O grupo de alfabetização Paulo Freire e seu trabalho na Cadeia Pública de Franca-SP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Cidadania_e_Direitos_Humanos/Trabalho02.htm http://hdl.handle.net/11449/148196 |
Resumo: | GAPAF é um grupo de extensão universitária da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP Câmpus de Franca , que desenvolve um trabalho referente a educação na cadeia pública da cidade. Os integrantes da equipe são 14 alunos da graduação e pós-graduação dos cursos oferecidos pela faculdade (História, Direito e Serviço Social ) e possui coordenação de uma professora do departamento de Serviço Social . A iniciativa possui os objetivos de : - Contribuir com a luta pelos direitos humanos; - Promover a formação e sensibilização do estudante universitário para o trabalho com a comunidade e com a realidade prisional; - Desenvolver uma ação educativa e uma reflexão pedagógica embasadas na tendências crítico- progressista O início do projeto deu-se em abril de1998, desde então passou-se para a preparação teórico- metodológica (oficinas pedagógicas, leitura , discussões grupais, etc.),visando a implementação efetiva do trabalho na cadeia . Definiu-se para o desenvolvimento do projeto a utilização do sistema Paulo Freire, que visa além de alfabetizar, propiciar a auto-apropriação da consciência crítica através de discussões grupais; seu pressuposto teórico baseia-se na construção da aula em conjunto com o educando e a partir de sua realidade concreta . A efetivação das aulas ocorreu em agosto do mesmo ano (1998), momento em que ministrou-se a alfabetização . Com o desenrolar do processo de ensino - aprendizagem e a vivência na cadeia, notou-se em 1999, a demanda de grande parcela de presidiários, pelo oferecimento de cursos posteriores à alfabetização; a partir daí elaborou-se três níveis de ensino: alfabetização, intermediário e avançado . Assim para a realização do trabalho, a organização ocorre da seguinte forma : o grupo se divide em duplas ou trios, que são fixos, assim como suas respectivas turmas. Atualmente o projeto conta com seis turmas de alunos presos; onde cada turma assiste uma aula semanal com duração de duas horas . Porém, é necessário citar que a trajetória inicial enfrentou inúmeras dificuldades, tais como: a compreensão plena da sistema utilizado - Paulo Freire; a intensa rotatividade interna dos presos, a ausência de recursos financeiros e questões infra-estruturais . Entretanto, atualmente o GAPAF conta com o apoio do Conselho da Comunidade de Franca (orgão composto por : juíz da vara de execuções criminais, promotor de justiça, entidades religiosas, representantes do Comércio e Indústria e profissionais da área social e jurídica ), do Departamento de Serviço Social da FHDSS e da PROEX/UNESP, que auxilia as atividades através de bolsas. Considerando todo o processo relatado anteriormente, é possível observar que o resultado da iniciativa de educação de presidiários tem sido extremamente favorável frente a comunidade francana, pois têm mobilizado a opinião pública no que diz respeito à realidade prisional, direitos humanos, além da repercussão e exemplo à comunidade unespiana local e de outros câmpus. |
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O grupo de alfabetização Paulo Freire e seu trabalho na Cadeia Pública de Franca-SPGAPAF é um grupo de extensão universitária da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP Câmpus de Franca , que desenvolve um trabalho referente a educação na cadeia pública da cidade. Os integrantes da equipe são 14 alunos da graduação e pós-graduação dos cursos oferecidos pela faculdade (História, Direito e Serviço Social ) e possui coordenação de uma professora do departamento de Serviço Social . A iniciativa possui os objetivos de : - Contribuir com a luta pelos direitos humanos; - Promover a formação e sensibilização do estudante universitário para o trabalho com a comunidade e com a realidade prisional; - Desenvolver uma ação educativa e uma reflexão pedagógica embasadas na tendências crítico- progressista O início do projeto deu-se em abril de1998, desde então passou-se para a preparação teórico- metodológica (oficinas pedagógicas, leitura , discussões grupais, etc.),visando a implementação efetiva do trabalho na cadeia . Definiu-se para o desenvolvimento do projeto a utilização do sistema Paulo Freire, que visa além de alfabetizar, propiciar a auto-apropriação da consciência crítica através de discussões grupais; seu pressuposto teórico baseia-se na construção da aula em conjunto com o educando e a partir de sua realidade concreta . A efetivação das aulas ocorreu em agosto do mesmo ano (1998), momento em que ministrou-se a alfabetização . Com o desenrolar do processo de ensino - aprendizagem e a vivência na cadeia, notou-se em 1999, a demanda de grande parcela de presidiários, pelo oferecimento de cursos posteriores à alfabetização; a partir daí elaborou-se três níveis de ensino: alfabetização, intermediário e avançado . Assim para a realização do trabalho, a organização ocorre da seguinte forma : o grupo se divide em duplas ou trios, que são fixos, assim como suas respectivas turmas. Atualmente o projeto conta com seis turmas de alunos presos; onde cada turma assiste uma aula semanal com duração de duas horas . Porém, é necessário citar que a trajetória inicial enfrentou inúmeras dificuldades, tais como: a compreensão plena da sistema utilizado - Paulo Freire; a intensa rotatividade interna dos presos, a ausência de recursos financeiros e questões infra-estruturais . Entretanto, atualmente o GAPAF conta com o apoio do Conselho da Comunidade de Franca (orgão composto por : juíz da vara de execuções criminais, promotor de justiça, entidades religiosas, representantes do Comércio e Indústria e profissionais da área social e jurídica ), do Departamento de Serviço Social da FHDSS e da PROEX/UNESP, que auxilia as atividades através de bolsas. Considerando todo o processo relatado anteriormente, é possível observar que o resultado da iniciativa de educação de presidiários tem sido extremamente favorável frente a comunidade francana, pois têm mobilizado a opinião pública no que diz respeito à realidade prisional, direitos humanos, além da repercussão e exemplo à comunidade unespiana local e de outros câmpus.Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX UNESP)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Serviço Social, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de FrancaUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Serviço Social, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de FrancaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Sant'ana, Raquel dos Santos [UNESP]2017-01-18T15:46:11Z2017-01-18T15:46:11Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Cidadania_e_Direitos_Humanos/Trabalho02.htmhttp://hdl.handle.net/11449/148196PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-25T21:05:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148196Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:51:04.216676Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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GAPAF é um grupo de extensão universitária da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP Câmpus de Franca , que desenvolve um trabalho referente a educação na cadeia pública da cidade. Os integrantes da equipe são 14 alunos da graduação e pós-graduação dos cursos oferecidos pela faculdade (História, Direito e Serviço Social ) e possui coordenação de uma professora do departamento de Serviço Social . A iniciativa possui os objetivos de : - Contribuir com a luta pelos direitos humanos; - Promover a formação e sensibilização do estudante universitário para o trabalho com a comunidade e com a realidade prisional; - Desenvolver uma ação educativa e uma reflexão pedagógica embasadas na tendências crítico- progressista O início do projeto deu-se em abril de1998, desde então passou-se para a preparação teórico- metodológica (oficinas pedagógicas, leitura , discussões grupais, etc.),visando a implementação efetiva do trabalho na cadeia . Definiu-se para o desenvolvimento do projeto a utilização do sistema Paulo Freire, que visa além de alfabetizar, propiciar a auto-apropriação da consciência crítica através de discussões grupais; seu pressuposto teórico baseia-se na construção da aula em conjunto com o educando e a partir de sua realidade concreta . A efetivação das aulas ocorreu em agosto do mesmo ano (1998), momento em que ministrou-se a alfabetização . Com o desenrolar do processo de ensino - aprendizagem e a vivência na cadeia, notou-se em 1999, a demanda de grande parcela de presidiários, pelo oferecimento de cursos posteriores à alfabetização; a partir daí elaborou-se três níveis de ensino: alfabetização, intermediário e avançado . Assim para a realização do trabalho, a organização ocorre da seguinte forma : o grupo se divide em duplas ou trios, que são fixos, assim como suas respectivas turmas. Atualmente o projeto conta com seis turmas de alunos presos; onde cada turma assiste uma aula semanal com duração de duas horas . Porém, é necessário citar que a trajetória inicial enfrentou inúmeras dificuldades, tais como: a compreensão plena da sistema utilizado - Paulo Freire; a intensa rotatividade interna dos presos, a ausência de recursos financeiros e questões infra-estruturais . Entretanto, atualmente o GAPAF conta com o apoio do Conselho da Comunidade de Franca (orgão composto por : juíz da vara de execuções criminais, promotor de justiça, entidades religiosas, representantes do Comércio e Indústria e profissionais da área social e jurídica ), do Departamento de Serviço Social da FHDSS e da PROEX/UNESP, que auxilia as atividades através de bolsas. Considerando todo o processo relatado anteriormente, é possível observar que o resultado da iniciativa de educação de presidiários tem sido extremamente favorável frente a comunidade francana, pois têm mobilizado a opinião pública no que diz respeito à realidade prisional, direitos humanos, além da repercussão e exemplo à comunidade unespiana local e de outros câmpus. |
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