Relação de custo/benefício na interação entre a aranha Peucetia flava (Oxyopidae) e a planta Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae)
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/87617 |
Resumo: | Até dez espécies de aranhas do gênero Peucetia (Oxyopidae), incluindo duas espécies sul-americanas, P. flava e P. rubrolineata, vivem associadas a várias espécies de plantas com tricomas glandulares nas regiões Neotropical, Paleártica, Neártica e Afrotropical; estas associações provavelmente evoluíram porque insetos aderidos aos tricomas glandulares podem ser utilizados como fonte de alimento pelas aranhas. Na região noroeste do estado de São Paulo, indivíduos de P. flava ocorrem estritamente sobre a planta com tricomas glandulares Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae). Neste sistema nós desenvolvemos experimentos para testar quais os custos e benefícios de P. flava para R. dichotoma e se há condicionalidade nestas associações. Além disso, testamos o papel dos tricomas glandulares como mediadores destas associações aranhas-plantas. Nós observamos que estas aranhas atuam como guarda-costas das plantas e que este efeito é temporalmente condicional; forças base-topo minimizam os efeitos das aranhas durante o período chuvoso. Além disso, estas aranhas indiretamente aumentaram a aptidão da planta pela redução do número de botões inviáveis. Os tricomas glandulares podem ter uma função análoga ao de uma teia pela retenção de presas. As aranhas preferem plantas com tricomas glandulares intactos e permanecem mais tempo sobre estas do que em plantas com tricomas glandulares removidos. Análises isotópicas de 15N mostraram que estas aranhas podem se alimentar tanto de insetos vivos como de carcaças de insetos aderidos aos tricomas glandulares, exibindo hábitos carniceiros. Estes resultados demonstram que esta associação é um mutualismo facultativo. |
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Relação de custo/benefício na interação entre a aranha Peucetia flava (Oxyopidae) e a planta Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae)Aranha - EcologiaEcologia animalMutualismoTricomas glandularesPeucetiaAnimal ecologyAté dez espécies de aranhas do gênero Peucetia (Oxyopidae), incluindo duas espécies sul-americanas, P. flava e P. rubrolineata, vivem associadas a várias espécies de plantas com tricomas glandulares nas regiões Neotropical, Paleártica, Neártica e Afrotropical; estas associações provavelmente evoluíram porque insetos aderidos aos tricomas glandulares podem ser utilizados como fonte de alimento pelas aranhas. Na região noroeste do estado de São Paulo, indivíduos de P. flava ocorrem estritamente sobre a planta com tricomas glandulares Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae). Neste sistema nós desenvolvemos experimentos para testar quais os custos e benefícios de P. flava para R. dichotoma e se há condicionalidade nestas associações. Além disso, testamos o papel dos tricomas glandulares como mediadores destas associações aranhas-plantas. Nós observamos que estas aranhas atuam como guarda-costas das plantas e que este efeito é temporalmente condicional; forças base-topo minimizam os efeitos das aranhas durante o período chuvoso. Além disso, estas aranhas indiretamente aumentaram a aptidão da planta pela redução do número de botões inviáveis. Os tricomas glandulares podem ter uma função análoga ao de uma teia pela retenção de presas. As aranhas preferem plantas com tricomas glandulares intactos e permanecem mais tempo sobre estas do que em plantas com tricomas glandulares removidos. Análises isotópicas de 15N mostraram que estas aranhas podem se alimentar tanto de insetos vivos como de carcaças de insetos aderidos aos tricomas glandulares, exibindo hábitos carniceiros. Estes resultados demonstram que esta associação é um mutualismo facultativo.Up to ten species of the genus Peucetia (Oxyopidae), including two South American species, P. flava and P. rubrolineata, live strictly associated with many species of glandular plants in Neotropical, Palearctic, Afrotropical and Neartic regions; this associations probably evolved because insects adhered to these sticky structures may be used as prey by the spiders. In southeastern Brazil specimens of P. flava were reported to occur strictly on Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae), a glandular shrubby plant that typically inhabits swamps. In this system we used experiments to test the cost and benefit of these spiders to plants and also the role of glandular trichomes as mediators of this association. We found that these spiders act as plant body-guards and this function is temporally conditional; bottom-up forces mitigate the impact of spiders during the rainy season. Moreover, these spiders indirectly increase fitness of the host plant by reducing the number of unviable flower buds, without influence on the seed set. Glandular trichomes probably have an analogous function of a web by capture or prey retention. Spiders prefer plants with intact glandular trichomes, remaining much longer on these ones than on those with these structures removed. Isotopic analyses of 15N demonstrated that these spiders fed on live and dead prey adhered to glandular trichomes, exhibiting a scavenging behavior. These results demonstrate that this association is a facultative mutualism.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Romero, Gustavo Quevedo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Morais Filho, José Cesar de [UNESP]2014-06-11T19:22:57Z2014-06-11T19:22:57Z2009-10-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis70 f. : il. color.application/pdfMORAIS FILHO, José Cesar de. Relação de custo/benefício na interação entre a aranha Peucetia flava (Oxyopidae) e a planta Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae). 2009. 70 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2009.http://hdl.handle.net/11449/87617000600663moraisfilho_jc_me_sjrp.pdf33004153072P6Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-18T06:12:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/87617Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:02:14.644864Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Até dez espécies de aranhas do gênero Peucetia (Oxyopidae), incluindo duas espécies sul-americanas, P. flava e P. rubrolineata, vivem associadas a várias espécies de plantas com tricomas glandulares nas regiões Neotropical, Paleártica, Neártica e Afrotropical; estas associações provavelmente evoluíram porque insetos aderidos aos tricomas glandulares podem ser utilizados como fonte de alimento pelas aranhas. Na região noroeste do estado de São Paulo, indivíduos de P. flava ocorrem estritamente sobre a planta com tricomas glandulares Rhynchanthera dichotoma (Melastomataceae). Neste sistema nós desenvolvemos experimentos para testar quais os custos e benefícios de P. flava para R. dichotoma e se há condicionalidade nestas associações. Além disso, testamos o papel dos tricomas glandulares como mediadores destas associações aranhas-plantas. Nós observamos que estas aranhas atuam como guarda-costas das plantas e que este efeito é temporalmente condicional; forças base-topo minimizam os efeitos das aranhas durante o período chuvoso. Além disso, estas aranhas indiretamente aumentaram a aptidão da planta pela redução do número de botões inviáveis. Os tricomas glandulares podem ter uma função análoga ao de uma teia pela retenção de presas. As aranhas preferem plantas com tricomas glandulares intactos e permanecem mais tempo sobre estas do que em plantas com tricomas glandulares removidos. Análises isotópicas de 15N mostraram que estas aranhas podem se alimentar tanto de insetos vivos como de carcaças de insetos aderidos aos tricomas glandulares, exibindo hábitos carniceiros. Estes resultados demonstram que esta associação é um mutualismo facultativo. |
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