As formas do medo em Grande Sertões : Veredas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Afonso Ligório [UNESP]
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/103626
Resumo: O tema desta tese é o medo em Grande sertão: veredas, na perspectiva do discurso narrativo - que traz a representaçào do estabelecimento e da manutenção do poder glorioso que controla o medo - e no plano da enunciação que apresenta o medo como um dos impulsionadores da narração de Riobaldo que tem dúvida sobre a realização do pacto, motivo de medo, e teme a morte. Examinando-se a luta do narrador com as palavras, assume-se a linha interpretativa filosófica aliada à análise de orientação política, tnedo o sertão como símbolo de uma realidade mais ampla, que estrapola as fronteiras da região e do período histórico compreendido no romance. Tem-se o objetivo de mostrar que a preciptação e o andamentamento da narração, que influem no modo como Riobaldo a tece, relacionam-se com a consciência do medo primordial e do inventado. O embasamento teórico da pesquisa é constituído por três grupos de estudos. Primeiro, os que tratam do medo e poder como: Ética e Tratado político de Espinosa e Arte retórica e Arte poética de Aristóteles. Segundo, ensaios críticos sobre Guimarães Rosa como: grandesertão.br: o romance de formação do Brasil de Willi Bolle, O homem dos avessos e Jagunços mineiros de Cláudio a Guimarães Rosa de Antonio Candido, Trilhas no Grande sertãode Proença; As formas do falso de Walnice Galvão; Os descaminhos do demo: tradição e ruptura em Grande sertão: veredas de Rosenfield, Guimarães Rosa: a revolução rosiana de Oliveira, entre outros. Terceiro, estudos sobre a criação literária como: Discurso da narrativa de Genette e O tempo na narrativa de Benedito Nunes que examinam o tempo, a perspectiv, avoz e as visões narrativas.
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