Efeito de um obstáculo na estabilidade dinâmica em pessoas com esclerose múltipla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/239453 |
Resumo: | Introdução: As deficiências do andar em pessoas com esclerose múltipla (pcEM) ficam mais evidentes quando há um aumento na complexidade ou dificuldade da tarefa. Estudos anteriores observaram que quando pcEM necessitam ultrapassar um obstáculo, elas diminuem o comprimento e a velocidade do passo na fase de aproximação, além de posicionar o pé mais próximo ao obstáculo e aumentar a largura do passo no momento de ultrapassá lo. Dessa forma, aparentemente o obstáculo causa uma perturbação, o que requer um reajuste, podendo prejudicar a estabilidade dinâmica (funcionalidade do andar) nessa população. Objetivo: investigar a estabilidade dinâmica no andar em pcEM em duas condições: andar sem e com a ultrapassagem de um obstáculo. Método: Participaram do estudo 20 pessoas com EM e 18 pessoas neurologicamente sadias. Para a avaliação do andar, os participantes realizaram um total de 10 tentativas em cada condição, em sua velocidade preferida, numa passarela de 8,5 m de comprimento x 1,5 m de largura. Para a condição sem obstáculo, os passos foram analisados através do MatLab. Para a condição com obstáculo, a tentativa foi dividida em fase de aproximação e ultrapassagem: perna de suporte e ultrapassagem. O obstáculo foi constituído de espuma (15 cm de altura x 2 cm de profundidade x 60 cm de comprimento) e correspondente à altura do meio-fio. Para caracterização dos grupos, as variáveis espaço temporais do andar como comprimento, largura, duração e velocidade do passo e porcentagem em duplo suporte, foram calculadas para ambas as condições. Para a análise estatística, foram utilizadas duas ANOVAs: two-way com fator grupo e condição (sem obstáculo x fase de aproximação) e one-way com fator grupo para a fase de aproximação. Resultado: Na fase de ultrapassagem e especificamente para o passo de ultrapassagem, a análise estatística demonstrou que o grupo EM apresentou maiores valores para o MoS (distância entre o centro de massa (COM) extrapolado e o marcador do maléolo lateral dentro de um passo) na direção ML (direção médio lateral) quando comparado com o grupo controle [t15 = 2,005, p = 0,05]. Não foram observadas diferenças significativas para o passo de ultrapassagem na direção AP [t15 = 0,147, p = 0,295] e para o passo de suporte na direção ML [t15 = 0,149, p = 0,877] e AP [t15 = 0,259, p = 0,518]. Conclusão: A tarefa de ultrapassar um obstáculo para pcEM pode ser mais desafiador como foi visto especificamente na análise estatística onde o grupo EM apresentou maiores valores para o MoS na direção ML quando comparado com o grupo controle durante na fase de ultrapassagem do obstáculo para o passo de ultrapassagem. |
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Efeito de um obstáculo na estabilidade dinâmica em pessoas com esclerose múltiplaEffect of an obstacle on dynamic stability in people with multiple sclerosisEstabilidade dinâmicaEsclerose múltiplaObstáculoDynamic stabilityMultiple sclerosisObstacleIntrodução: As deficiências do andar em pessoas com esclerose múltipla (pcEM) ficam mais evidentes quando há um aumento na complexidade ou dificuldade da tarefa. Estudos anteriores observaram que quando pcEM necessitam ultrapassar um obstáculo, elas diminuem o comprimento e a velocidade do passo na fase de aproximação, além de posicionar o pé mais próximo ao obstáculo e aumentar a largura do passo no momento de ultrapassá lo. Dessa forma, aparentemente o obstáculo causa uma perturbação, o que requer um reajuste, podendo prejudicar a estabilidade dinâmica (funcionalidade do andar) nessa população. Objetivo: investigar a estabilidade dinâmica no andar em pcEM em duas condições: andar sem e com a ultrapassagem de um obstáculo. Método: Participaram do estudo 20 pessoas com EM e 18 pessoas neurologicamente sadias. Para a avaliação do andar, os participantes realizaram um total de 10 tentativas em cada condição, em sua velocidade preferida, numa passarela de 8,5 m de comprimento x 1,5 m de largura. Para a condição sem obstáculo, os passos foram analisados através do MatLab. Para a condição com obstáculo, a tentativa foi dividida em fase de aproximação e ultrapassagem: perna de suporte e ultrapassagem. O obstáculo foi constituído de espuma (15 cm de altura x 2 cm de profundidade x 60 cm de comprimento) e correspondente à altura do meio-fio. Para caracterização dos grupos, as variáveis espaço temporais do andar como comprimento, largura, duração e velocidade do passo e porcentagem em duplo suporte, foram calculadas para ambas as condições. Para a análise estatística, foram utilizadas duas ANOVAs: two-way com fator grupo e condição (sem obstáculo x fase de aproximação) e one-way com fator grupo para a fase de aproximação. Resultado: Na fase de ultrapassagem e especificamente para o passo de ultrapassagem, a análise estatística demonstrou que o grupo EM apresentou maiores valores para o MoS (distância entre o centro de massa (COM) extrapolado e o marcador do maléolo lateral dentro de um passo) na direção ML (direção médio lateral) quando comparado com o grupo controle [t15 = 2,005, p = 0,05]. Não foram observadas diferenças significativas para o passo de ultrapassagem na direção AP [t15 = 0,147, p = 0,295] e para o passo de suporte na direção ML [t15 = 0,149, p = 0,877] e AP [t15 = 0,259, p = 0,518]. Conclusão: A tarefa de ultrapassar um obstáculo para pcEM pode ser mais desafiador como foi visto especificamente na análise estatística onde o grupo EM apresentou maiores valores para o MoS na direção ML quando comparado com o grupo controle durante na fase de ultrapassagem do obstáculo para o passo de ultrapassagem.Introduction: Walking deficiencies in people with multiple sclerosis (pcEM) become more evident when there is an increase in the complexity or difficulty of the task. Previous studies have observed that when pcEM needs to overcome an obstacle, they decrease the length and speed of the step in the approach phase, in addition to positioning the foot closer to the obstacle and increasing the width of the step at the time of exceeding it. Thus, apparently the obstacle causes a disturbance, which requires a readjustment in the system and may impair the dynamic stability of walking in this already weakened population. Objective: to investigate the dynamic stability on the floor in people with MS in two conditions: walking without and with the overtaking of an obstacle. Method: Twenty people with MS and 18 healthy people participated in the study. For the evaluation of the floor, the participants performed a total of 10 attempts in each condition, at their preferred speed, on a walkway 8.5 m long x 1.5 m wide. For the condition without obstacle, 5 steps were analyzed. For the condition with obstacle, the attempt was divided into an approximation phase (AF, 3 steps) and overtaking: support leg and overtaking. The obstacle consisted of foam (15 cm high x 2 cm deep x 60 cm long) and corresponding to the height of the curb. For characterization, the spacetime variables length, width, duration and speed of the step and percentage in double support were calculated. For the statistical analysis, two ANOVAs were used: two-way with group and condition factor (without obstacle x approximation phase) and one-way with group factor for the approximation phase. Result: In the overtaking phase and specifically for the overtaking step, the statistical analysis showed that the MS group presented higher values for the MoS in the ML direction when compared to the control group [t15 = 2,005, p = 0,05]. No significant differences were observed for the overtaking step in the AP direction [t15 = 0.147, p = 0.295] and for the support step in the DIRECTION ML [t15 = 0.149, p = 0.877] and AP [t15 = 0.259, p = 0.518]. Conclusion: The task of overcoming an obstacle to pcEM may be more challenging as was seen specifically in the statistical analysis where the MS group presented higher values for the MoS in the ML direction when compared to the control group during the overtaking phase of the obstacle for the overtaking step.Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe UNESP)PIBIC 2021/2022Universidade Estadual Paulista (Unesp)Barbieri, Fábio Augusto [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rost, Larissa Santos2023-02-10T12:53:13Z2023-02-10T12:53:13Z2023-01-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/239453porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-23T06:13:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/239453Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:46:47.842406Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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