Anglicismos na administração de empresas: reflexões cognitivistas sobre motivações de uso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/151930 |
Resumo: | O presente trabalho estuda uso de anglicismos no domínio discursivo da Administração de Empresas. A investigação conduzida tem seu foco no fato de que alguns termos em inglês têm traduções consolidadas e bem aceitas pelos falantes brasileiros, e outros, simplesmente, são utilizados em sua forma nativa, com ortografia, sentido e, muitas vezes, pronúncia originais. A escolha do tema foi motivada pela experiência do autor como discente no curso de MBA em Gestão Empresarial. Nesse contexto, tanto nas interações em sala de aula com professores e colegas, quanto em contato com a bibliografia da área, constatou-se que há grande influência da cultura norte-americana nas práticas gerenciais atuais e, consequentemente, da língua inglesa na literatura correlata. Ademais, em levantamento bibliográfico acerca do tema desta dissertação, foram encontrados artigos de periódicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, na área da Linguística, que contemplavam os domínios discursivos de Jornalismo, Informática e Economia, entre outros, mas foi constatada a uma lacuna no que se refere à Administração de Empresas. O arcabouço teórico que sustenta este trabalho está fundamentado na visão cognitivista de língua, que a entende como um sistema simbólico que serve à interação humana e a considera um sistema adaptativo complexo. Nesta dissertação apresentamos reflexões sobre o uso de dez anglicismos no contexto da Administração. As análises, de maneira geral, endossam a teoria de que essas palavras se fizeram presentes no português para suprir necessidades comunicativas interacionais de seus falantes. Na perspectiva de língua como sistema adaptativo complexo, percebemos que os atratores economia e sentido servem de agente motivador de uso de todos os itens estudados. Em decorrência desses atratores, há benefícios no fator ergonomia, já que os anglicismos tornam a comunicação mais fluida e amigável, à medida que limpam do texto explicações excessivas e elementos como remissões ou notas de rodapé. Outro ponto marcante destas reflexões foi a observação do fato de que, nesse domínio, na maioria das vezes, os anglicismos chegam ao português pela classe dos substantivos, e costumam denominar processos. Desse modo, o esquema de imagem de CONTÊINER (CONTAINER), se mostrou muito produtivo em vários casos. Este estudo encontrou legitimação linguística para não apenas para o uso de anglicismos, mas de empréstimos e estrangeirismos de qualquer origem, não apenas no domínio da Administração, mas no português como um todo. Apesar de existirem, em alguns momentos, razões culturais e ideológicas para a escolha de palavras, este trabalho trouxe como contribuição a constatação de que, no uso real da língua, o falante busca, acima de outras coisas, assegurar a informatividade de seus enunciados, e para isso, recorre, quando necessário, a empréstimos e estrangeirismos. |
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Anglicismos na administração de empresas: reflexões cognitivistas sobre motivações de usoAnglicisms in Business Administration: cognitivist and functional reflections on motivations behind their useLinguística cognitivaAdministraçãoAnglicismosAtratores estranhosEsquemas de imagemCognitive linguisticsBusiness administrationAnglicismsStrange attractorsImage schemesO presente trabalho estuda uso de anglicismos no domínio discursivo da Administração de Empresas. A investigação conduzida tem seu foco no fato de que alguns termos em inglês têm traduções consolidadas e bem aceitas pelos falantes brasileiros, e outros, simplesmente, são utilizados em sua forma nativa, com ortografia, sentido e, muitas vezes, pronúncia originais. A escolha do tema foi motivada pela experiência do autor como discente no curso de MBA em Gestão Empresarial. Nesse contexto, tanto nas interações em sala de aula com professores e colegas, quanto em contato com a bibliografia da área, constatou-se que há grande influência da cultura norte-americana nas práticas gerenciais atuais e, consequentemente, da língua inglesa na literatura correlata. Ademais, em levantamento bibliográfico acerca do tema desta dissertação, foram encontrados artigos de periódicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, na área da Linguística, que contemplavam os domínios discursivos de Jornalismo, Informática e Economia, entre outros, mas foi constatada a uma lacuna no que se refere à Administração de Empresas. O arcabouço teórico que sustenta este trabalho está fundamentado na visão cognitivista de língua, que a entende como um sistema simbólico que serve à interação humana e a considera um sistema adaptativo complexo. Nesta dissertação apresentamos reflexões sobre o uso de dez anglicismos no contexto da Administração. As análises, de maneira geral, endossam a teoria de que essas palavras se fizeram presentes no português para suprir necessidades comunicativas interacionais de seus falantes. Na perspectiva de língua como sistema adaptativo complexo, percebemos que os atratores economia e sentido servem de agente motivador de uso de todos os itens estudados. Em decorrência desses atratores, há benefícios no fator ergonomia, já que os anglicismos tornam a comunicação mais fluida e amigável, à medida que limpam do texto explicações excessivas e elementos como remissões ou notas de rodapé. Outro ponto marcante destas reflexões foi a observação do fato de que, nesse domínio, na maioria das vezes, os anglicismos chegam ao português pela classe dos substantivos, e costumam denominar processos. Desse modo, o esquema de imagem de CONTÊINER (CONTAINER), se mostrou muito produtivo em vários casos. Este estudo encontrou legitimação linguística para não apenas para o uso de anglicismos, mas de empréstimos e estrangeirismos de qualquer origem, não apenas no domínio da Administração, mas no português como um todo. Apesar de existirem, em alguns momentos, razões culturais e ideológicas para a escolha de palavras, este trabalho trouxe como contribuição a constatação de que, no uso real da língua, o falante busca, acima de outras coisas, assegurar a informatividade de seus enunciados, e para isso, recorre, quando necessário, a empréstimos e estrangeirismos.This dissertation studies the use of anglicisms (English loanwords used in texts written in Portuguese) in the discursive field of Business Administration. This research is focuses on the fact that some English terms have translations that are well accepted by Brazilian speakers, and others are simply used in their native forms. The choice of subject was motivated by the author's experience as an MBA student. In this context, both in classroom interactions with professors and peers, as well as in the literature of the area, it was found that there is great influence of American culture on current management practices and hence the English language. In addition, in the literature concerning the theme of this dissertation, we have found journal articles, dissertations and doctoral theses in the field of linguistics, which contemplated the discursive fields of journalism, computer science and economics, among others, but there was a gap in regard to Business Administration. The theoretical framework that supports this work is based on the cognitive view of language. It approaches language a symbolic system that underpins human interactions and considers it a complex adaptive system. In this research, we present reflections on the use of ten anglicisms in the context of management. The analysis, in general, endorses the theory that these words were used in Portuguese to meet interactional communicative needs of its speakers. From the perspective of language as a complex adaptive system, we realize that the attractors economy and meaning serve as motivators to use all studied items. As a result of these attractors, there are benefits in text ergonomics, since the anglicisms make communication more fluid and reader-friendly, once they make excessive explanations and text elements as references or footnotes unnecessary. Another remarkable point of these reflections was the observation of the fact that, in this area, most of the time, the anglicisms play the role of nouns, and often refer to management processes. Thus, the image schema of CONTAINER proved to be very productive in several cases. This study found linguistic legitimacy not only for the use of anglicisms, but loanwords from any other language, not just in the field of Busines Administration, but in the Portuguese language as a whole. Although there are, at times, cultural and ideological reasons for the choice of words, this work brought as a contribution the realization that, in actual use of the language, speakers seeks, above other things, to ensure the informativeness of statements, and for that reason, they resort to loanwords when necessary.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Abreu, Antônio Suárez [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santa Maria, Alexandre Bueno [UNESP]2017-10-18T19:34:08Z2017-10-18T19:34:08Z2017-08-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15193000089324933004030009P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-13T14:06:45Zoai:repositorio.unesp.br:11449/151930Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:35:32.677808Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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