 308. A pesquisa teórica investigou o princípio híbrido do Artivismo, no contexto do “Hibridismo em Artes”, das “Hibridações de Meios, Sistemas e Poéticas” e “Heurística Híbrida” das pesquisas de Agnus Valente, aplicando esses conceitos para investigar a hibridação de Arte e Política, inerente ao Artivismo, bem como as hibridações desenvolvidas no processo de criação de artivistas e coletivos artivistas, pela multiplicidade de meios e linguagens articulada em suas ações, e pela tendência à criação coletiva, resultando na percepção de que uma das forças revolucionárias do Artivismo reside em seu caráter híbrido. O texto apresenta uma reflexão sobre o Artivismo dentro do panorama contemporâneo, tendo como ponto de partida a frase “A revolução não será televisionada” da canção de Scott Heron, cuja apropriação por vários grupos em diferentes momentos de embate sociopolítico revelam a necessidade recorrente da conjunção de Arte e Política. A pesquisa investiga a evolução dos espaços de trabalho, com um levantamento histórico das formas primitivas de ateliê até os dias atuais, apontando o caráter político da transferência do ateliê do espaço privado para o público. Os conceitos de “Campo Ampliado” de Rosalind Krauss e “Não-lugar” de Marc Augé embasam as reflexões sobre o lugar do ateliê e de outros espaços na produção atual, considerando o urbano e, sobretudo, o virtual como espaços de atuação por excelência do Artivismo Contemporâneo. Nessa perspectiva, apresenta estudos de caso de ações que estabelecem relações entre uma poética artivista e formas híbridas de produção, tendo como referência intervenções urbanas na Ocupação Prestes Maia, e o caráter contestatório da Arte Correio, com foco no contexto histórico-político de suas atividades. A pesquisa artística pautou-se por ações artivistas de intervenção urbana do Coletivo Ateliê 308 em Guarulhos. Tendo como referência a Teoria da Deriva de Guy Débord e os conceitos de “Campo Ampliado”, de “Não-Lugar’, já mencionados, e de “Estética Relacional” de Bourriaud, as ações evocam histórias narradas, invisibilidade, apagamento e memória, através de desenhos, pinturas e gravuras produzidos durante as derivas, articulando o acesso híbrido das obras nas ruas da cidade com QR-Codes e vídeos hospedados na internet que podem ser acessados por todos e de qualquer lugar. Em suma, considerando sua importância na atualidade, parece-nos que o Artivismo vem se configurando como uma nova Área de Conhecimento, não pertencendo nem à área de Artes e nem de Política, ou Ciências Políticas, uma vez que pelo amálgama da hibridação de Arte e Ativismo, representado de forma inseparável no neologismo, o conceito não se enquadra adequadamente em nenhuma das áreas específic |
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