Discopatia cervical no cão: tratamento cirúrgico através de fenestração ventral. Estudo retrospectivo (1986-1997)
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84781999000100014 http://hdl.handle.net/11449/29229 |
Resumo: | Aproximadamente, 15% das discopatias em cães acometem a região cervical, sendo a dor o principal sinal clínico. Descreve-se a ocorrência de protrusão de disco cervical em 17 cães, agrupados segundo a raça, sexo, peso, idade, assim como a distribuição quanto à duração dos sintomas, acometimento dos discos intervertebrais (DIV), tempo de recuperação e porcentagem de sucesso, em relação à condição neurológica presente antes da cirurgia. A raça Dachshund representou 29,5% (n=5), cães sem raça definida, Poodle e Cocker Spaniel Inglês, 17,6% cada (n=9), Pinscher, 11,8% (n=2) e Dálmata, 5,9% (n=1). Destes, 58,8% eram machos (n=10) e 41,2%, fêmeas (n=7), com peso entre 2 e 29kg, e idade média igual a 5,8 anos. O quadro neurológico desses animais correspondia à dor e ataxia, com exceção de um cão Dálmata, 11 anos de idade, que apresentava tetraparesia. A duração dos sinais variou de 2 a 90 dias. Os DIV mais acometidos foram C2/3 (40%), C3/4 (25%), C4/5 (15%), C5/6 (10%) e C6/7 (10%), sendo que alguns animais apresentavam lesões múltiplas. O procedimento foi padrão para todos os animais, através da fenestração e curetagem de todos os DIV abordados pelo acesso ventral, ou seja, de C2/3 até C6/7, empregando-se para isso instrumental usado para remoção de tártaro dentário (curetas Gracey, curetas McCall, extratores de tártaro S.S.White e McCall). O tempo médio de recuperação foi de 9 a 38 dias, sendo que 100% deles recuperaram totalmente as funções neurológicas. Conclui-se que a fenestração ventral apresenta excelentes resultados no tratamento das discopatias cervicais, desde que bem selecionados os pacientes, inclusive, com respeito aos diagnósticos diferenciais. |
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Discopatia cervical no cão: tratamento cirúrgico através de fenestração ventral. Estudo retrospectivo (1986-1997)Cervical disk disease: surgical treatment through ventral fenestration. Retrospective study (1986-1997)cervical disk diseaseventral fenestrationDogdiscopatia cervicalfenestração ventralCãoAproximadamente, 15% das discopatias em cães acometem a região cervical, sendo a dor o principal sinal clínico. Descreve-se a ocorrência de protrusão de disco cervical em 17 cães, agrupados segundo a raça, sexo, peso, idade, assim como a distribuição quanto à duração dos sintomas, acometimento dos discos intervertebrais (DIV), tempo de recuperação e porcentagem de sucesso, em relação à condição neurológica presente antes da cirurgia. A raça Dachshund representou 29,5% (n=5), cães sem raça definida, Poodle e Cocker Spaniel Inglês, 17,6% cada (n=9), Pinscher, 11,8% (n=2) e Dálmata, 5,9% (n=1). Destes, 58,8% eram machos (n=10) e 41,2%, fêmeas (n=7), com peso entre 2 e 29kg, e idade média igual a 5,8 anos. O quadro neurológico desses animais correspondia à dor e ataxia, com exceção de um cão Dálmata, 11 anos de idade, que apresentava tetraparesia. A duração dos sinais variou de 2 a 90 dias. Os DIV mais acometidos foram C2/3 (40%), C3/4 (25%), C4/5 (15%), C5/6 (10%) e C6/7 (10%), sendo que alguns animais apresentavam lesões múltiplas. O procedimento foi padrão para todos os animais, através da fenestração e curetagem de todos os DIV abordados pelo acesso ventral, ou seja, de C2/3 até C6/7, empregando-se para isso instrumental usado para remoção de tártaro dentário (curetas Gracey, curetas McCall, extratores de tártaro S.S.White e McCall). O tempo médio de recuperação foi de 9 a 38 dias, sendo que 100% deles recuperaram totalmente as funções neurológicas. Conclui-se que a fenestração ventral apresenta excelentes resultados no tratamento das discopatias cervicais, desde que bem selecionados os pacientes, inclusive, com respeito aos diagnósticos diferenciais.Approximately 15% of canine disk disease affects the cervical region, with pain being the most significant sign. The authors describe the ocurrence of cervical disk protrusion in 17 dogs, grouped according to the breed, sex, weight, age, duration of symptoms, disk involvement, time elapsed to recuperation after surgery and results. Dachshund represented 29.5% (n=5), mixed-breed dogs, Miniature Poodle and English Cocker Spaniel, 17.6% each (n=9), Miniature Pinscher, 11.8% (n=2) and Dalmatian, 5.9% (n=1). Fifty-eight per cent were males. Weight varied from 2 to 29kg. Mean age at presentation was 5.8 years. All dogs presented neck pain and various degrees of ataxia, exception of one dog that was tetraparetic at time of clinical exam. Duration of clinical signs varied from 2 to 90 days. Intervertebral disks more commonly affected were C2/3 (40%), C3/4 (25%), C4/5 (15%), C5/6 (10%) e C6/7 (10%); some animals presented multifocal involvement. Ventral cervical fenestration was performed in disks C2/3 to C6/7, using tartar scrapers for curetage. Mean time for recuperation was beetwen 9 and 38 days, with 100% of success regarding sensory-motor function. It is concluded that ventral fenestration provides excelent results for the treatment of cervical disk disease, considering case selection.Universidade Estadual de São Paulo Faculdade de Ciências Agrárias e VeterináriasUniversidade Estadual de São Paulo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Área de concentração em Cirurgia VeterináriaUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Padilha Filho, João Guilherme [UNESP]Selmi, André Luis [UNESP]2014-05-20T15:14:33Z2014-05-20T15:14:33Z1999-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article75-78application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0103-84781999000100014Ciência Rural. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), v. 29, n. 1, p. 75-78, 1999.0103-8478http://hdl.handle.net/11449/2922910.1590/S0103-84781999000100014S0103-84781999000100014S0103-84781999000100014.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCiência Rural0.5250,337info:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-06T14:11:13Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29229Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:29:55.630525Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Aproximadamente, 15% das discopatias em cães acometem a região cervical, sendo a dor o principal sinal clínico. Descreve-se a ocorrência de protrusão de disco cervical em 17 cães, agrupados segundo a raça, sexo, peso, idade, assim como a distribuição quanto à duração dos sintomas, acometimento dos discos intervertebrais (DIV), tempo de recuperação e porcentagem de sucesso, em relação à condição neurológica presente antes da cirurgia. A raça Dachshund representou 29,5% (n=5), cães sem raça definida, Poodle e Cocker Spaniel Inglês, 17,6% cada (n=9), Pinscher, 11,8% (n=2) e Dálmata, 5,9% (n=1). Destes, 58,8% eram machos (n=10) e 41,2%, fêmeas (n=7), com peso entre 2 e 29kg, e idade média igual a 5,8 anos. O quadro neurológico desses animais correspondia à dor e ataxia, com exceção de um cão Dálmata, 11 anos de idade, que apresentava tetraparesia. A duração dos sinais variou de 2 a 90 dias. Os DIV mais acometidos foram C2/3 (40%), C3/4 (25%), C4/5 (15%), C5/6 (10%) e C6/7 (10%), sendo que alguns animais apresentavam lesões múltiplas. O procedimento foi padrão para todos os animais, através da fenestração e curetagem de todos os DIV abordados pelo acesso ventral, ou seja, de C2/3 até C6/7, empregando-se para isso instrumental usado para remoção de tártaro dentário (curetas Gracey, curetas McCall, extratores de tártaro S.S.White e McCall). O tempo médio de recuperação foi de 9 a 38 dias, sendo que 100% deles recuperaram totalmente as funções neurológicas. Conclui-se que a fenestração ventral apresenta excelentes resultados no tratamento das discopatias cervicais, desde que bem selecionados os pacientes, inclusive, com respeito aos diagnósticos diferenciais. |
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