A percepção dos gestores sobre o Programa Ensino Integral (PEI): inovação ou reinvenção?

• Autor(a) principal: Ulloffo, Renan Moreira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/216007
• topic: Programa Ensino Integral; Gestão escolar; Diretor; Vice-diretor; Professor coordenador geral; Inovações; Integral Education Program; School management; Director; Vice director; General coordinating professor; Innovations

O trabalho em tela foi desenvolvido no âmbito do Grupo de Pesquisa Formação de Professores e Práticas de Ensino na Educação Básica e Superior (FPPEEBS), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Vincula-se a uma pesquisa maior intitulada Rede de Pesquisa e Formação sobre Educação Integral: experiências, movimentos, inovação e desafios contemporâneos (RINALDI, 2016). Teve como principal objetivo analisar a configuração e as possíveis inovações do Programa Ensino Integral (PEI) a partir da ótica dos gestores, tomando o caso particular das escolas estaduais do município de Presidente Prudente, SP. O delineamento metodológico da investigação se pautou na abordagem qualitativa, por meio da pesquisa bibliográfica e documental; e da pesquisa de campo, desenvolvida em três (3) escolas que fazem parte do Programa Ensino Integral (PEI) do estado de São Paulo e com a participação de oito (8) profissionais da educação que atuam na equipe de gestão escolar, a saber: diretor, vice-diretor e professor coordenador geral. Os principais instrumentos de coleta de dados na pesquisa de campo foram o questionário e a entrevista semiestruturada. O procedimento de análise dos dados se pautou na perspectiva descritivo-interpretativa. Como resultado, verificamos que o programa trouxe muitas mudanças durante seu desenvolvimento, tais como: mudanças físicas, significações e ressignificações na aprendizagem dos alunos, comprometimento e compromisso dos profissionais, parceria com a família e comunidade, a disciplina discente, entre outras de igual relevância educacional. Identificamos algumas inovações no PEI, no que se refere: a estrutura da escola com a inserção de tecnologias, laboratórios, entre outros recursos materiais, currículo interdisciplinar, a formação dos profissionais no que tange à docência, regime de dedicação em uma mesma escola Regime de Dedicação Plena Integral (RDPI), protagonismo nas ações dos alunos, comprometimento relacional, entre outras inovações de tamanha importância. Entretanto, como todo sistema educacional que depende de sistemas e políticas educacionais, apresentou também algumas fragilidades, como: falta de recursos humanos e financeiros, falta de manutenção, falta de verba pública, sobrecarga de trabalho docente, entre outros. Por fim, em linhas gerais, a partir da percepção que os gestores têm do programa, foi possível verificar que o PEI trouxe uma melhoria na educação dos alunos, por exemplo, com o elevado índice de desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP), os avanços em infraestrutura e valorização do trabalho da equipe pedagógica (professores e profissionais da educação), todavia é necessário o constante estudo sobre o objeto, ou seja, um olhar direcionado às fragilidades – que já se tornam expressivos pela fala dos participantes da pesquisa – evitando que um programa com grande impacto educacional como esse perca seu principal objetivo que é o de educar e formar um jovem autônomo, solidário e competente.